quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Taxa de juros para empresas e famílias chega ao menor valor em 18 anos

A taxa de juros continuou em trajetória de redução, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (29) pelo Banco Central (BC). A taxa de juros cobrada das famílias caiu 0,4 ponto percentual para 35,4% ao ano, de setembro para outubro. Essa é a menor taxa registrada pelo BC na série histórica, iniciada em 1994. A taxa cobrada das empresas também atingiu o menor nível desde 2000, ao cair 0,5 ponto percentual e ficar em 22,1% ao ano. A partir desses dados, a taxa média de juros de empresas e pessoas físicas recuou 0,6 ponto percentual e ficou em 29,3% ao ano. O spread (diferença entre a taxa de captação de dinheiro pelo banco e a cobrada dos clientes) teve queda de 0,1 ponto percentual para pessoas físicas e ficou em 27,8 pontos percentuais. No caso das empresas, a redução foi 0,3 ponto percentual para 15 pontos percentuais. A inadimplência, considerados os atrasos acima de 90 dias, ficou estável para as famílias em 5,9%. Em outubro, as empresas tiveram inadimplência 0,1 ponto percentual maior que em setembro, ao ficar em 4,1%. 

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Rolling Stones voltam no tempo em turnê cheia de hits

Os Rolling Stones voltaram no tempo em grande estilo ao realizarem, ontem, no domingo, seu primeiro show em cinco anos, revisitando os sucessos do meio século de trajetória artística da banda. Diante de 20 mil pessoas que lotaram a O2 Arena, em Londres, os roqueiros rebateram desde a primeira música –-“I Wanna Be Your Man”-– as suspeitas de que a idade poderia ter tirado o pique da banda. Mais de duas horas depois, o quarteto continuava com a corda toda, oferecendo um bis que incluiu “You Can’t Always Get What You Want” e “Jumpin’ Jack Flash”. Entrementes, houve participações de convidados como a cantora e compositora norte-americana Mary J. Blige, em “Gimme Shelter”, e o guitarrista Jeff Beck, em “I’m Going Down”. Bill Wyman e Mick Taylor, ex-integrantes da banda, também fizeram companhia a Mick Jagger, Ronnie Wood, Keith Richards e Charlie Watts, algo inédito em 20 anos. “Levamos 50 anos para irmos de Dartford a Greenwich!”, disse Jagger, referindo-se à sua cidade de origem, a poucos quilômetros do bairro londrino onde o show aconteceu. “Mas, vocês sabem, nós conseguimos. O que é ainda mais incrível é que vocês ainda estão nos vendo... Não podemos lhes agradecer suficientemente.” Depois do show de domingo à noite, os Stones ainda farão outra apresentação na 02 Arena, e em seguida atravessam o Atlântico para três apresentadores nos EUA.

domingo, 25 de novembro de 2012

Grande Prêmio Brasil Petrobrás de Fórmula 1 2012

Estive no último domingo (25/11) com meu irmão Jose Nilson Sacchelli Ribeiro no Hospitality Center da Renault Nissan, durante o Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1. Na fotografia estou com o Presidente Mundial da Renault Nissan Carlos Ghosn e o governador do Paraná Beto Richa. Gostei muito de ter participado de mais este Grande Prêmio em Interlagos, onde encontrei vários amigos. A disputa foi acirrada, emocionante e sagrou Sebastian Vettel da RBR como vencedor do Mundial de Pilotos 2012. Aos 25 anos e 145 dias, Sebastian Vettel superou Ayrton Senna e se tornou o tricampeão mais jovem da história da Fórmula 1 neste domingo.  O GP do Brasil também marcou a segunda aposentadoria de Michael Schumacher, que terminou com a sétima posição. Outro que estava se despedindo era Lewis Hamilton, só que da McLaren. Ele vai correr na Mercedes no ano que vem, e só não deu adeus à equipe que o revelou com uma vitória porque foi atingido por Nico Hulkenberg quando liderava a prova. O piloto britânico Jenson Button, da McLaren acabou vencendo a prova em Interlagos (Fotografia: Assessoria de Comunicação Renault)

Button vence em Interlagos, e Vettel se torna o tricampeão mais jovem da história

