domingo, 28 de outubro de 2018

Bolsonaro, eleito, diz que fará um governo 'defensor da Constituição, da democracia e da liberdade'


Do site G1: O presidente da República eleito Jair Bolsonaro (PSL) afirmou no domingo (28/10), ao ler o discurso da vitória na porta da casa dele, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, que o novo governo será um "defensor da Constituição, da democracia e da liberdade". Jair Bolsonaro derrotou Fernando Haddad (PT) no segundo turno e tomará posse como presidente da República em 1º de janeiro de 2019. De acordo com a apuração do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com 96,27% das urnas apuradas, ele havia recebido 56,1 milhões de votos (55,49%). "Faço de vocês minhas testemunhas de que esse governo será um defensor da Constituição, da democracia e da liberdade. Isso é uma promessa, não de um partido, não é a palavra vã de um homem, é um juramento a Deus", afirmou. Bolsonaro afirmou no discurso que assumiu o compromisso de fazer um “governo decente”, formado por pessoas com o propósito de transformar o Brasil em uma “grande, próspera, livre e grande nação”. Bolsonaro declarou que a “liberdade é um princípio fundamental” e citou como exemplos a liberdade de ir e vir, político e religiosa, de informar e de ter opinião e de fazer escolhas. “Como defensor da liberdade, vou guiar um governo que defenda e proteja os direitos do cidadão que cumpre seus deveres e respeita a leis. Elas são para todos porque assim será o nosso governo: constitucional e democrático”, declarou o presidente eleito. O presidente eleito declarou que a futura administração precisa criar condições para “que todos cresçam”. Segundo ele, o governo federal vai reduzir estrutura e burocracia e cortará “desperdícios e privilégios”. “Nosso governo vai quebrar paradigmas, vamos confiar nas pessoas, vamos desburocratizar, simplificar e permitir que o cidadão, o empreendedor, tenha mais liberdade e construir o seu futuro. Vamos desamarrar o Brasil”, declarou. Bolsonaro declarou que seu governo “respeitará de verdade a federação”, garantindo que os recursos federais cheguem aos estados e municípios. “Precisamos de mais Brasil e menos Brasília”, disse. Ele reafirmou a defesa do direito de propriedade e destacou a intenção de realizar de reformas, mas não disse no discurso quais seriam. O presidente eleito declarou que seu governo quebrará o “ciclo vicioso do crescimento da dívida” para estimular investimentos e gerar empregos. “Emprego, renda e equilíbrio fiscal é o nosso compromisso para ficarmos mais próximos de oportunidades e trabalho para todos”, afirmou.  No discurso, Bolsonaro ainda agradeceu às equipes da Santa Casa de Juiz de Fora (MG) e do hospital Albert Einstein, de São Paulo, locais pelos quais passou após o atentado no qual recebeu uma facada em setembro, durante ato de campanha. Bolsonaro disse que os jovens do país vivem um período de estagnação econômica e prometeu que isso mudará, já que, afirmoum governará “com os olhos nas futuras gerações, e não na próxima eleição”. Sobre as relações com outros países, disse que libertará o “Brasil e o Itamaraty” – o presidente eleito é crítico do apoio dos governos petistas a países como Venezuela e Cuba. Ele ainda defendeu buscar relações bilaterais com países que agreguem valor econômico e tecnológico aos produtos brasileiros. “Libertaremos o Brasil e o Itamaraty das relações internacionais com viés ideológico a que foram submetidos nos últimos anos. O Brasil deixará de estar apartado das nações mais desenvolvidas”, declarou. Questionado após a leitura do discurso sobre a divisão do Brasil, Bolsonaro disse que trabalhará para “pacificar o Brasil”. “Não sou Caxias [Duque de Caxias], mas sigo o exemplo desse grande herói brasileiro. Vamos pacificar o Brasil e, sob a Constituição e as leis, vamos constituir uma grande nação”, declarou. Sobre a montagem do futuro governo, o presidente eleito afirmou que três nomes estão acertados – em entrevistas anteriores, Bolsonaro havia declarado que Onyx Lorenzoni será o ministro da Casa Civil, Paulo Guedes o ministro da Fazenda e o general Augusto Heleno, ministro da Defesa. O presidente eleito ainda disse que “está quase certo” que o Marcos Pontes, o primeiro astronauta brasileiro a ir para o espaço, fará parte do governo. Bolsonaro não citou qual seria o cargo ocupado por Pontes, cotado nos bastidores para assumir um ministério na área de ciência e tecnologia. Os demais integrantes do governo será anunciado “com muita cautela”, segundo o presidente eleito.

