sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Facebook próximo a saturação nos Estados Unidos

Após crescer exponencialmente por anos, o Facebook parece estar próximo de seu limite nos Estados Unidos. De acordo com dados da comScore, o crescimento da rede social em 2011 em seu país natal foi menor do que o registrado em anos anteriores. Em novembro de 2009, o Facebook anotou 102,9 milhões de usuários únicos nos EUA. Um ano depois, em novembro de 2010, foram 151,7 milhões – um salto de quase 50 milhões. Em novembro passado, o serviço fechou o mês com 166 milhões de usuários – crescimento de apenas 15 milhões, segundo a comScore. Os Estados Unidos possuem cerca de 221 milhões de usuários, o que indica que 75% deles estão no Facebook. Isso coloca a rede social na liderança em penetração entre a população somando todos os serviços online ofertados no país. Em junho deste ano, o blog Inside Facebook apontou que o Facebook já havia perdido 6 milhões de usuários nos Estados Unidos, caindo de 155 milhões para 149 milhões de clientes. O próprio Mark Zuckerberg é consciente do fato. Durante o último f8, conferência anual da empresa voltada para desenvolvedores, o CEO afirmou que “mais do que continuar crescendo, o objetivo agora é manter os usuários engajados na plataforma”. Esse foi um dos motivos que levou a criação da Timeline, novo modelo de layout da rede social. Por outro lado, o Facebook ainda pode crescer em mercados tardios, como o Brasil, onde apenas cerca de 6% da população utiliza o serviço.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Serra e FHC estão na mira da CPI da Privataria, que prevê o depoimento de ambos

Ao reunir apoio mais do que suficiente para ingressar, ainda nesta quarta-feira, com o requerimento para abertura da CPI da Privataria na Câmara, o deputado e delegado da Polícia Federal, Protógenes Queiróz (PCdoB-SP) não descarta a convocação do candidato tucano derrotado à Presidência da República no ano passado, José Serra, e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) para depor perante os deputados. Ambos são citados como cúmplices em uma série de possíveis crimes contra o Erário, durante o processo de privatização, segundo denúncia contida no livro do jornalista Amaury Ribeiro Jr.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Romney qualifica de precipitada retirada dos EUA do Iraque


O pré-candidato republicano Mitt Romney disse em uma entrevista transmitida neste domingo que a retirada das tropas americanas do Iraque foi "precipitada" e culpou o presidente Barack Obama por um fracasso para impor a permanência de alguns contingentes no país. "Acredito que vamos ver que o presidente, ao não implementar um acordo sobre os contingentes com os líderes iraquianos, retirou as tropas de uma forma precipitada e deveríamos ter deixado 10 mil, 20 mil, 30 mil funcionários para ajudar em uma transição em direção à soberania militar iraquiana", considerou Romney em uma entrevista à Fox News Sunday. Os comentários de Romney - que constituem sua primeira aparição em um programa de entrevistas dominical - foram feitos depois que os últimos soldados americanos cruzaram a fronteira do Iraque em direção ao Kuwait, quase nove anos após a invasão liderada pelos Estados Unidos, que terminou com milhares de iraquianos mortos e 4.474 baixas entre as tropas americanas. Os comandantes militares americanos advogaram por deixar alguns soldados no país para treinar e apoiar as forças iraquianas, mas o primeiro-ministro do país árabe, Nuri al-Maliki, rejeitou uma extensão da tutela legal às tropas americanas mediante um acordo com os ocupantes. "Estou muito preocupado com esta situação. Espero que funcione", considerou Romney.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Gingrich vira alvo de rivais em debate republicano nos EUA

