terça-feira, 27 de junho de 2017

Governador Beto Richa entrega 466 novas viaturas


 O governador Beto Richa entregou na terça-feira (27/06) mais 466 novas viaturas para as polícias Militar, Civil e Científica do Paraná. Personalizados com o nome do município onde ficarão baseados, os veículos seguirão para todas as regiões do Paraná. As unidades são as primeiras viaturas de um lote de 1.100 veículos adquiridos pelo Governo do Estado. As demais serão entregues nos próximos meses. O investimento é de R$ 112,3 milhões. Richa ressaltou que desde 2011 o Governo do Estado ampliou a frota de segurança com 3.000 novas viaturas, a maior parte adquirida com recursos do tesouro (2.600 unidades), outras em parceria com órgãos estaduais e federais e também 250 unidades locadas para reforçar policiamento em Curitiba, Região Metropolitana e Litoral.  “Mais uma vez demonstramos, na prática, o nosso compromisso com investimentos consistentes para a segurança dos paranaenses, para reforçar e melhorar as condições de trabalho das polícias”, afirmou o governador. Richa lembrou que a ampliação da frota de viaturas integra as ações do Paraná Seguro, o único programa de investimentos em segurança pública já executado pelo Estado, que reúne uma série de iniciativas para combater o crime. Entre as ações está a contratação de 11 mil novos policiais, a maior da história do Estado. “Estamos dando um choque de gestão, fazendo mais e melhor e gastando menos”, afirmou o governador. Ele ressaltou o ajuste fiscal, que garantiu o equilíbrio nas contas públicas e permitiu a retomada dos investimentos. “Todos os dias temos ações positivas que nos dão mais certeza do que fizemos aqui no Paraná foi bem sucedido.” Das 466 unidades, 457 vão para a Polícia Militar e Polícia Civil. Outras nove são para a Polícia Científica, recebidas da Secretaria Nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça. Ao todo são 12 viaturas, sendo que três já estão em serviço. O secretário da Segurança Pública, Wagner Mesquita, disse que a reestruturação da frota permite a mobilidade necessária aos profissionais da segurança pública e contribui para reforçar as operações sistemáticas e o trabalho preventivo. “As viaturas proporcionarão maior presença das polícias no Paraná, principalmente nos municípios do interior. E para a Polícia Civil e Científica elas ampliam a capacidade de investigação e resposta”, disse. A distribuição das novas viaturas foi feita a partir de um planejamento estratégico elaborado pela Polícia Militar e Polícia Civil, tendo como base os índices de criminalidade registrados nos municípios paranaenses e procurando atender todas as regiões do Paraná.


Secretário de Estado de Segurança Pública Wagner Mesquita e governador do Paraná Beto Richa



quinta-feira, 22 de junho de 2017

Mercado futuro do boi gordo está confuso

Escândalos envolvendo empresas pecuárias e oferta descolada da demanda são os principais motivos para a queda dos preços do boi gordo no Brasil. Segundo o analista de mercado Elio Micheloni, da Terra Investimentos, a cotação da arroba do animal com entrega para outubro caiu R$ 15 em junho e está abaixo do que é negociado no mercado físico. De acordo com Micheloni, isso nunca aconteceu antes. Um dos problemas do mercado é o excesso de oferta, ocasionado pelo maior abate de fêmeas. De acordo com o analista, no momento o pecuarista não vê vantagem em criar bezerros, por isso está abatendo matrizes, em um nível que é o maior desde 2014. Micheloni aconselha o criador a vender seu produto no melhor preço que encontrar no dia, sem deixar para depois. Ele alerta para a desestabilização do setor e os impactos que ainda pode sofrer no curto prazo, portanto deve fechar negócios agora.