terça-feira, 16 de outubro de 2018

PF reforça segurança de Rosa Weber e abre inquérito para investigar ameaça

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A Polícia Federal montou uma equipe para reforçar a segurança da presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a ministra Rosa Weber, após uma ameaça enviada por rede social. Um inquérito também foi aberto para investigar o autor dos recados. Como mostrou a Folha de S.Paulo terça-feira (16/10), o texto enviado, em tom ameaçador, dizia que Jair Bolsonaro (PSL) está eleito e que haverá revolta popular se as urnas não confirmarem o resultado. "A senhora vai ver o povo na rua e os caminhoneiros parando este Brasil até que tenha novas eleições e com voto impresso", está na mensagem. A presidente do TSE já contava atualmente com segurança do Supremo Tribunal Federal, mas a PF decidiu mandar reforços. Mensagens intimidatórias para o tribunal e funcionários têm sido comuns, mas o caso chamou atenção por ser o primeiro com Weber como destinatária. "Espero que a sra. fique de olho", diz o texto. "É só um aviso, com todo respeito."

domingo, 14 de outubro de 2018

Four Seasons abre primeira filial no Brasil


Nos anos 90, a atriz Julia Roberts deu uma entrevista ao programa de Oprah. A apresentadora perguntou: “Como você gosta de dormir?”. Ao que a estrela americana respondeu: “Em uma cama do Four Seasons”. Ouviu, então, da comandante do talk show: “É a única cama melhor que a minha”. O tal do colchão agrada tanto que pode, inclusive, ser comprado por clientes da rede de hotéis em alguns países. Outros muitos atrativos fazem da bandeira canadense de luxo uma das mais famosas do mundo. Na chiquérrima unidade de Paris, por exemplo, há três restaurantes. Juntos, somam cinco estrelas no renomado Guia Michelin. Na filial de Bali, todas as suítes possuem piscina individual e uma paisagem de desabar o queixo. Criada em 1961, a companhia oferece mais de 100 endereços espalhados por 31 países e conta com o bilionário Bill Gates e o príncipe saudita Alwaleed bin Talal no papel de acionistas principais. Agora, a marca se prepara para abrir sua primeira filial brasileira e a quarta na América do Sul — Buenos Aires e Bogotá saíram na frente. A inauguração do negócio, instalado na Chácara Santo Antônio, está prevista para esta segunda (15/10). De acordo com especialistas do mercado, o investimento fica na faixa dos 700 milhões de reais. Integra o complexo imobiliário Parque da Cidade, um espaço que contempla nove torres corporativas e residenciais, além de um shopping homônimo, que deve ficar pronto em abril de 2019. O prédio, projetado pelo escritório americano de arquitetura HKS, terá 258 quartos disponíveis. A maioria exibe uma controversa vista para a Marginal Pinheiros, mas todos dispõem de janelas antirruído para bloquear a barulheira. Os lençóis da grife Trussardi esbanjam algodão egípcio de 300 fios e são coroados com seis fofinhos travesseiros. Como esperado, as diárias terão preço salgado por aqui: de 343 a 5 000 dólares, ou seja, na faixa de 1 290 a 18 800 reais.A decoração do local impressiona pela sofisticação. Essa parte ficou a cargo da decoradora americana Anne Wilkinson, veterana da rede hoteleira. “Quis criar ambientes urbanos, com sabor internacional e toque brasileiro”, afirma. “Vim ao país cerca de seis vezes para pesquisas.” Encontram-se no cenário diversos materiais, móveis e peças de arte nacionais. É o caso de poltronas de Paulo Mendes da Rocha e papéis de parede com textura que mistura seda e fibra de folha de bananeira, criada por Nani Chinellato. Altamente fotografável e elemento quase obrigatório nos Four Seasons pelo mundo, uma escadaria em espiral se destaca no cenário do lobby. Devem atrair hóspedes e paulistanos em geral o bar e o restaurante do lugar. Batizado de Neto, esse último será comandado pelo chef italiano Paolo Lavezzini, vindo do Fasano Al Mare, no