sábado, 31 de dezembro de 2016

Seja bem-vindo 2017 !!


Greca passa mal e é levado para hospital


A um dia da posse, o prefeito eleito de Curitiba, Rafael Greca (PMN), teve que se submeter a exames para descartar a possibilidade de um infarto. Ele relatou ter sentido consecutivas crises de falta de ar desde esta sexta-feira (30/12) e, por isso, o médico que o acompanha achou melhor encaminhá-lo a um hospital para que fosse avaliado. Segundo Greca, que conversou com a reportagem por telefone no começo da noite deste sábado, o quadro começou depois de ele ter visitado o cenário da cerimônia de posse - no Memorial de Curitiba, no Largo da Ordem. “Eu me emocionei assim que vi o cenário da posse e fiquei com falta de ar. Para desespero dos adversários, estou bem”, declarou. Greca foi levado ao Hospital Marcelino Champagnat, no bairro Cristo Rei, onde passou por exames cardiológicos. Ele chegou à instituição por volta das 16h30 e tinha liberação prevista para antes das 20 horas, segundo informou sua assessoria. As informações são do jornal Gazeta do Povo.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Imovéis devem ter o menor nível de preço em 2017


Apesar de o cenário político e econômico do país não permitirem traçar uma previsão clara sobre qual será o desempenho do mercado de imóveis para o ano que vem, em um ponto os especialistas concordam: após uma queda real de 6,25% nos últimos 12 meses, os preços de casas e apartamentos tendem a ficar estáveis em 2017. O mercado deve atingir o fundo do poço quando se fala de preços, segundo João da Rocha Lima, professor do Núcleo de Real State da Poli-USP. “Considerando um cenário no qual a economia comece a se recuperar devagar, e a inflação caia, os preços devem ficar estáveis até voltarem a subir”. Além disso, as construtoras já estão com margens bastante apertadas para diminuir preços, diz Lima. “Não há espaço para mais quedas”. Apesar de ainda não haver no horizonte a previsão de um aumento de renda dos consumidores para incentivar a compra da casa, a expectativa de Flavio Amary, presidente do Sindicato da Habitação (Secovi-SP), é de que ao menos o nível de desemprego pare de piorar no ano que vem. Nesse cenário, o executivo aponta que empresas preferem deixar os preços estáveis e aguardar uma retomada da economia.A exceção nesse cenário são empresas que ainda têm estoque de imóveis prontos para vender e precisam de dinheiro. “Essas construtoras querem se livrar dessas unidades o quanto antes. Como consequência, cobrarão preços mais atrativos por eles”, diz Lima. Amary concorda, ainda que, assinala, hajam menos empresas nessa posição agora do que nos últimos anos.Apesar de não serem divulgados dados confiáveis sobre o tamanho do estoque de imóveis prontos, que geram mais custos para as empresas, Lima acredita que o problema ainda não foi resolvido por conta de um aumento no cancelamento dos contratos já firmados, que acaba fazendo com que o estoque de imóveis volte a aumentar.Geralmente, os contratos de imóveis na planta são cancelados porque o mutuário não consegue financiamento bancário no momento da entrega das chaves, seja porque ficou desempregado ou porque os bancos aumentaram as exigências frente a um aumento na inadimplência e do desemprego. “Há quem diga que, para cada imóvel vendido, dois contratos são cancelados. Esse problema deve ser solucionado até o final do primeiro semestre de 2017, quando a economia deve começar a melhorar. Mas não temos dados precisos sobre isso”. Com informações da revista Exame.

domingo, 18 de dezembro de 2016

Governo vai permitir contratação por hora


O governo anuncia, na próxima semana, mais medidas de estímulo à economia. Desta vez, o foco é o mercado de trabalho, especialmente nos setores de comércio e serviços. A ideia é criar por Medida Provisória (MP) a modalidade de contratação por hora trabalhada, com jornada móvel (intermitente). Neste caso, o empregador pode acionar o funcionário a qualquer momento e dia da semana, sem ter de cumprir o chamado horário comercial (das 8h às 12h e das 14h às 18h). O trabalhador, por sua vez, poderá dar um expediente flexível e ter mais de um patrão, com direitos trabalhistas assegurados, de forma proporcional. O governo também vai aumentar o prazo do contrato de trabalho temporário, de 90 dias para 180 dias, podendo ser prorrogado por mais 45 dias. A orientação do governo nesses contratos temporários é dar prioridade a pessoas com mais de 40 anos ou portadores de deficiência.
As medidas visam à abertura de vagas ainda em dezembro, janeiro e fevereiro até o carnaval. Elas serão incorporadas à MP que vai transformar o Programa de Proteção ao Emprego (PPE) — criado na gestão petista e que permite que trabalhadores e patrões negociem redução de jornada e de salário, com contrapartida da União — numa ação permanente. O nome vai mudar para Programa Seguro e Emprego (PSE), que deve receber R$ 1,3 bilhão nos próximos três anos. O prazo para novas adesões acabaria este mês. O programa ficará mais flexível, permitindo a suspensão temporária da adesão da empresa para atender a demandas específicas. Nesse período, serão permitidas a contratação de empregados e a ação de horas extras — o que é vedado atualmente. Com informações do jornal "O Globo".

