segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Silvio Santos vende banco PanAmericano ao BTG Pactual

O BTG Pactual, banco de investimentos de André Esteves, comprou o PanAmericano, o banco de Silvio Santos. Por volta das 18h30, o apresentador dirigia-se à sede do Pactual, em Pinheiros, para assinar a venda. O BTG Pactual acertou o pagamento de R$ 450 milhões a Silvio Santos. Já o Fundo Garantidor de Créditos aceitou dar um empréstimo adicional de R$ 1,5 bilhão ao PanAmericano. Em novembro do ano passado, o fundo já havia emprestado R$ 2,5 bilhões. Sem o aporte desses R$ 4 bilhões, o Banco PanAmericano quebraria, segundo executivos que participam da nova gestão. Silvio Santos diz que banco PanAmericano já é do BTG Pactual. No momento em que Silvio dirigia-se ao fundo para assinar a venda, executivos do PanAmericano preparavam um comunicado ao mercado, chamada tecnicamente de "fato relevante", anunciando a entrada do novo controlador. Uma hora antes, o apresentador informara seus advogados de que não tinha nada mais contra a venda do PanAmericano ao BTG Pactual. Não dá para saber nesse momento os termos em que o negócio está sendo fechado. O PanAmericano tem um rombo de R$ 4 bilhões e passava por uma situação dramática corria o risco de faltar recursos para operar até o final da semana. Silvio não tinha mais condições de ficar à frente do banco por pressões do Banco Central. Depois que se descobriu que o rombo era de R$ 4 bilhões --e não de R$ 2,5 bilhões-- o BC informou o apresentador de que ele não podia mais permanecer à frente da instituição. O BTG Pactual é um dos principais bancos de investimentos do país. Tem à frente dois banqueiros agressivos, André Esteves, 41, e Pérsio Arida, 58. No final do ano passado, o Pactual recebeu um aporte de US$ 1,8 bilhão, feito pelos fundos soberanos da China e de Cingapura. Com a entrada desses recursos, o Pactual passou a ter um capital de US$ 4,3 bilhões. As informações são do jornal Folha de São Paulo.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Pilotos farão treinamento em simuladores de voo


Em 2010, o mercado de aviação teve crescimento de 23,47% com relação ao ano anterior. Mas o processo de formação de profissionais para comandar aeronaves não acompanhou esse ritmo e, hoje, o setor carece de pilotos de linhas aéreas. Para atender a essa crescente demanda, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) estuda implantar um sistema de simuladores de voo nos cursos de piloto com o propósito de acelerar a formação desses profissionais. A proposta faz parte das novas regras para a Licença de Piloto de Tripulação Múltipla (MPL, na sigla em inglês) que seguirá os padrões da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI), instituição de segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). De acordo com o diretor de operações de aeronaves da Anac, Carlos Eduardo Pellegrino, os simuladores oferecem uma experiência mais próxima da realidade dos voos comerciais do que o tradicional treinamento em aviões de aeroclube. A intenção é que os pilotos tenham a opção de iniciar suas carreiras dentro das próprias empresas – fato que garante uma formação mais coerente com os padrões da companhia. Por enquanto, os candidatos precisam seguir quase uma via sacra para conseguir a licença de piloto de linha aérea. Antes dela, eles precisam retirar as licenças para piloto privado e, depois, piloto comercial. Com o novo sistema, essas duas etapas podem ser limadas do processo para conquistar uma lincença de piloto de linha aérea. O sistema deve ser implantado ainda este ano. Na semana passada, a Anac enviou uma comissão aos Estados Unidos e ao Canadá para avaliar programas desenvolvidos nesses países, como o SafeFlight International.

Rombo do banco PanAmericano deve ir a R$ 4 bilhões

O rombo do banco PanAmericano é de aproximadamente R$ 4 bilhões, R$ 1,5 bilhão superior aos R$ 2,5 bilhões estimados pelo Banco Central e pelo Fundo Garantidor de Créditos em novembro do ano passado, segundo o jornal "Folha de S. Paulo" apurou com técnicos que finalizam o balanço. O balanço de 2010 será entregue na próxima segunda-feira (31/01) na CVM (Comissão de Valores Mobiliários). O novo valor é resultado de fraudes contábeis feitas pela antiga diretoria. Os executivos vendiam carteiras de crédito para outros bancos, mas mantinham os valores na contabilidade para disfarçar os resultados negativos. Auditores, economistas e advogados estão chocados com a bagunça que imperava na administração do banco. Os rumores sobre o aumento do rombo derrubaram ontem em 9,27% a cotação das ações preferenciais do banco de Silvio Santos. De 31 de dezembro até ontem, haviam subido 19,75%. Em 15 de novembro do ano passado, a "Folha de S. Paulo" revelou que o buraco do PanAmericano poderia ser maior do que os R$ 2,5 bilhões. O rombo foi coberto por empréstimo do Fundo Garantidor de Créditos, entidade privada que recebe recursos dos correntistas, a Silvio. Ontem, o jornal "O Estado de S. Paulo" informou que o rombo maior deve exigir um novo empréstimo do fundo. O fundo só cobrirá o rombo a maior descoberto se não houver outra saída. O que se negocia é uma engenharia financeira pela qual Silvio Santos ganharia um novo sócio. Quatro bancos demonstram interesse no PanAmericano por conta da clientela que ele tem nas classes C e D: Bradesco, Santander, Safra e BCG Pactual. O fundo não quer colocar mais dinheiro no PanAmericano, mas pode dar garantias a um eventual novo sócio. Três possibilidades de ajuda já foram discutidas: 1) o fundo pode se responsabilizar pelo contingenciamento, ou seja, ficaria responsável pela reserva que o BC obriga as instituições a fazer quando têm inadimplência; 2) a entidade pode dar fiança ao novo sócio para as carteiras de crédito do PanAmericano; 3) pode fazer algum acordo com a Caixa, pelo qual a sócia do PanAmericano entraria com novos recursos. O Grupo Silvio Santos não comenta o aumento do rombo. Mas executivos disseram à Folha que o Fundo Garantidor pressiona o empresário para que ele venda o PanAmericano por um preço menor para um dos grandes bancos brasileiros. O PanAmericano não quis se pronunciar. O fundo diz que vai esperar o balanço para fazer comentários.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