Rio. Mesclará as gastronomias da Itália e do Brasil, inclusive no que diz respeito aos ingredientes, locais e importados. No cardápio, dá para se deliciar com um tagliolini de feijão-preto, azeite, pimenta, couve e bottarga (75 reais). O menu executivo de almoço sai por 80 reais, com couvert, entrada e principal. No meio do salão, um “teatro de charcutaria” exibirá aos clientes o corte de embutidos diferentões. Ficará no lobby o bar Caju. Brilharão por lá um gim-tônica feito com a fruta, o caju amigo clássico e uma releitura que leva uísque bourbon, cachaça e hortelã. Para petiscar, haverá sanduíche de pernil ou de siri-mole, entre outros salgados. Uma piscinona climatizada com borda infinita dá vista para as águas nada límpidas do Rio Pinheiros. Ali, e em muitos outros ambientes, a luz natural vira protagonista. No mesmo andar, encontra-se o spa. Os produtos usados ou são da marca francesa Biologique Recherche ou foram criados com exclusividade para a Four Seasons pelo SPA Botanique, de Campos do Jordão. Uma massagem de meia hora vale 250 reais. Os espaços para eventos, uma sala para cinquenta pessoas e um salão de baile de pé-direito alto para 600 convidados, serão alugados por valores a partir de 5 000 e 45 000 reais, respectivamente. Mesmo antes da abertura, há pelo menos trinta cerimônias agendadas. O gerente de banquetes Rodolfo Netto, responsável pelo catering do negócio, tem uma curiosa experiência internacional. O rapaz servia o Palácio de Buckingham, na Inglaterra, morada da rainha. Por contratos de confidencialidade, não pode revelar muito sobre o dia a dia do icônico lugar, cheio de passagens secretas, segundo ele, mas trouxe seus conhecimentos para o hotel. Parte dos 262 funcionários (houve 1 000 entrevistas de candidatos), sempre cheios de sorrisos, veio de outros Four Seasons. Gerente-geral, o suíço Michael Schmid já atuou nas unidades de Chicago e Berlim. “Buscamos a perfeição do serviço”, garante. “Queremos ter não só um prédio lindo, mas também uma conexão com o hóspede.”  Um aplicativo que traz chat direto com a brigada, sem robôs nem mensagens automáticas, ajudará na comunicação com o freguês. Os últimos treze andares do prédio, de 29 pisos, foram reservados para um modelo incomum por aqui, o de private residences. São 84 apartamentos de alto padrão, projetados pelo arquiteto Arthur Casas, com área entre 92 e 213 metros quadrados, que podem ou não vir mobiliados. A proposta é dar ao morador a possibilidade de aproveitar em seu lar as regalias do hotel, como manobrista, serviço de quarto (que promete entregar em até quinze minutos certos pratos), spa, academia… O metro quadrado custa a partir de 20 000 reais. O Four Seasons fará companhia a mais 28 hotéis de nível cinco-estrelas na capital, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (Abih-SP). “Ele seguirá um estilo de luxo corporativo”, afirma o presidente da entidade, Bruno Omori. Entram nessa classificação negócios do naipe de Hyatt e Renaissance. A região onde está instalado, próximo à Avenida Berrini e seu mar de escritórios, ajuda na vocação de receber hóspedes a trabalho. Cerca de um ano e meio atrás, a metrópole ganhou outro endereço de luxo, porém na categoria hotel-butique, com menos quartos e imagem de exclusividade. O Palácio Tangará, no Panamby, mostrou bons resultados até agora. Segundo a companhia, nos fins de semana a taxa de ocupação gira em torno de 80%. O preço da diária mais simples, entretanto, precisou baixar desde a inauguração. De 1 500 reais caiu para 1 100. Outra novidade no setor deve aparecer no fim de 2019. Trata-se do Rosewood São Paulo — dentro do Cidade Matarazzo, complexo do ladinho da Avenida Paulista —, cujas suítes levam a assinatura do famoso designer francês Philippe Starck. Com informações da Revista Veja.

quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Deputado mais votado, Francischini desconversa sobre presidir Assembleia