sábado, 17 de dezembro de 2016

Após 21 anos, Hotel Nacional Rio está de volta


Se o verdadeiro luxo está na localização, o renascido Hotel Nacional é nababesco. Colado ao morro Dois Irmãos, com vista desimpedida para a Pedra da Gávea, está a passos da praia de São Conrado, no Rio. Para quem está no topo do cilindro de 33 andares, inaugurado em 1972, até o Cristo Redentor comparece. Já o arquiteto Oscar Niemeyer e o empresário José Tjurs viam espaço como privilégio para o então mais alto hotel do país, em um terreno de 15 mil m². O saguão, sem colunas, com vista para o mar, tem 3.000 m². Os jardins de Burle Marx, 2.500 m². "Ninguém mais constrói algo tão amplo e generoso", diz Rui Manuel Oliveira, vice­presidente da rede Meliá no Brasil, que vai operar o recém­reaberto cinco estrelas. Os últimos hóspedes tinham feito seu check­out em 1995. À época, o hotel pertencia ao banqueiro Artur Falk, da corretora Interunion, acusado de fraudes com os títulos de capitalização Papa­Tudo. O hotel faliu e o negócio sofreu intervenção federal. Por quase 20 anos, virou uma carcaça imponente. Obras de arte foram furtadas, o mobiliário modernista foi leiloado e virou um mico imobiliário. Em 2009, um grupo capitaneado pelo empresário goiano Marcelo Limirio Gonçalves, ex­dono do laboratório Neoquímica e sócio da Hypermarcas, arrematou a torre por R$ 85 milhões. Depois vieram a associação com a rede espanhola Meliá e um longo processo com o órgão de preservação do patrimônio histórico do Rio, o IRPH, que permitiu pouquíssimas alterações ao projeto original. Encontrar fornecedores para repor as peças que já não existem mais no mercado também desacelerou a recuperação da obra, que estava prevista para a Olimpíada. A conta total ficou em R$ 420 milhões. A Folha visitou o hotel em seu primeiro dia de funcionamento, na quinta (15/12), dia do aniversário de Niemeyer, ainda em regime de soft opening –um ensaio que durará um mês, com 60 quartos já prontos. Em 15 de janeiro, espera­se que os 413 quartos estejam operando. Um restaurante, um bar e um spa devem ser abertos até fevereiro. O centro de convenções, meses depois. O espaço da antiga boate Mykonos, no subsolo, será transformado em adega para degustações de vinhos. O antigo teatro, com pé direito baixo e acústica complicada, será incorporado ao centro de convenções. Ambos foram considerados inseguros sob a legislação atual – e Niemeyer não deixava que detalhes de funcionalidade prejudicassem o efeito de suas obras.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Semana produtiva em Brasília

Durante esta semana, a última semana de atividades parlamentares em Brasilia antes do período de recesso, tomei café da manhã com meu amigo senador Alvaro Dias (PV-PR) pré-candidato à Presidência da República pelo Partido Verde. Discutimos o conturbado cenário político e as perspectivas para 2017, com o enfraquecimento do atual governo e a fragilidade da base de sustentação. Também me encontrei com o senador Roberto Requião (PMDB-PR), relator do projeto de Lei do abuso de autoridade, projeto este que foi encaminhado para a Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal e será votado em 2017.


 Café da manhã com o senador Alvaro Dias (PV-PR).



 Encontro no Senado Federal com o senador Roberto Requião (PMDB-PR).