quarta-feira, 21 de junho de 2017

Crise política trava avanço de reformas importantes

O conjunto de reformas microeconômicas impulsionadas nos meses iniciais do governo de Michel Temer foi sugado por outras prioridades na agenda legislativa e andou praticamente de lado no primeiro semestre, sem avanços relevantes no Congresso Nacional. Na tentativa de mostrar que ainda está comprometido com uma pauta reformista, o Palácio do Planalto pretende retomar essas mudanças regulatórias tão logo seja votada a provável denúncia da Procuradoria ­Geral da República contra Temer.  Aplaudidas por investidores, as propostas de uma lei geral das agências reguladoras e de uma nova lei de licitações foram aprovadas pelo Senado na arrancada da gestão Temer, mas chegaram à Câmara dos Deputados no fim do ano passado e até hoje não tiveram suas comissões instaladas. Na semana passada, o projeto que buscava acabar com restrições ao capital externo nas companhias aéreas perdeu urgência e não tem mais data para ser votado. Antes disso, haviam entrado no limbo as discussões sobre a autorização para compra de grandes lotes de terras por empresas ou cidadãos estrangeiros. De forma geral, as mudanças já estavam perdendo velocidade com os esforços do governo para mobilizar sua base em torno das reformas macroeconômicas, como a trabalhista e a da Previdência. Com o agravamento da crise política, também perderam força outras iniciativas que estavam em fase adiantada de elaboração no governo, como duas medidas provisórias na área de mineração e um texto para conciliar posições sobre a flexibilização nas regras do licenciamento ambiental de obras de infraestrutura. Uma MP visava aumentar os royalties pagos pelas mineradoras e a outra criaria uma agência reguladora para o setor. Ambos os assuntos ficaram travados na reta final. Ao todo, as reformas microeconômicas atingem dez áreas diferentes. Algumas são transversais, ou seja, válidas para diversos setores da economia, como os ajustes que estão sendo preparados por um grupo de trabalho liderado pelo Ministério da Fazenda na lei de recuperação judicial. Um ministro com gabinete no Palácio do Planalto disse ao jornal Valor que as reformas da Previdência e trabalhista continuam sendo prioridade absoluta do governo, mas vê espaço para a retomada dos projetos com mudanças regulatórias no segundo semestre. De acordo com esse interlocutor do presidente, projetos que já foram apreciados pelo Senado e dependem apenas de aprovação na Câmara são candidatos a andar mais rápido. Três casos foram citados. Um é o da nova lei de licitações, que busca substituir a Lei 8.666/93 e traz inovações nas concorrências da administração pública, como a inversão de fases no julgamento das propostas e novos critérios para a contratação de seguros nas obras. Outro é o da lei das agências, que garante mais autonomia financeira aos órgãos reguladores e aperfeiçoa critérios de indicação dos diretores. Na mesma linha está a lei de governança dos fundos de pensão de empresas estatais, que tenta fazer uma blindagem nas recorrentes nomeações políticas. "Temos que tocar essa agenda", afirma o deputado Beto Mansur (PRB­SP), vice­-líder do governo na Câmara. Para ele, após a vitória no julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e depois de evitar uma saída imediata do PSDB da base aliada, o ambiente político permite a retomada das votações. Mansur lembra que as mudanças microeconômicas são feitas por medida provisória ou por projeto de lei, que requerem maioria simples, em vez dos três quintos exigidos para emendas constitucionais (PECs). "Não são temas simples em importância, mas menos desafiadores para se colocar em votação", observa. O diretor para América Latina da consultoria de risco político Eurasia, João Augusto de Castro Neves, acredita que a tramitação das reformas macro e microeconômicos corre em "trilhos independentes". "A crise afeta mais o trilho das mudanças fiscais, especialmente a da Previdência", afirma. Na avaliação do consultor, a agenda micro pode até ser desacelerada, mas algumas podem seguir mesmo sem o Congresso Nacional, como a flexibilização já anunciada das exigências de conteúdo local e os leilões de infraestrutura. "Por questões mais práticas, avaliamos que ela vai continuar se movimentando." Castro Neves argumenta que, com índices muito altos de impopularidade, o que ainda mantém Temer no poder é uma combinação de apoio empresarial e parlamentar. Vistas como pró­mercado, as mudanças regulatórias são uma forma de manter esse apoio. "Na medida em que a recuperação econômica ainda não está dada, é um movimento importante para acenar aos investidores." Tendo em sua base de clientes um vasto leque de multinacionais e fundos de investimentos, o diretor da Eurasia ressalta que a agenda de reformais setoriais é vista com bastante atenção por quem tem interesse no Brasil. É claro, acrescenta, que ela tem limitações se não houver avanços nas reformas fiscais. "Mas são temas que enfrentam menos oposição. Um projeto como o de capital estrangeiro nas empresas aéreas pode perfeitamente ser votado em ano eleitoral, caso se arraste para 2018", nota. "O governo vinha focando todos os esforços na negociação das macrorreformas, mas já temos consciência que a Previdência será uma batalha mais difícil e prolongada."  Para Castro Neves, é justo reconhecer: algumas mudanças regulatórias, como o fim da exigência de participação da Petrobras nos campos do pré-­sal, já haviam começado a tomar forma nos últimos meses da gestão da petista Dilma Rousseff, "ainda que mais por necessidade do que por convicção". "A boa notícia é que, se Temer cair, essa pauta foi abraçada pela classe política. Com informações do jornal Valor Econômico.