Candidato mais votado da história do Paraná para deputado estadual, com 427.627 votos, o deputado federal Fernando Francischini (PSL) já está sendo cotado desde já para outros dois “vôos” mais altos em sua carreira política: as eleições para a presidência da Assembleia Legislativa e para a prefeitura de Curitiba em 2020. Cauteloso, o principal aliado do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) no Estado, porém, desconversa quando questionado sobre essas duas possibilidades, alegando que no momento, seu foco é eleger o capitão reformado para o Palácio do Planalto. Só na capital, ele teve 139,8 mil votos para deputado estadual, sendo também o mais votado na regional. “Nem pensamos. Agora estamos focados no segundo turno do Bolsonaro que é o objetivo principal: ganhar a eleição presidencial”, despista o delegado, que ficou à frente, por exemplo, do ex-prefeito Gustavo Fruet (PDT), deputado federal mais votado em Curitiba, que obteve 80,3 mil votos na capital; Ney Leprevost (PSD), derrotado no segundo turno por Rafael Greca (PMN) em 2016, obteve 64.664 votos também para federal. Com sua votação recorde, Francischini garantiu ao partido de Bolsonaro a maior bancada na Assembleia, com oito parlamentares. Até por isso, defende que essa bancada deve fidelidade ao projeto que ele chama da “nova direita”, que seria “conservadora nos costumes e liberal na economia”. De largada, o deputado chamou o grupo para compor a bancada de apoio ao governador eleito Ratinho Junior (PSD). Francischini garante que terá fidelidade da bancada que ajudou a eleger. “Todos têm alinhamento ideológico. Vai ser uma bancada, como a gente chama, ‘uma bancada da bala no Paraná’. É coronel, é delegado, sub-tenente do Exército, de operações especiais, é uma tropa pesada que nós elegemos. Vai dar uma coisa diferente. A Assembleia sempre era aquela mesmice e agora tem gente de microfone pesado com temas de segurança pública, que os deputados que tinham de segurança não tinham costume de usar a tribuna. Nunca teve (tantos agentes de segurança na Assembleia)”, aponta. Coordenador da campanha de Bolsonaro, Francischini deve acompanhar o presidenciável, caso ele obtenha autorização médica para viajar. Do contrário, Francischini fará a base da campanha no Paraná. “Meu foco é eleger Bolsonaro. A presidência da Assembleia é um segundo momento, depois de me dedicar à eleição de Bolsonaro. É importante, mas acho que vai haver o momento devido para isso. Agora o foco é trazer os deputados. Imagina lançar uma campanha para presidência da Assembleia em um momento que a gente tem que unir, não dividir”, explica. Comparado a Ratinho Junior, que também deixou a Câmara Federal para ser o mais votado à Assembleia Legislativa, e com isso compor maior bancada, Francischini também desconversa sobre sua pretenção quanto à eleição ao governo do Estado em 2022. A estratégia de Ratinho Jr foi manter a bancada fiel e ocupar uma secretaria importante do governo, a de Desenvolvimento Urbano, o que fez com que tivesse acesso a liberação de recursos a prefeitos e contato com os municípios ao longo do mandato. “Não conversei com Ratinho Jr, nem com Bolsonaro, sobre cargos. Bolsonaro teve a grande votação que o levou ao segundo turno justamente por não fazer toma-lá-dá-cá com com cargos. E por eu ter assumido os mesmos princípios que ele tem, eu mesmo nunca toquei (no assunto) de cargos, nem com ele, nem com Ratinho”, afirma. Pelo menos dois deputados eleitos pelo PSL devem suas cadeiras ao desempenho do campeão de votos, Fernando Francischini, além de outras cinco que só existem graças à soma total de votos.  A bancada do partido é formada por Coronel Lee (58.336 votos); Delegado Fernando (36.937 votos); Luiz Fernando Guerra (32.211 votos); Ricardo Arruda (27.566 votos); Do Carmo (17.695 votos); Emerson Bacil (17.625 votos); e Subtenente Everton (13.043 votos). Somados os votos desses sete deputados do PSL, o grupo teria 203.685, ou seja, apenas Coronel Lee, o mais votado dos sete, seria eleito sem Francishini. Diante disso, ele já deu o recado: “eleger oito deputados estaduais traz a obrigação de eu buscar um por um desses, com a experiência que eu tenho de Brasília nesses anos todos, e trabalhar para que eles sejam bons parlamentares, tenham um posicionamento, porque eles carregam uma obrigação” afirma. “A obrigação que carregam dos votos que eu consegui para ajudar na eleição e, principalmente, do Bolsonaro, já que muita gente votou nos candidatos do partido porque sabiam que eram candidatos comprometidos com a mudança do Brasil”, pontua. O líder do grupo defende que os integrantes do grupo tem obrigação de seguir as orientações dele. “Maior bancada da Assembleia para um partido que era minúsculo, então isso traz uma obrigação minha, que tenho mais experiência que os outros de sentar, conversar, trabalhar para que cada um deles faça um bom trabalho para que o eleitor se sinta representado também na maioria da bancada eleita”, pondera. Francischini chegou a ensaiar uma candidatura ao Senado, mas acabou optando por concorrer à Assembleia como estratégia para eleger uma bancada numerosa, ao mesmo tempo em que lançou o filho para a Câmara Federal. Felipe Francischini (PSL) foi o segundo candidato a deputado federal mais votado, com 241 mil votos.  Fonte: Jornal do Estado/Bem Paraná

segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Ratinho Júnior é o governador eleito do Paraná