Chegando em casa, no Paraná.

domingo, 11 de dezembro de 2016

Novo premiê da Itália diz que quer trabalhar rápido para formar novo governo


O Ministro das Relações Exteriores da Itália, Paolo Gentiloni, aceitou neste domingo ser nomeado o novo primeiro-ministro do país após a renúncia de Matteo Renzi, e garantiu que tentará tramitar com rapidez uma nova lei eleitoral para poder realizar eleições. "Agradeço ao presidente da República a incumbência que me conferiu. Tentarei realizar a tarefa com dignidade e responsabilidade", disse Gentiloni aos veículos de imprensa depois do anúncio de sua nomeação pelo secretário-geral da República Italiana, Ugo Zampetti. O novo primeiro-ministro se mostrou disposto a "facilitar o trabalho das forças parlamentares para definir com rapidez necessária as novas regras eleitorais".
O novo primeiro-ministro da Itália prometeu ir direto ao trabalho para formar uma nova coalizão de governo, com a mesma maioria composta pelo Partido Democrata. "Estou ciente da urgência de dar para a Itália um governo com todos seus poderes, para reassegurar aos cidadãos e enfrentar com total comprometimento e determinação as prioridades sociais, econômicas e internacionais, começando com a reconstrução das áreas atingidas pelos terremotos", disse Gentiloni. O novo premiê também afirmou que a decisão do presidente da Itália, Sergio Mattarella, de escolhê-lo para formar um novo governo é "uma grande honra" e que tentará levar adiante a tarefa com "dignidade e responsabilidade". Gentiloni deve começar as consultas com os partidos políticos para montar sua equipe de ministros. A lista com os nomes pode surgir ainda neste domingo, preparando o terreno para que o novo governo obtenha os votos de confiança no parlamento até terça-feira.  Um dos homens mais fiéis a Renzi durante seu Executivo, Gentiloni deverá agora liderar o novo governo depois que o primeiro renunciou pela rejeição a sua reforma constitucional mostrada pelos italianos nas urnas no último dia 4. "Estou consciente da urgência de oferecer à Itália um governo com plenos poderes para enfrentar com máxima determinação os compromissos internacionais, econômicos e sociais, começando pela reconstrução das zonas atingidas pelo terremoto", declarou o novo primeiro-ministro. Com essa declaração, Gentiloni se referia a assuntos polêmicos, como a situação delicada na qual se encontra o banco italiano Monte dei Paschi di Siena, afogado em uma ampla carteira de créditos morosos e imerso em uma ampliação de capital de 5 bilhões de euros. O premiê também mencionou compromissos internacionais, como a cúpula do G7 e o 60º aniversário da assinatura de Tratado de Roma, que serão organizados pela Itália no próximo ano, além da assistência aos desalojados pelos terremotos que castigaram o centro do país e a reconstrução das localidades afetadas. Gentiloni, que reconheceu que assume o cargo depois que Renzi manifestou "sua vontade de não aceitar um novo mandato", confirmou que, para a constituição de seu Executivo, levará em conta as reflexões de Mattarella após a rodada de consultas mantidas com todas as forças políticas.
"Nessas conversas, também ficou evidente a falta de disponibilidade por parte de forças da oposição de compartilhar a responsabilidade de um novo Executivo", disse Gentilone. O Partido Democrata, que integra o governo, tinha expressado sua intenção de formar um Executivo que contasse com a participação de todas as forças políticas, mas grupos como o Movimento Cinco Estrelas e a Liga Norte se recusaram a apoiá-lo e pediram a realização de eleições o mais rápido possível. "Por isso, não por escolha, mas por obrigação, e por responsabilidade, nos movimentaremos no quadro do governo demissionário", acrescentou o novo premiê. A nomeação de Gentiloni acontece horas depois que Mattarella concluiu a rodada de consultas com as distintas forças políticas do país com a intenção de tomar uma decisão para solucionar a situação de instabilidade política no país. Já no último sábado, após os contatos, Mattarella avisou que queria para a Itália "um governo o mais rápido possível e com plenas funções", capaz de assumir responsabilidades "de caráter interno, europeu e internacional".

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Itália chega ao segundo dia de consultas para formar novo governo