sábado, 17 de junho de 2017

Coelho da Cartola

Do colunista Claudio Humberto: "O Congresso articula em segredo uma maneira de se livrar, por enquanto, da ameaça de punição na Lava Jato (e outras operações), por meio da suspensão de ações penais movidas contra senadores e deputados. A iniciativa, prevista no artigo 53 da Constituição, parágrafo 3º, somente exige maioria absoluta (ou sejam, 257 votos) para ser aprovada, mediante representação feita por qualquer partido político. Para testar reações, a Câmara deve suspender ação contra Jair Bolsonaro (PSC-RJ), acusado de “incitar o estupro” de deputada do PT. O conchavo para suspender ações penais mal disfarça o desespero de senadores e deputados, sem chance de escapar de condenações. Pelo artigo 53, deputado ou senador é inviolável civil e penalmente, e o parágrafo 3º dá ao plenário o poder de suspender ações em curso. A medida suspende a ação penal e também os prazos prescricionais. A ação fica suspensa até o término do mandato do beneficiado".

sexta-feira, 16 de junho de 2017

Joesley Batista: "Temer é o chefe da quadrilha mais perigosa do Brasil"

Em entrevista exclusiva à revista ÉPOCA, o empresário diz que o presidente não tinha "cerimônia" para pedir dinheiro e que Eduardo Cunha cobrava propina em nome de Temer. Clique aqui e leia a entrevista publicada no dia de hoje.


Alvaro Dias sobe para 3.º no Ranking dos Influenciadores com crítica à absolvição de Temer no TSE



Com quase 372 mil interações na semana entre 9 e 15 de junho, o senador paranaense Alvaro Dias (PV) subiu para o terceiro lugar no Ranking dos Influenciadores Políticos, elaborado pela Gazeta do Povo com base no engajamento conquistado por pessoas públicas nas redes sociais. O parlamentar tem quase 1 milhão de seguidores no Facebook e pouco mais de 330 mil no Twitter – é o 13.º colocado nesse quesito. Alvaro teve um engajamento total de 371.957 em 80 postagens em sua página no Facebook, sendo 214 mil reações (86% delas curtidas), 134 mil compartilhamentos e 23,7 mil comentários. Isso gerou um engajamento médio de 4.649 interações por postagem. Seis vídeos foram postados por Alvaro no período, com 424 mil visualizações. Na live mais acessada, o parlamentar diz que a “corrupção derrotou a Justiça” ao analisar a absolvição da chapa Dilma-Temer no julgamento por abuso de poder político e econômico no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Foi um julgamento contaminado por interesses políticos escusos e, claro, consagrou uma jurisprudência. Fica esse precedente tremendamente perigoso, nocivo, nefasto mesmo, que poderá ser utilizado sem dúvida em outros julgamentos, envolvendo outros criminosos”, disse. O senador paranaense ficou atrás no ranking apenas do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e do prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), com 593.881 interações e 486.181, respectivamente, mas a frente de Luiz Inácio Lula da Silva, por exemplo, que teve 244.925 reações. Pré-candidato ao Palácio do Planalto em 2018, Alvaro está de saída do Partido Verde. Vai se juntar ao Podemos e é pelo novo partido que pretende ser candidato à Presidência. Em entrevista exclusiva ao blog Caixa Zero em maio, o senador disse que o partido será inspirado no En Marche, que elegeu Emmanuel Macron presidente da França, e em outras iniciativas europeias, como o Podemos, da Espanha, e o Cinco Estrelas, da Itália. Clique aqui e veja o video.