Os pré-candidatos republicanos a presidente dos EUA atacaram na quinta-feira o favorito Newt Gingrich durante um debate, tentando conter sua ascensão antes do início do processo de definição da candidatura, em menos de três semanas. O debate aconteceu em Iowa, primeiro Estado a iniciar o processo de definição da candidatura, onde há uma acirrada disputa entre Gingrich, Ron Paul e Mitt Romney. Mas, durante o debate, quem mais atacou Gingrich não foi Romney, como se previa, e sim a deputada Michelle Bachmann, que em agosto venceu uma eleição simulada em Iowa, e pretende ser a zebra no "cáucus" (assembleia eleitoral) de 3 de janeiro. Ela lançou repetidas dúvidas sobre os princípios conservadores do ex-deputado, e o acusou de trabalhar como lobista, ao ter aceitado 1,6 milhão de dólares da agência hipotecária Freddie Mac, que está no epicentro da crise imobiliária nos EUA. "Não podemos ter como nosso indicado pelo Partido Republicano alguém que continua ao lado da Freddie Mac e Fannie Mae. Elas precisam fechar, ao invés de crescer", disse Bachmann, que aparece com poucas chances de vitória nas pesquisas nacionais. Gingrich, presidente da Câmara dos Deputados na década de 1990, saltou para a liderança nas pesquisas nas últimas semanas, mas já demonstra sinais de desgaste entre os republicanos de Iowa, refletindo a onda de anúncios e declarações dos rivais contra a sua candidatura. Pesquisa da empresa Public Policy Polling feita nesta semana no Estado mostrou que o apoio ao ex-deputado caiu consideravelmente, e que agora ele está apenas 1 ponto percentual à frente de Paul (22% contra 21%). Romney tem 16%, e Bachmann, 11%. Embora Gingrich lidere entre os republicanos em nível nacional, uma pesquisa Reuters/Ipsos nesta semana mostrou que Romney teria mais chances de derrotar Barack Obama na eleição geral de novembro. Romney deixou para os rivais a tarefa de atacar Gingrich. Este, a certa altura, se disse "muito preocupado em não parecer idiota", ecoando uma crítica feita nesta semana por Romney. Acusado por adversários de ter mudado de posição a respeito de assuntos importantes ao longo da carreira, Romney disse: "A experiência me ensinou que alguma vez estive errado. Onde estive errado, tentei me corrigir." Mas ele negou que tenha mudado de posição a respeito de direitos dos homossexuais e dos donos de armas, e afirmou que sua posição sobre o aborto evoluiu ao longo do tempo. Em sua participação, Paul - um liberal antiguerra - minimizou o risco de que o Irã desenvolva armas nucleares, no que foi recriminado por Bachmann. Participaram do debate também o governador do Texas, Rick Perry, e o ex-senador Rick Santorum.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Declaração de IR de empresas será eliminada em 2014


Para simplificar o envio de dados e reduzir custo das empresas, a Receita Federal decidiu extinguir oito declarações para Pessoa Jurídica. O fim da obrigação do envio da Declaração de Informações Econômico-Fiscais de Pessoa Jurídica (DIPJ) será a partir da entrega das declarações de 2014 (ano calendário 2013) para as empresas de grande porte que utilizam o sistema de lucro real, como os setores automotivo e da indústria química. No ano seguinte, a intenção do governo, de acordo com o subsecretário de fiscalização da Receita Federal, Caio Marcos Candido, é incluir também na simplificação as empresas que fazem suas declarações por meio de lucro presumido. "Se for possível e se conseguirmos, vamos antecipar também para essas empresas (já no mesmo ano, em 2014)", informou o subsecretário. A decisão da mudança pela Receita foi feita porque há hoje uma sobreposição de informações. O subsecretário deixou claro que não se trata de reduzir impostos, mas apenas o envio duplicado de dados. "O conjunto de informações continuará o mesmo. Ou já os temos os dados ou eles não são mais necessários para controlar a arrecadação", continuou. A intenção, conforme Candido, é melhorar o ambiente de negócios e do custo Brasil. Ao extinguir a DIPJ, a Receita passará a receber todas as informações a partir do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped). Hoje, alguns dados fornecidos pelas companhias já chegam ao governo por meio desse instrumento, como notas fiscais eletrônicas trocadas no atacado, contabilidade digital das pessoas jurídicas e escrituração fiscal digital do IPI, entre outras. Como o Sped não possui hoje todas as informações necessárias, outras informações serão solicitadas aos contribuintes e passarão a constar nesse sistema. "Migraremos da DIPJ para dentro do ambiente Sped. Não podemos abrir mão de informação sem a garantia de que a obteremos por outro meio", disse Candido. "Queremos simplificar para as empresas, colocar tudo em um só canal", acrescentou. De acordo com ele, caberá à Receita a agregação anual das informações passadas pelas companhias. A mudança implicará, de acordo com o subsecretário, em impactos na fiscalização. "As informações serão mais ágeis e isso facilita o controle de fiscalização. Não abriremos mão de informação à toa. Só vamos trocar a fonte de informação." Além da extinção da DIPJ, a Receita anunciará também o fim da obrigação da entrega de Declarações de Informações Fiscais (DIF) para alguns setores específicos. O primeiro será para o segmento de bebidas, que deverá sair esta semana por meio de Instrução Normativa. Outro documento que também será extinto, conforme adiantou o subsecretário, será o do Imposto Territorial Rural (DITR) relativo aos imóveis imunes ou isentos. Entram neste âmbito os terrenos voltados para a agricultura familiar, por exemplo. "Estamos fechando os demais setores e as informações serão anunciadas ao tempo delas."