Aos 25 anos e 145 dias, Sebastian Vettel superou Ayrton Senna e se tornou o tricampeão mais jovem da história da Fórmula 1 neste domingo. O alemão da Red Bull só precisou de um sexto lugar no GP do Brasil para se manter à frente de Fernando Alonso na classificação. O espanhol chegou no pódio, mas não foi suficiente. Em uma corrida dramática marcada pelo vaivém da chuva, Jenson Button confirmou o domínio da McLaren em Interlagos e conquistou a vitória. Alonso chegou em segundo, e Felipe Massa em terceiro. Mas, com o sexto lugar de Vettel, o espanhol precisaria vencer para ser campeão. O alemão chegou a Interlagos com 13 pontos de vantagem sobre Fernando Alonso. Chegou a rodar na primeira volta, mas se recuperou e fez o que precisava para conseguir o título, com apenas três pontos de vantagem sobre o espanhol. Ele já era o campeão mais jovem da história, e agora superou Ayrton Senna, que até então era o dono dessa marca entre os tricampeões. O ídolo brasileiro tinha 31 anos quando conquistou seu terceiro título em 1991. Além disso, ele se tornou o terceiro piloto na história a conquistar três títulos consecutivos na categoria, junto com Juan Manuel Fangio e Michael Schumacher. A chuva deu ares de dramaticidade ao final da prova, com Vettel precisando ganhar posições para ficar com o título. Após passar Schumacher e Kobayashi, se manteve em sexto. Faltando duas voltas, Di Resta bateu e forçou a entrada do Safety Car na pista. E Alonso ficou a uma ultrapassagem de se tornar tricampeão. Teve que se contentar com o vice-campeonato, assim como em 2010.

sábado, 24 de novembro de 2012

Hamilton faz a pole em Interlagos, e Vettel larga três posições à frente de Alonso

Em sua última corrida pela McLaren, Lewis Hamilton fez a pole position no GP do Brasil, última corrida do campeonato que vai decidir o campeão de 2012. Favorito, Sebastian Vettel vai sair em quarto, justamente a posição que precisa para assegurar o título. Seu rival Fernando Alonso vai largar três posições atrás, em sétimo. Para superar o alemão e ficar com a taça, o espanhol da Ferrari precisa de pelo menos um pódio em Interlagos. A largada será amanhã, às 14 horas.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Larry Hagman falece em Dallas aos 81 anos

O ator Larry Hagman , que ficou mundialmente conhecido com o personagem J.R. Ewing, o vilão da série Dallas, morreu nesta sexta-feira (23/11), aos 81 anos, em Dallas, em decorrência de complicações desenvolvidas de sua luta contra o câncer de garganta, segundo informações do diário "DallasNews". O dia de sua morte coincidiu com a celebração do Dia de Ação de Graças nos EUA e ele estava reunido com seus familiares e amigos no hospital. "Quando expirou, estava cercado por seus entes queridos. Partiu tranquilamente, como ele teria desejado", segundo nota divulgado pela família do ator. Larry nasceu em 21 de setembro de 1931, em Fort Worth (Texas) e ganhou projeção mundial com o personagem John Ross Ewing, o J.R da série "Dallas", um homem ganancioso, capaz de qualquer atitude para conseguir dinheiro e poder. Atualmente, ele estava em "Dallas 2.0", a nova versão da série dos anos 70, exibido no canal Warner Bros, aqui no Brasil. Além deste papel, ele ficou conhecido também com o personagem Major Anthony Nelson, em "Jeannie é um Gênio", sua primeira atuação de grande destaque. Ele era casado com decoradora sueca Maj Axelsson, desde de 1954, com quem teve dois filhos. Lamento muito a morte de Larry,  pois J.R. Ewing sempre foi um personagem que sempre acompanhei, brilhantemente interpretado por ele ao longo de décadas.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

KISS no Rio de Janeiro

Após passarem por Porto Alegre e São Paulo a banda de rock KISS fez uma grande apresentação no Rio de Janeiro, no HSBC Arena, sábado último (18/11). Na oportunidade levei a bandeira de nossa cidade, Apucarana, norte do Paraná, e fotografamos juntos com Gene Simmons, Eric Singer, Paul Stanley e Tommy Thayer, de quem ganhei a guitarra utilizada no show. Foi um grande presente do "spaceman". Esta guitarra é uma Epiphone "Les Paul", exclusiva para o KISS. Fiquei lisonjeado. Também tive a oportunidade de participar de um "Acoustic Set List" com a banda, algumas horas antes do show. Abaixo algumas fotografias. (KISS Catalogs e Frizz Mídia).











domingo, 18 de novembro de 2012

KISS fala após apresentação em São Paulo


Esta matéria foi publicada pelo Portal Terra, que transmitiu ao vivo o show do KISS em São Paulo.