terça-feira, 13 de junho de 2017

Pista do aeroporto de Maringá passa por reparos


Os trabalhos de correção na pista de pouso e decolagem do Aeroporto Regional Silvio Name Júnior, em Maringá (Noroeste), tiveram início na madrugada desta terça-feira (13/06). Serão realizadas a fresagem em torno de pontos críticos de infiltração e aplicação de uma camada de Concreto Betuminoso Usinado a Quente (CBUQ) para eliminar fissuras, rachaduras e outros desgastes naturais apresentados no asfalto. De acordo com o superintendente do Aeroporto, Fernando Rezende, os serviços de reparo devem demorar 10 dias e durante esse período o Aeroporto ficará fechado para operações entre 0h15 e 4 horas. "Trata-se de um trabalho de manutenção preventiva executado por uma empresa contratada por licitação, no valor de R$ 245,2 mil. Enquanto máquinas e funcionários da empresa executam esse trabalho, estamos preparando o processo de execução de um projeto mais abrangente de ampliação da pista e outra série de melhorias estruturais no Aeroporto", diz. O superintendente explica que está previsto um convênio do o governo federal no valor de R$ 120 milhões. O projeto de modernização terá contrapartida do município no valor de R$ 7 milhões, divididos entre os anos de 2017 e 2018. Os recursos vão permitir, entre outras obras, que a extensão da pista seja aumentada em mais 280 metros, passando dos atuais 2.100 metros para 2.380 metros. O pátio de estacionamento de aeronaves receberá a aplicação de pavimento rígido, em concreto puro, enquanto a taxiway - a faixa de pista em que a aeronave pode taxiar - será estendida até a cabeceira. O projeto prevê ainda a reformatação da cabeceira da pista principal e a ampliação do prédio da Seção Contra Incêndio - do Corpo de Bombeiros - que passará dos atuais 150m² para 300m². Também será aumentado o mix de lojas e implantados fingers, com pontes telescópicas, a partir do pavimento superior até o acesso às aeronaves. O repasse depende da assinatura do convênio. "Assim que o ministro (dos Transportes, Maurício Lessa) puder vir a Maringá, será assinado o convênio do município com a Secretaria de Aviação Civil para darmos início ao processo de licitação e posterior execução do projeto de modernização do Aeroporto", assegura.