O candidato Ratinho Júnior do PSD venceu em 382 cidades do Paraná com praticamente 60% dos votos. Ele foi eleito no primeiro turno com 3.210.712 votos. A segunda colocada, a atual governadora Cida Borghetti (PP), venceu em oito cidades do estado. O mesmo aconteceu com o candidato João Arruda (MDB). O candidato Doutor Rosinha (PT) venceu em uma das 399 cidades do estado. O candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL), venceu em 309 das 399 cidades paranaenses no 1º turno das eleições de 2018, realizada neste domingo (08/10). Fernando Haddad (PT) venceu em 89 municípios. Amaporã, no Paraná, foi a única cidade no Brasil que teve um empate exato entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) no 1º turno da eleição presidencial de 2018. Os dois candidatos decidirão a eleição para Presidente da República no segundo turno.

quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Governo do Paraná decreta intervenção administrativa nos pedágios investigados pela Lava Jato

O governo estadual decretou intervenção administrativa, que será exercida por militares reformados, nos pedágios do Paraná que são investigados na Operação Lava Jato. O anúncio foi feito pelo secretário de Infraestrutura e Logística, Abelardo Lupion, na manhã desta quinta-feira (04/10), em Curitiba. Os interventores são coronéis da reserva da Polícia Militar (PM), de acordo com o secretário. Os nomes deles devem ser divulgados na sexta-feira (05/10). Lupion explicou que os interventores terão a obrigação de buscar informações nas seis sedes das concessionárias. "Todos os interventores serão coronéis reformados com prestígio dentro da sociedade que se apresentarão amanhã. Eles serão o olho do Estado e o olho da Justiça dentro das praças. O Ministério Público poderá recorrer a eles para qualquer informação porque nós entramos na ação. Nós hoje, o Estado, fazemos parte dessa operação", disse o secretário. A medida foi adotada por decreto da governadora Cida Borghetti (Progressistas). Ela concorre à reeleição. Conforme o governo estadual, a intervenção foi recomendada pela Controladoria Geral do Estado (CGE) e pela Procuradoria-Geral do Estado (PGE). A intervenção terá prazo de 180 dias, podendo ser prorrogada pelo mesmo período. Segundo o governo, o preço cobrado aos motoristas nas praças de pedágio não muda com a decisão. Em 30 se setembro, o governo entrou na Justiça pra pedir junto à 1ª Vara Federal o bloqueio de bens dos controladores das concessionárias e redução de metade do preço da tarifa. A Justiça ainda não analisou o pedido. A Associação Brasileira de Rodovias (ABCR) informou que as atividades do escritório regional da associação foram encerradas, e que não vai se pronunciar sobre o assunto. Os seis oficiais trabalharão dentro das concessionárias para impedir a continuidade dos atos ilegais e irregulares, segundo o governo estadual. Ainda de acordo com o Governo do Paraná, os interventores vão facilitar o acesso das autoridades aos documentos das empresas e garantir respostas à Justiça dentro dos prazos. Os interventores também vão, conforme o governo estadual, aprimorar a aferição do fluxo de veículo. Outra função deles será a instalação de um conselho local de usuários. O Governo do Paraná informou que a determinação de Cida Borghetti visa garantir transparência e colaboração com a apuração dos fatos e com a Justiça. Ao ser questionado, durante a coletiva de imprensa em que houve o anúncio da intervençao, se a atitide estava relacionada às eleições, Lupion garantiu que não. "Esse é um ato que não tem nenhum tipo de atitude eleitoreira", afirmou o secretário. Ele ainda disse que a governadora teve um "ato de grandeza" ao não estar presente na coletiva, justamente porque o governo estadual não querer que o decreto se torne eleitoreiro. Lupion também ressaltou que o Estado não pode e nem tem o direito de ficar parado. "Qual for o governador ou governadora que assumir, terá 180 dias para poder fazer esse papel. Nós vamos estar aqui para cumprir exatamente a legislação, a constituição e a leis que nós, quando assumimos as secretarias e os agentes de controle, fizemos o juramento de poder respeitar", disse.