"Acreditamos que devemos dar às pessoas o melhor show possível, para garantir que elas façam valer o seu dinheiro, e fazê-las sempre acreditar que podem conquistar qualquer coisa na vida. Todo mundo é um membro do Kiss", discursa, com clichês e frases de efeito, Stanley, apoiado pelos olhares atentos dos colegas de estrada. O clima de espetáculo domina os integrantes da banda bem antes da apresentação da noite. À exceção dos membros da produção, ninguém pode vê-los sem suas famosas pinturas faciais, a exemplo do que impunham na década de 1970, quando o grande público sequer conhecia seus rostos. Fotografias de cara limpa são terminantemente proibidas, com profissionais da área tendo de assinar uma cláusula obrigatória sobre isso, em contrato redigido em inglês. A segurança nos bastidores também é grande. Dois sujeitos com altura semelhante à dos músicos, com a diferença de não usarem saltos plataforma, os cercam a cada passo dado. Na verdade, com uma exceção: o baterista Eric Singer, que assumiu a "máscara" antes pertencente a Peter Criss, a de "homem-gato", caminhava solto e descontraído pelo local, cantarolando canções em alto e bom som pelos corredores do sambódromo, onde estavam instalados os camarins do quarteto. "Que cara é essa? Você está com medo?", indagou, sorridente, a uma garota da organização que o mirava enquanto aguardava seus colegas para a entrevista. A teatralidade também começa tão logo as maquiagens estão prontas. Ao menos para o mais performático dos integrantes, Gene Simmons, que desde a década de 1970 interpreta no palco um demônio cuspidor de sangue e fogo. Enquanto o quarteto conversava rapidamente com um canal de TV, o baixista deixou seu posto ao lado dos colegas em três oportunidades para brincar com um funcionário da promotora da turnê no Brasil, "agarrando" seu pescoço como se fosse esganá-lo, colocando a mão sobre suas orelhas ou apenas se aproximando e olhando-o de cima para baixo de forma intimidatória. as, conhecido por seu tino para os negócios e paixão pelo dinheiro, Simmons ganha um ar de total seriedade ao falar de qualquer assunto relacionado à banda. Principalmente se este estiver de alguma maneira ligado ao line-up anterior do Kiss, formado por Ace Frehley e Peter Criss, respectivamente, guitarrista e baterista originais do grupo, demitidos pouco mais de cinco anos depois de terem se reunido ao grupo, na bem-sucedida Reunion Tour, de 1996. "A formação anterior teve muitos problemas. Você não pode jogar futebol se alguns dos atletas do seu time estão drogados ou bêbados. Se eles são criadores de problemas", alfinetou, exaltando a prolífica fase em que o grupo vive, com dois discos de estúdio lançados em um intervalo de apenas três anos - antes disso, o último trabalho de estúdio do Kiss havia sido Psycho Circus, de 1998. "A razão pela qual conseguimos fazer Sonic Boom (2009) e, pouco depois, Monster, foi porque este time é sólido. Todos por um e um por todos." As décadas na estrada que arrecadaram milhões em vendas de discos, turnês e produtos licenciados dos mais variados - como camisinhas, bonecos, revistas em quadrinhos e até caixões - também proveu tranquilidade profissional à banda. Se, nos anos 1970, quando iniciou sua carreira, o grupo sofria pressão para gravar discos em períodos de tempo reduzidos, chegando a lançar mais de um trabalho no mesmo ano, hoje Simmons garante que tudo ocorre naturalmente. Dessa forma, novos álbuns do Kiss podem surgir daqui um ou dez anos, dependendo da vontade de seus líderes. "Nós poderíamos estar no estúdio agora, fazendo um novo disco, mas levamos o tempo que precisamos levar. Quando você está pintando um quadro, criando alguma coisa, não pode existir um prazo definido para finalizá-lo. Você tem o tempo que quer e que precisa para ele ficar bom", explica. "Como a fase é incrível, conseguimos fazer esses dois lançamentos em um período muito menor do que o da maioria das outras bandas." Enquanto os dois líderes do grupo discorrem sobre as diferenças de suas fases anteriores, Eric Singer, mexendo-se inquietamente, e Tommy Thayer, com sorriso constante, apenas observam. Isso até o momento em que os quatro são questionados sobre a ausência de hits da fase sem "máscaras" nos shows. "Não, mas ainda tocamos Hide Your Heart, Tears are Falling", defendem-se o baterista e o guitarrista, citando músicas apresentadas durante o encontro fechado com fãs que precedeu o espetáculo principal, já na arena.  "É verdade. Hoje tocamos músicas de todas as fases, de surpresa, aquelas mais pedidas pelos fãs, que raramente tocamos ao vivo. De fato, as executamos muito bem", prosseguiu Stanley. Mas por que, então, não incluí-las também no set-list principal, para serem acompanhadas por todo o público? "Bem, no repertório atual temos Lick it Up. Há sempre uma enorme gama de canções que podemos tocar, então precisamos escolher. Na próxima vez que viermos a São Paulo, poderemos tocar algumas das outras no show também."  Apesar de o visual ser, à exceção de um outro detalhe, o mesmo daquele adotado quase 40 anos atrás, os sinais da idade são cada vez mais nítidos entre os músicos do quarteto. Stanley ainda canta, pula, dança e até arrisca uma "voltinha" de tirolesa até um palco localizado ao centro da pista, de onde comanda o clássico Love Gun, mas seus gritos agudos claramente não são mais os mesmos, soando muitas vezes quase inaudíveis ao público, devido à perda de potência de sua voz. E não poderia ser diferente: hoje, o Kiss é uma banda de cinquentões e sessentões. Stanley está com 60 anos, Gene, com 63, e Singer e Thayer, respectivamente, com 54 e 52 anos. A média de idade é semelhante à dos integrantes de grupos como Judas Priest e Scorpions, que decidiram frear suas carreiras, fazendo turnês de curta duração e encerrando, ou espaçando cada vez mais, a produção de novos discos.  Stanley, no entanto, garante que a prolífica fase atual não é passageira e sim a realidade do quarteto daqui para frente. "Não há paradas, pois o Kiss nunca pode parar", diz, abrindo a possibilidade até para um futuro do grupo sem ele e Simmons, uma vez que a banda já teria superado há muito a importância de seus fundadores. "Mesmo que nós paremos, o Kiss pode e deve continuar. Porque nós somos o Kiss hoje, mas, assim como ocorre com ótimos jogadores de futebol por aí, seus times seguem em frente quando eles os abandonam", metaforizou.  As dezenas de pessoas que se amontoavam do lado de fora da área dos camarins continuam ali, aguardando a chegada de seus ídolos para com eles pegar autógrafos e tirar fotos. O tempo passa, o horário do show se aproxima. Subitamente, a entrevista é encerrada. Seguranças cercam apressadamente os quatro músicos e avisam que ninguém sai do local até eles o fazerem. Com a mesma pose teatral dos anos 1970, o Kiss caminha calmamente, cada um em seu personagem, para dois dos veículos de luxo estacionados na área externa do local. Singer volta a cantarolar animadamente, sem timidez, para todos no ambiente ouvi-lo. Em vez de se sentarem nos assentos dos carros, no entanto, eles se dividem em duplas e se acomodam nos porta-malas, com as pernas balançando para fora. Fazem pose, parecem garotos em início de carreira. Mas é o Kiss, buscando sempre um grande estilo para manter a magia de sua imagem na mente de seus admiradores.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