sexta-feira, 9 de junho de 2017

Funcef pode necessitar de novo plano de equacionamento

A Funcef, fundo de pensão de funcionários da Caixa Econômica Federal, teve o quinto déficit consecutivo em 2016 e o presidente da entidade, Carlos Vieira, não descarta a realização de novo plano de equacionamento – se confirmado, será o terceiro seguido. Os participantes e a patrocinadora já fazem contribuições adicionais diante dos resultados de 2014 e se preparam para os de 2015. O fechamento dos números do ano passado ainda depende de novo laudo de avaliação do FIP Florestal, fundo de investimento em participações que detém fatia na Eldorado Celulose, da holding J&F, da família de Joesley e Wesley Batista. O investimento da Funcef e da Petros no fundo está sendo investigado nas operações Greenfield, Sépsis e Cui Bono, da Polícia Federal. “A partir dele [o laudo] é que vamos ter condições de avaliar o que ocorreu em 2016. Vai dar um pouco mais de R$ 3 bilhões [de déficit]”, disse Vieira ao jornal Valor. A Petros, fundo de pensão dos funcionários da Petrobras, que também tem uma participação no FIP Florestal, estimou em seu balanço perda de 47,47% com esse investimento no ano passado. A Caixa já havia informado em maio que vai divulgar o resultado da nova avaliação neste mês. Com o equacionamento de 2015, que ainda deve ser aprovado pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), as contribuições dos participantes da Funcef devem ficar, em média, cerca de 11% dos salários e das aposentadorias. “Os responsáveis pelo FIP são o gestor, o administrador, nós somos participantes. É com eles a questão. Nós somos os receptores. Quando podemos interferir, dentro da assembleia de acionistas, trocamos, interferimos. Nós temos um assento na Eldorado [Celulose]. Agora, no FIP [Florestal] somos minoritários, tanto nós quanto a Petros.” A corretora Planner é a administradora e o Brasil Plural, o gestor do FIP Florestal. Juntos, Funcef e Petros possuem 49,50% do fundo, o que dá a cada um deles uma fatia de 8,53% do capital total da fabricante de celulose. A J&F detém, direta e indiretamente, 80,98% da empresa. Funcionário da Caixa desde 1982, com passagem nos ministérios das Cidades e da Integração Nacional por indicação do PP, o atual presidente da Funcef tem uma missão que vai além do equacionamento dos resultados dos investimentos problemáticos feitos por seus antecessores. A tarefa inclui a retomada da credibilidade da imagem do fundo de pensão, e a implementação de uma cultura de governança corporativa. Vieira chegou à fundação em setembro do ano passado, uma semana após a deflagração da Operação Greenfield, da Polícia Federal, que investiga fraudes nos fundos de pensão. No fim de maio, 14 pessoas tornaram-se rés no caso. Dessas, oito são ex-dirigentes da Funcef, incluindo Guilherme Lacerda, que foi presidente da entidade. Segundo Vieira, os ex-executivos da Funcef sob investigação perderam o direito a receber o período de quarentena até a conclusão do processo. A fundação também suspendeu o pagamento da defesa à qual os acusados tinham direito enquanto não se provar a inocência deles, afirmou. Agora, a Funcef trabalha como assistente de acusação do Ministério Público Federal (MPF) na operação. Com a assinatura do acordo de leniência de R$ 10,3 bilhões entre o MPF e a J&F, a Funcef vai receber R$ 1,75 bilhão. Os valores referem-se a multa e ressarcimento por causa de crimes e irregularidades identificadas em diversas frentes, incluindo a Greenfield. A expectativa passa a ser o ressarcimento em torno do FIP Cevix, criado pela construtora Engevix e gerido pela Caixa Econômica Federal. O MPF requereu o pagamento de R$ 1,206 bilhão ao fundo de pensão, o triplo do prejuízo causado à entidade, calculado em R$ 402 milhões. O presidente da Funcef não descarta buscar reparações na Justiça. “A própria legislação () fala que o equacionamento sendo feito pela patrocinadora e pelo participante não exime de se buscar na figura dos ex-dirigentes a sua responsabilização. Só que isso tem um rito processual e administrativo.” A entidade estabeleceu uma comissão técnica para apurar os fatos e identificar responsáveis, que deve apresentar os resultados até agosto. Na Comissão de Valores Mobiliários, a Funcef questiona o dever de diligência por parte de gestores e administradores em fundos em que tem participação, mas Vieira afirmou se tratar de “questão sigilosa”. Em alguns casos – como o da Sete Brasil, onde investiu R$ 1,3 bilhão -, a fundação tem buscado ressarcimento via arbitragem. A entidade revisa a atual política de investimentos e trabalha na desconcentração de ativos. “Quanto mais se valorizam esses ativos, mais rápido acabará a questão do equacionamento. Esse é o grande desafio da nossa área de investimentos.” Segundo ele, a expectativa “é muito positiva para o segundo semestre”. A Funcef é a terceira maior fundação do país, atrás de Petros e Previ (do Banco do Brasil), com um patrimônio de R$ 58 bilhões. Desse total, 70% estão em renda fixa. A renda variável tem R$ 10 bilhões e outros R$ 2,5 bilhões correspondem a créditos aos participantes. A fundação tem R$ 5 bilhões investidos em imóveis, e está acima do limite permitido pela Previc. O presidente da entidade elogiou o acordo de acionistas da Vale e mencionou a participação “muito expressiva” na empresa. “São R$ 5 bilhões, qualquer movimento ali vai ser muito bem coordenado”, afirmou, referindo-se a uma possibilidade de venda de sua fatia, sem detalhar o assunto. A Funcef informou que a Advocacia Geral da União (AGU) entendeu que a fundação não pode responder solidariamente em processos trabalhistas por ausência de pagamento e encargos contra companhias nas quais investiu por meio de FIPs, em caso ajuizado por ex-funcionário da Ecovix, em que tinha participação. A entidade avalia que pode evitar agora prejuízos relacionados a outros investimentos, como o caso do FIP Sondas.