China lança versão final de seu Google Earth


A China lançou oficialmente seu próprio serviço de busca de mapas pela internet, o Map World (foto), que conta também com dados recolhidos por satélites em 2010 e outras funcionalidades similares ao Google Earth. Na cerimônia de apresentação, o subdiretor do escritório estatal de topografia e cartografia, Min Yiren, disse que a versão lançada foi testada por três meses por 30 milhões de usuários. "A criação na China de seu próprio serviço de busca de mapas oferece uma boa oportunidade às empresas chinesas para desenvolverem serviços de valor agregado e liderar o desenvolvimento de indústrias importantes", disse Min. O serviço será fornecido pelo Centro Nacional de Geomática da China e as empresas que queiram utilizá-lo com fins comerciais terão de pagar. Em 2010, a indústria de mapas na China aumentou 25% com relação a 2009. Além disso, em resposta a um pedido dos usuários, acrescentou traduções em inglês, revisando nomes de condados e cidades em mais de 40 locais do país, incluindo direções de rota. O Map World conta com dados atualizados de imagens de satélites feitas em 2010 de 11 milhões de lugares no mundo, entre os quais 120 mil pontos de interesse como hotéis, restaurantes, comércios, instituições governamentais, bancos e estradas. Só haverá imagens de alta resolução de lugares dentro da China e muitos países aparecem em branco quando vistos de perto. Durante a apresentação, autoridades chinesas aproveitaram para lembrar que o serviço de maps do Google tem até o fim de março para se adequar a operação no país asiático. Desde maio de 2010 um regulamento obriga os provedores de serviços cartográficos pela internet a obter uma permissão especial para atuarem na China. Outro subdiretor do escritório estatal de topografia e cartografia, Song Zhichao, afirmou que o mercado de internet na China é aberto e livre, que os serviços de mapas oferecidos no país devem estar alinhados com as leis. Até o momento, de acordo com Song, mais de cem empresas já têm a licença, incluindo algumas estrangeiras, como a Nokia, e outras cem estão em processo de obtê-la.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Banda larga do governo deverá custar R$ 35 mensais

O ministro das Comunicações Paulo Bernardo disse hoje que o Plano Nacional de Banda Larga, que será oferecido pelo Governo Federal, deverá custar cerca de R$ 35 mensais. "Trabalhamos com o valor de referência do acesso à internet a R$ 35 mensais, mas podemos até reduzir esse preço", disse Bernardo nesta terça-feira (11/01). O ministro disse ainda que o valor final será definido junto com os provedores. "Não queremos fazer filantropia. Queremos que os provedores tenham condições e disposição de oferecer internet acessível", afirmou Bernardo, que também não descartou a possibilidade de o BNDES facilitar o crédito para empresas regionais de internet. Paulo Bernardo esteve reunido com representantes de provedores de internet. Participaram da reunião Eduardo Fumes Parajo, presidente da Abranet; Magdiel Costa Santos, presidente da Globalinfo; Marcelo Siena, presidente da Redetelesul/Conapsi; Percival Henrique, presidente da Anid; Rafael de Sá, presidente da Internetsul. A principal reclamação dessas empresas foi em relação aos impostos, falta de crédito e burocracia no setor. Durante o encontro, o ministro das comunicações falou ainda de seus planos de criar o PAB - Plano de Aceleração da Banda Larga.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Asus apresenta tablet com Windows 7 para concorrer com iPad


A companhia taiwanesa Asus apresentou nesta terça-feira (04/01), em Las Vegas, o "tablet" Eee Slate EP121, um equipamento com tela de 12 polegadas sensível ao toque que funciona com o sistema operacional Windows 7 e com o qual espera concorrer com o iPad da Apple. Com tela de alta resolução (1280 x 800 pixels), processador Intel Core i5, 64 GB de disco rígido e portas de conexão USB, HDMI, leitor de cartão SD e uma câmera integrada, o EP121 já foi classificado pelo presidente da Asus como o "tablet mais poderoso do mundo". A empresa, que ganhou destaque depois de criar o Eee PC, um laptop ultraportátil que foi o precursor da categoria dos netbooks, espera colocar seus novos gadgets no mercado ainda nesse primeiro semestre de 2010, por cerca de US$ 1 mil. Este não é o primeiro tablet da companhia. A Asus entrou no mercado de tablets e eReaders em maio de 2010, quando apresentou o monocromático Eee Tablet, voltado para a leitura de livros, e o Eee Pad, com Windows 7 e tela sensível ao toque. O lançamento do EP121 ocorreu no Aria Hotel, dois dias antes do início do Consumer Electronics Show (CES), a maior feira de eletrônica do mundo, que será realizada entre quinta-feira e domingo, em Las Vegas. A expectativa é que os "tablets" sejam os grandes protagonistas do evento. Além do Eee Slate EP121, a Asus divulgou outros três novos modelos de tablet, todos eles com sistema operacional Android, do Google: o Eee Pad Memo, o Eee Pad Transformer e o Eee Pad Slider. Informações da EFE.