China troca líder e respira com reeleição de Obama

Do jornal "O Globo": No dia seguinte aos Estados Unidos confiarem a Barack Obama um novo mandato, chega a vez de o 18º Congresso do Partido Comunista Chinês iniciar seu encontro nesta quinta-feira. Ao contrário de Washington, em Pequim é tempo de mudança - mesmo que cuidadosamente orquestrada. Nas sessões que começam hoje e se estendem até quarta-feira, o presidente Hu Jintao apresentará sua renúncia, e o partido empossará Xi Jinping como seu novo chefe. Mais imprevisível será a relação do novo mandatário com a Casa Branca, após meses de campanha em que republicanos principalmente, mas também democratas, transformaram Pequim em bode expiatório. De acordo com a agência estatal Xinhua, Hu congratulou Obama, afirmando que as relações sino-americanas fizeram “progressos positivos nos últimos quatro anos”, um resultado dos esforços conjuntos. Como quase todo o planeta, a China torcia pela reeleição de Obama. Menos pelos méritos do democrata do que pelas ameaças de seu oponente, Mitt Romney, de proclamar uma guerra cambial contra Pequim. A China está feliz com a vitória de Obama - avaliou o cientista político Frank Ching à emissora CNN. - É melhor ter o diabo que você já conhece do que aquele que você não sabe quem é. Obama contribuiu para estremecer as relações com o parceiro asiático. Impôs tarifas sobre painéis solares e pneus importados da China e apresentou uma nova queixa na Organização Mundial do Comércio contra Pequim por subsídios ao setor automotivo. Estas medidas, anunciadas durante a campanha, não seriam apenas para angariar votos de conservadores. São interpretadas, também, como um endurecimento nas relações com a China. A potência asiática é um dos principais parceiros econômicos dos EUA. Pequim possui mais de US$ 1 trilhão em títulos da dívida dos EUA, e as exportações americanas para a China não param de crescer.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Obama é reeleito presidente dos EUA e tem muitos desafios pela frente