quarta-feira, 7 de junho de 2017

México pretende ampliar importação de grãos do Brasil


O México está prospectando oportunidades para ampliar as importações de grãos do Brasil e reduzir sua histórica dependência do milho e da soja produzidos nos Estados Unidos, país com o qual passou a ter uma relação mais turbulenta desde que o empresário Donald Trump chegou à Presidência, em janeiro. Com esse objetivo principal, missão liderada pelo Ministério de Agricultura do México esteve em maio em alguns Estados brasileiros, onde manteve reuniões bilaterais e conheceu um pouco melhor as características da oferta. E, aparentemente, os representantes do governo e da iniciativa privada que participaram do grupo voltaram para casa satisfeitos. "Foi um marco de vontade política importante entre os governos do Brasil e do México", disse Raúl Urteaga, coordenador geral de Assuntos Internacionais do Ministério da Agricultura maxicano, ao Valor. Ele observou que, no âmbito do aprofundamento do Acordo de Complementação Econômica nº 53 firmado entre os dois países em 2002, todos os setores são importantes, mas sinalizou particular interesse na área agropecuária. "Diante da dependência que temos de certos produtos importados dos EUA e dos sinais ambivalentes emanados da Casa Branca, é o momento de acelerarmos a diversificação de nossas relações comerciais", afirmou Urteaga. Segundo ele, o setor primário tem uma participação modesta no Produto Interno Bruto (PIB) do México, mas vem crescendo a um ritmo duas vezes e meia maior que os demais nos últimos anos. Nesse contexto, uma nova porta pode ser aberta para a soja e o milho do Brasil, que atualmente lidera os embarques globais da oleaginosa, à frente dos EUA, e ocupa a segunda posição no ranking dos exportadores do cereal, atrás apenas dos americanos. E os volumes importados pelos mexicanas, provenientes de seu vizinho, não são desprezíveis. Conforme as estatísticas mais recentes do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), as importações mexicanas de milho alcançarão 14,8 milhões de toneladas nesta safra 2016/17, que terminará em agosto. A colheita do México no ciclo chegou a 27 milhões de toneladas, mas a demanda deverá atingir 39,8 milhões, de acordo com o órgão americano. As importações mexicanas de milho amarelo, como o exportado pelo Brasil – os embarques brasileiros deverão somar 34 milhões de toneladas em 2016/17, segundo o USDA -, servem para a produção de ração destinada à indústria avícola local. O segmento ainda se ressente da crise provocada pela descoberta de casos de gripe aviária no México nos últimos anos, mas implementou uma campanha de vacinação de todos os animais e tem a expectativa de, em breve, retomar suas exportações. Segundo Cesar J. Quesadas Macías, presidente do conselho da União Nacional de Avicultura, a indústria avícola mexicana consome cerca de 10 milhões de toneladas de milho e sorgo por ano e 40% desse volume é importado. Boa parte do sorgo é argentino, mas o milho é comprado sobretudo nos EUA – e normalmente tem problemas de qualidade, disse ele. No caso da soja, as quantidades são menores. Segundo o USDA, as importações mexicanas do grão, também usado em rações, chegarão a 4,3 milhões de toneladas em 2016/17, já que a produção local foi de apenas 420 mil toneladas e a demanda deverá alcançar 4,76 milhões de toneladas. As exportações brasileiras de soja deverão atingir, conforme o USDA, 63,5 milhões de toneladas em 2016/17, destinadas sobretudo à China. Com informações do jornal Valor Econômico.