Foi iniciado hoje (09/12) o segundo dia de consultas com partidos políticos na Itália, lideradas pelo presidente Sergio Mattarella, para tentar formar um novo governo, após a renúncia do primeiro-ministro Matteo Renzi. As negociações estão ocorrendo na sede da Presidência, o Palácio do Quirinale, em Roma. Durante o dia, Mattarella receberá 17 delegações de partidos políticos, principalmente de legendas pequenas. As consultas devem ocorrer até amanhã (10), último dia para o presidente ouvir as demandas e opiniões dos líderes políticos da Itália. Sete delegações de grandes partidos políticos devem comparecer ao Quirinale no sábado, totalizando 24 grupos e 12 horas efetivas de diálogo. Segundo a imprensa local, Mattarella ouvirá o opositor Movimento 5 Estrelas (M5S), os membro da extrema-direita da Liga Norte e os centristas da Democracia Cristã. Os líderes destes partidos, Beppe Grillo, Matteo Salvini e Angelino Alfano, respectivamente, poderão não comparecer ao encontro. Apenas um grande nome deve estar no Palácio do Quirinale, o ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, da Forza Italia. Ontem (8), no primeiro dia de consultas, Mattarella se reuniu com os presidentes Pietro Grasso, do Senado,  Laura Boldrini, da Câmara dos Deputados, e com o presidente emérito da Itália, Giorgio Napolitano, que já passou por diversas vezes pela tarefa de formar governos no país. Renzi, que renunciou ao cargo de premier após perder o referendo de seu projeto de reforma da Constituição, já voltou para sua família, em Pontassieve, em Florença. No entanto, ainda há a possibilidade de Mattarella designar Renzi novamente para o posto temporariamente, apesar da oposição exigir novas eleições.

domingo, 4 de dezembro de 2016

Trabalho, paciência, cooperação e o projeto de salvação nacional

Trabalho, paciência e cooperação. Todos precisam ceder um pouco para que possamos atingir o objetivo maior: o projeto de salvação nacional. Muitos perdem tempo com críticas a esse ou aquele e com mobilizações contra isso ou aquilo, que ao meu entender neste momento são inócuas. Não podemos nos esquecer que os parlamentares que lá estão foram eleitos por todos nós brasileiros e, queiramos ou não, são um retrato da nossa sociedade moderna. Temos bons e maus parlamentares assim como temos bons e maus elementos na sociedade. Vejo que a sucessão de escândalos e embates políticos e institucionais que estamos assistindo vem limitando o horizonte dos governantes impedindo o avanço da agenda de reformas (Previdenciária, Política, Trabalhista, Revisão do Pacto Federativo, redução dos juros incidentes na dívida dos Estados) que são de extrema importância. Enquanto isso o país agoniza. Os exemplos dos Estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e agora o próximo da fila, Minas Gerais é o prenúncio do que ocorrerá em alguns poucos anos na República caso as reformas não venham a tempo. Enquanto os poderes se digladiam, os ponteiros do relógio se movem e todos, sem excessão, correm o risco de, entre tantos outros dissabores relacionados à serviços básicos (saúde, educação e segurança pública) em poucos anos não receberão suas aposentadorias por falta de caixa. Hoje o governo emite títulos que vende no mercado financeiro para pagar suas contas, mas com a desconfiança crescente e o clima de instabilidade política e econômica no Brasil logo os investidores passarão a exigir um prêmio de risco cada vez maior para adquirir esses papéis. Aí "bye bye" ajuste fiscal. Uma das "saídas" poderá ser a emissão desenfreada de papel moeda para financiamento da "máquina" e aí... Estaremos de volta aos anos 80 com inflação alta que reduzirá drasticamente o poder de compra. Em valores absolutos receberão mais, mas comprando bem menos, prejudicando os mais humildes. Outra saída é o arrocho, com a elevação das taxas de juros, congelamento do salário mínimo e um corte (contigenciamento) ainda maior de despesas. Acredito que devemos sim nos manifestar, procurando nossos parlamentares e cobrando o início das discussões das reformas pois o desequilíbrio das finanças dos governos em todos os níveis é muito grande e estamos chegando próximo ao abismo fiscal. 

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Mendes acha que o momento é apropriado para mudar lei do abuso de autoridade