O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, foi reeleito para um segundo mandato na Casa Branca na terça-feira com uma clara vitória sobre o rival republicano Mitt Romney, superando as dúvidas profundas sobre a gestão da economia dos EUA. Os norte-americanos escolheram permanecer com um governo dividido em Washington, mantendo o democrata na Casa Branca e deixando o Congresso como estava, com os democratas controlando o Senado e os republicanos na liderança da Câmara dos Deputados. Obama disse a milhares de simpatizantes em Chicago, que aplaudiram cada palavra dele, que "escolhemos a nós mesmos, nós nos recuperamos" e que o melhor para os Estados Unidos ainda está por vir. O presidente prometeu ouvir os dois lados da política dos EUA nas próximas semanas e disse que irá voltar à Casa Branca mais determinado do que nunca para enfrentar os desafios do país. "Se eu recebi o seu voto ou não, eu ouvi vocês, eu aprendi com vocês. E vocês fizeram de mim um presidente melhor", disse Obama. No voto popular, o resultado permanecia extremamente apertado nacionalmente, com 50 por cento para Obama e 49 por cento para Romney, após uma campanha na qual os candidatos e seus aliados gastaram 2 bilhões de dólares combinados. Romney, um multimilionário ex-executivo de empresas de investimento, superou uma série de tropeços ao longo da campanha ao derrotar o presidente no primeiro dos três debates presidenciais. O também ex-governador de Massachusetts, de 65 anos, reconheceu a derrota em um discurso polido a seus frustrados eleitores em um centro de convenção no centro de Boston. Romney telefonou para Obama para reconhecer a derrota depois de uma breve controvérsia se o presidente realmente havia vencido em Ohio. Esse é um momento de grandes desafios para a América, e eu rezo para que o presidente tenha sucesso ao guiar nossa nação", disse Romney. Advertiu contra brigas partidárias e pediu que os políticos de ambos os lados "coloquem as pessoas à frente da política." Obama disse à sua multidão de correligionários que pretende se reunir com Romney nas próximas semanas para estudar maneiras de enfrentar os desafios futuros. O presidente democrata obteve vitórias apertadas em Ohio e nos muitos disputados Estados-chave de Virginia, Nevada, Iowa e Colorado. Essas conquistas garantiram a Obama superar os 270 votos necessários no Colégio Eleitoral no sistema de escolha presidencial Estado a Estado dos EUA, o que deixou os assessores de Romney surpresos com o tamanho da derrota. A vitória de Obama em Ohio, o Estado mais disputado, foi crucial para conseguir os votos mínimos no Colégio Eleitoral, acabando com as esperanças de Romney de vencer em uma série de Estados-chave. O único Estado estratégico vencido pelo republicano foi a Carolina do Norte, de acordo com projeções das emissoras de TV. Romney demorou para reconhecer a derrota porque alguns republicanos questionaram se Obama tinha de fato ganhado em Ohio, apesar de vários especialistas em eleições nas grandes emissoras de TV declararem a vitória do presidente. A adição posterior de Colorado e Virgínia à contagem de Obama, de acordo com as projeções, significava que mesmo que o resultado final de Ohio fosse revertido, Romney ainda não teria conseguido o número necessário de votos eleitorais. Obama, o primeiro presidente negro do país, convenceu os eleitores a permanecer com ele enquanto tenta reativar o forte crescimento econômico e recuperar o país da pior crise econômica desde a Grande Depressão dos anos 1930. A economia tem mostrado alguns sinais de força, mas a taxa de 7,9 por cento de desemprego ainda continua alta. Pelo menos 120 milhões de pessoas eram esperadas para decidir entre o democrata e Romney após uma longa, cara e amarga campanha presidencial centrada em como reparar a economia em crise dos Estados Unidos. Os mesmos problemas que perseguiram Obama em seu primeiro mandato ainda estão lá para confrontá-lo novamente. Ele enfrenta a difícil tarefa de enfrentar um déficit anual de 1 trilhão de dólares, reduzir a dívida nacional de 16 trilhões de dólares, reformar os caros programas sociais e lidar com um Congresso dividido. A reeleição de Obama também deverá decidir os rumos dos Estados Unidos nos próximos quatro anos em questões como gastos públicos, saúde, o papel do Estado e os desafios da política externa, como a ascensão da China e as ambições nucleares do Irã. Cada candidato ofereceu políticas diferentes para curar o que aflige a economia norte-americana, com Obama prometendo aumentar os impostos para os ricos, enquanto Romney propunha uma desoneração tributária generalizada, como forma de estimular a retomada do crescimento econômico.