segunda-feira, 5 de junho de 2017

Empresário Lirio Parisotto é condenado por agredir Luiza Brunet


Em sentença proferida hoje (05/06) pelo Tribunal de Justiça São Paulo, o empresário Lírio Parisotto foi condenado a um ano de detenção pela agressão à modelo Luiza Brunet no ano passado. A condenação pronunciada pela juíza Elaine Cristina Monteiro Cavalcanti determina que o réu deverá ficar dois anos sob vigilância, sendo obrigado a cumprir serviço comunitário durante doze meses. “Nestes últimos meses, aprendi mais sobre solidariedade. Recebi, de homens e mulheres, apoio e carinho com uma força enorme. A todos, minha imensa gratidão. Não foi fácil me expor, nem será apagar as marcas que a violência me deixou. Mas o que, ontem, foi vergonha e medo, hoje, é força e uma certeza: seguir no combate à violência contra as mulheres. Dei um importante passo, tive coragem para mudar e sempre fiquei ao lado da verdade”, disse Luiza Brunet ao saber da sentença. A acusação ocorreu após a atriz ser vítima de grave agressão por parte do empresário em maio do ano passado em Nova York. Na ocasião, Luiza teve quatro costelas quebradas, além de lesão no olho esquerdo. A defesa de Lirio Parisotto deverá recorrer da sentença. Com informações da revista Veja.

domingo, 4 de junho de 2017

Hyundai aposta no ônibus elétrico


A Hyundai revelou o seu primeiro ônibus elétrico, após meses de especulação. O veículo é chamado Elec City e deve ser lançado em 2018. O alcance é uma das limitações dos veículos elétricos. No caso do Elec City, sua autonomia é de até 290 km graças a sua bateria de 256 kWh. O que é interessante sobre esse ônibus da Hyundai é, também, seu curto tempo necessário para recarga: apenas uma hora, de acordo com a agência de notícias Yonhap. O Elec City será o primeiro ônibus da montadora a ser produzido em massa na Coreia do Sul. Ainda não se sabe se a empresa planeja levar o veículo para outros países. Diversas montadoras têm projetos de ônibus elétricos para os próximos anos. Esse é o caso, por exemplo, da Proterra, cujo veículo (Catalyst E2) tem autonomia de até 560 km. Além de contribuir para reduzir a emissão de poluentes na atmosfera, os ônibus elétricos podem ajudar governos a economizar no longo prazo, de acordo com um estudo da Universidade de Columbia, como indica o site The Verge.

sábado, 3 de junho de 2017

Mulher Maravilha poderá ser a melhor estreia da história para um filme dirigido por uma mulher