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Assembleia dribla manifestantes e aprova projeto da terceirização

A Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) aprovou hoje, em primeira e segunda discussões, o polêmico projeto do Poder Executivo que permite ao governo do Paraná repassar a Organizações Sociais (OSs) serviços que são de responsabilidade do Estado. A aprovação, porém, só foi possível após a saída da Casa de cerca de 250 estudantes e sindicalistas, que se manifestavam contra a proposta e tomaram o plenário por mais de quatro horas. A última vez que manifestantes invadiram o plenário da Assembleia para protestar contra uma votação foi em 2001, na tentativa de vender a Copel. Por mais de quatro horas, os manifestantes ficaram acampados no plenário, sentados nas poltronas destinadas aos deputados. Por volta de 21 horas, percebendo a resistência dos estudantes e sindicalistas, os deputados governistas decidiram driblar a manifestação. Os parlamentares entraram em consenso e decidiram mudar o local da votação para o Plenarinho – medida prevista no regimento interno da Assem­bleia. Diante da manobra, os invasores deixaram o Legislativo de mãos dadas, aos gritos de “ão, ão, ão, não à privatização”. Ao reabrir a sessão, o presidente da Casa, Valdir Rossoni (PSDB), agradeceu aos parlamentares. “Agimos com o equilíbrio necessário para não precisarmos usar a força policial para tirar os invasores do plenário. Houve consenso na decisão, prevalece a democracia e a liberdade para o bem da imagem da Casa.”

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Imbróglio no RN envolve ex-auxiliar e amigo de Serra, agora suplente de Agripino Maia


Corrupção, tentativa de tráfico de influência e até uma estratégia para tentar desestabilizar um governo estadual, o único do DEM no país, da governadora potiguar Rosalba Ciarlini, são os ingredientes das denúncias da Operação Sinal Fechado, desencadeada pelo Ministério Público no Rio Grande do Norte. A Operação Sinal Fechado resultou na expedição de 14 mandados de prisão – 12 pessoas foram presas no Rio Grande do Norte. As prisões estão relacionadas a um esquema bilionário de desvio de recursos no Detran. A inspeção aparece como um dos serviços fraudados. Entre os presos está João Faustino Ferreira Neto, do PSDB, ex-senador e atual suplente do presidente nacional do DEM, senador Agripino Maia (RN). Faustino, diz-se em Natal (RN), é pessoa muito próxima ao ex-presidenciável tucano e da oposição José Serra. Enquanto José era governador (2007-abril de 2010) Faustino trabalhou no Palácio dos Bandeirantes numa sub-chefia da Casa Civil, cujo chefe era o hoje senador Aloysio Nunes Ferreira Filho (PSDB-SP). Quando José Serra entrou em campanha, Faustino teria se tornado um de seus principais representantes no Nordeste, sendo um dos coordenadores de sua campanha na região, inclusive na arrecadação de recursos. Foi por influência de José que seu correligionário Faustino foi incluído como suplente de senador na chapa de Agripino Maia. O caso investigado diz respeito à inspeção veicular, num esquema que teria sido criado pela empresa Controlar, responsável por essa inspeção em São Paulo e que começou a ser investigada pelo MP, num processo que resultou, inclusive, no bloqueio de bens do prefeito paulistano Gilberto Kassab (ex-DEM-PSDB, agora PSD). Em Natal, o contrato de inspeção veicular considerado irregular e cancelado foi feito com o Consórcio Inspar, e renderia R$ 1 bilhão aos seus proprietários durante o prazo de concessão. Uma jornalista, Thaisa Galvão, e um radialista, Robson Pires, afirmam que o Consórcio Inspar doou R$ 700 mil para a campanha do senador José Agripino Maia ao Senado. O senador não desmentiu o fato que, se confirmado, seria irregular e ilegal, podendo resultar na perda de seu mandato, já que a doação não teria sido registrada na prestação de contas de seu partido, o Democratas, ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RN). Faustino e os outros integrantes do grupo foram presos porque pressionavam o governo estadual a manter o contrato. O grupo teria mantido diversos contatos com lideranças ligadas ao governo potiguar – entre as quais, o ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado (marido da governadora), e o senador Agripino Maia – para que pressionassem a governadora nesse sentido, informa o MP. Diálogo divulgado pelo MP dá conta de que no dia 9 de fevereiro pp., quando o grupo dispunha da informação de que o governo estadual iria cancelar o contrato, numa conversa telefônica, Faustino diz a outro membro do grupo ter conversado com Agripino e que este iria interceder junto à governadora Rosalba Ciarlini e ao seu chefe da Casa Civil. Ao MP Faustino teria revelado, também, que Agripino Maia conhecia o esquema de arrecadação de dinheiro efetuado pelo seu suplente. Segundo Faustino, o helicóptero usado pelo senador e a então candidata Rosalba Ciarlini durante a campanha eleitoral do ano passado foi pago com o dinheiro do esquema. Ah, antes que eu me esqueça: todo o noticiário sobre esse esquema fraudulento comandado pelo suplente de Agripino e amigo de José Serra, convenientemente “esquecido” pela grande mídia – a paulista principalmente – está publicado no site “Brasil 247″. Com a palavra, então, para os devidos esclarecimentos, o presidente nacional do DEM, senador José Agripino Maia, e sua aliada, a governadora Rosalba Ciarlini. Informações do jornal "Correio do Brasil".