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes fez um apelo ontem, na quinta-feira (01/12) para que a atualização da Lei de Abuso de Autoridade (Lei 4.898/1965) seja discutida “com abertura mental”. Ao contrário do juiz da 13ª Vara Federal do Paraná, Sérgio Moro, que não considera a hora oportuna para mudar aquele texto, Mendes defendeu a discussão do projeto neste momento. Ao participar de sessão temática sobre o tema no Plenário do Senado, ele observou que as operações contra corrupção continuarão, com ou sem atualização da lei, já que os instrumentos em vigor são suficientes. "Teríamos que, daqui a pouco, então, buscar um ano sabático das operações para que o Congresso pudesse deliberar sobre um tema como este? Não faz sentido algum", argumentou Mendes. O ministro do Supremo lembrou que, quando se tornou presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), elegeu como prioridade enfrentar a questão do sistema prisional. Com os mutirões carcerários, acrescentou, foram libertadas 22 mil pessoas que estavam presas indevidamente. Em um desses mutirões, foram encontradas pessoas presas, provisoriamente, há 11 e até 14 anos. Para o ministro, processos como esses demonstram “evidente abuso de autoridade”. Foi nesse contexto, recordou Mendes, que se começou a discutir a necessidade de mudança na Lei de Abuso de Autoridade, “estabelecendo aquilo que antes não acontecia: a obrigatoriedade”. Disse ainda "Quando comecei esse trabalho no Supremo, encontrei muitos juízes, talvez a maioria dos juízes da execução penal, que nunca tinham visitado um presídio", assinalou. O ministro se disse “bastante tranquilo” com a iniciativa, que se deu no contexto do Pacto Republicano, em 2009, com o objetivo de fortalecer a defesa dos direitos fundamentais. Ele concordou com algumas sugestões para aprimoramento do projeto, “porque o propósito, obviamente, não é criminalizar a atividade do juiz, do promotor ou do integrante de CPI no âmbito do Congresso Nacional”. Mendes considerou “bem-vinda” a sugestão de prever no projeto eventuais abusos de integrantes dos tribunais de contas, “que hoje exercem um poder significativo e, muitas vezes, capaz de perpetrar abuso de autoridade”.  O ministro conclamou os agentes públicos a não ceder à tentação de proceder ao combate do crime mediante qualquer prática abusiva: "Há um texto histórico de [Norberto] Bobbio. Uma reflexão sobre a situação da Itália no combate ao terrorismo. Ele recomendava que não fossem aprovadas leis excepcionais para o combate ao terrorismo, porque esse era o valor do Estado de direito, isto não poderia ser feito". Com informações da Agência Senado.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Devedores atrasam prestação da casa própria


O sonho da casa própria virou pesadelo para muitos brasileiros que não estão conseguido pagar em dia as prestações do financiamento imobiliário por causa da crise.A parcela de mutuários com dívidas em atraso triplicou no último ano e essa foi a modalidade de dívida com pagamento atrasado que mais cresceu entre oito linhas de crédito pesquisadas pelo Instituto Geoc. O instituto reúne 16 empresas de cobrança que mensalmente tentam reaver dívidas em atraso de 30 milhões de brasileiros. Neste ano, 15,2% das pessoas, identificadas pelo CPF (Cadastro de Pessoa Física) declararam que estão com prestações do imóvel atrasadas há mais de 30 dias, mostra o levantamento. É quase o triplo do registrado em 2015 (5,6%) e supera essa marca em relação a 2014 (4,2%). “Com a crise, o brasileiro está vendo o sonho da casa própria desabar”, afirma Jair Lantaller, responsável pelo estudo e conselheiro do Geoc. Para o economista especializado em mercado imobiliário da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Eduardo Zylberstajn, o aumento do atraso no pagamento da prestação da casa própria não surpreende. “A crise foi passando, o desemprego aumentando, a situação do mercado de trabalho se deteriorando e uma hora chegaria na prestação da casa.” Ele lembra que a dificuldade para honrar a compra da casa própria apareceu, num passado recente, no aumento do número de distratos feitos com as construtoras, quando o comprador desiste do imóvel. Os resultados da pesquisa do Geoc foram obtidos de uma amostra nacional com 176 mil devedores. Eles foram alvo das empresas de cobrança entre fevereiro e novembro. Desses, quase 80% estavam com pagamentos em atraso há mais de 30 dias em produtos de crédito. Lantaller diz que, com o avanço do desemprego, o atraso no pagamento da casa própria afeta principalmente a classe C. Mais de 50% da amostra são de brasileiros com renda mensal de até R$ 3 mil. Como a perspectiva de aumento do desemprego em 2017, ele acredita que o atraso no pagamento da casa própria deve aparecer nos índices de inadimplência dos bancos em meados do ano que vem. É que a pesquisa considera a prestação atrasada a mais de 30 dias. Essa dívida vira inadimplência no critério do sistema financeiro quando o atraso supera 90 dias. “É um sinal de alerta”, diz Lantaller. Os números do Banco Central (BC) em seu último relatório de crédito confirmam o atraso. Entre janeiro e outubro, o atraso das prestações de imóveis entre 15 e 90 dias cresceu 2,5% em valores monetários. Mas, por enquanto, a inadimplência, que é o atraso superior a 90 dias ficou praticamente estável no ano, aponta o BC. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.