“Mulher-Maravilha” está a caminho de dar fim à maldição das super-heroínas em Hollywood, um gênero no qual Charlize Theron (“Aeon Flux”), Halle Berry (“Mulher-Gato”) e Jennifer Garner (“Elektra”) fracassaram, mas Gal Gadot parece ter chegado para triunfar. Com arrecadação de US$ 11 milhões na noite de estreia nos Estados Unidos, tudo indica que o novo longa-metragem pode superar os US$ 100 milhões durante o fim de semana, muito acima dos prognósticos conservadores do estúdio Warner Bros., que esperava um faturamento entre US$ 65 milhões e US$ 75 milhões. Se a projeção se confirmar, esta será a melhor estreia da história para um filme dirigido por uma mulher, neste caso Patty Jenkins. A melhor marca para uma diretora até o momento pertence a Sam Taylor-Johnson com “Cinquenta Tons de Cinza”, que estreou com US$ 93 milhões em 2015. Jenkins, que se afastou de “Thor: O Mundo Sombrio” por diferenças criativas com a Marvel, foi a pessoa que levou Charlize Theron a conquistar o Oscar de melhor atriz em 2004 pelo papel em “Monster: Desejo Assassino”. A carreira de Jenkins, quase totalmente dedicada à televisão, tem como pontos altos a direção de episódios de séries como “Arrested Development”, “Entourage”, “The Killing” e “Betrayal”. No entanto, a diretora chegou a “Mulher-Maravilha” depois que outra mulher, Michelle MacLaren (conhecida pelo trabalho em séries como “Breaking Bad” e “Game of Thrones) desistiu do projeto por não concordar com a visão que o estúdio tinha sobre o tipo de filme a ser feito. Protagonizado por Gal Gadot, Chris Pine e Robin Wright, “Mulher-Maravilha” conta a origem da super-heroína desde que era conhecida simplesmente como Diana, princesa da ilha paradisíaca de Themyscira, onde começa o treinamento para se tornar uma poderosa amazona. No entanto, Diana encontra um piloto de avião que a conta sobre um conflito bélico que está ocorrendo no mundo e decide abandonar a ilha para lutar ao lado dos Aliados na I Guerra Mundial. O filme foi bastante elogiado pela crítica, após a fria recepção de “Batman vs Superman: A Origem da Justiça” e “Esquadrão Suicida”, as apostas anteriores do Universo Estendido da Warner sobre os personagens da DC Comics. O sucesso de “Mulher-Maravilha”, que conta com US$ 150 milhões de orçamento, é uma grande notícia para a indústria, especialmente para um gênero, o dos super-heróis, no qual as mulheres costumam desempenhar um papel secundário dentro de obras como “Os Vingadores”, em que Scarlett Johansson interpreta a Viúva Negra e Elizabeth Olsen a Feiticeira Escarlate. Já houve tentativas de lançar sagas protagonizadas por super-heroínas, como “Mulher-Gato” (2004) e “Aeon Flux” (2005), mas a arrecadação final de ambas ficou abaixo dos respectivos orçamentos. “Elektra” (2005) não foi tão melhor, ao faturar US$ 56 milhões a partir de um orçamento de US$ 43 milhões. Por isso, “Mulher-Maravilha” pode significar uma reviravolta dentro de uma indústria que começa a vislumbrar mais oportunidades para personagens femininos protagonistas e diretoras mulheres em superproduções. Jenkins é apenas a segunda mulher na história a dirigir um filme com orçamento de US$ 100 milhões ou mais, após Kathryn Bigelow em “K-19: The Widowmaker” (2002). Em 2019, a Disney lançará “Capitã Marvel”, dirigido por Anna Boden e Ryan Fleck, com Brie Larson como protagonista. Enquanto isso, a Sony Pictures prepara um filme sobre a Gata Negra e a Sabre de Prata, como parte do universo do Homem-Aranha, que terá Gina Prince-Bythewood por trás das câmaras. A Warner Bros. contará com o diretor Joss Whedon, responsável por “Os Vingadores” e pela série “Buffy, a Caça-Vampiros”, para o filme da “Batgirl”, uma super-heroína muito popular entre os fãs das histórias de Batman. Com informações da EFE.