quarta-feira, 30 de outubro de 2019

"Tiroteio"

O presidente Jair Bolsonaro atacou a TV Globo, na madrugada de quarta-feira (30/10), durante transmissão ao vivo pelas redes sociais. O presidente questionou a reportagem exibida no Jornal Nacional que aponta a ida a sua casa de um dos suspeitos da morte da vereadora Marielle Franco, no dia do crime, em março de 2018 - Ronnie Lessa, suspeito de ser o autor dos disparos, tem casa no mesmo condomínio. "Isso é uma patifaria, TV Globo. Eu não deveria perder a linha, sou presidente da República, mas confesso que estou no limite com vocês. Eu trabalho pelo Brasil. Se o Brasil der errado todo mundo vai pro espaço. Num dia de glória pra nós. Amanhã eu tenho encontro com 300 empresários aqui na Arábia Saudita. Que que vocês querem com isso? Esvaziar a minha reunião?", questiona. 

terça-feira, 29 de outubro de 2019

Grande modernização da rede elétrica no campo


O Governo do Paraná vai realizar o maior programa de modernização energética na área rural do Estado. Lançado pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior nesta terça-feira (29), o programa Paraná Trifásico será implantado pela Copel e envolve investimentos de R$ 2,1 bilhões e 25 mil quilômetros de redes trifásicas de energia no campo, em todo o Paraná, até 2025.  O lançamento foi em solenidade no Palácio Iguaçu, junto com o presidente da Copel, Daniel Pimentel Slaviero. É o maior investimento da Copel distribuição e o principal do País nesta área. A espinha dorsal da rede de distribuição no campo será trifaseada, substituindo a tecnologia monofásica hoje existente, que foi implantada na década de 1980. A modernização, afirmou o governador,  acompanha o desenvolvimento do agronegócio paranaense, que é cada dia mais produtivo. “É o maior programa do Brasil de linha trifásica, que trará um aumento de produtividade a todo o setor, desde o pequeno agricultor até as grandes cooperativas”, disse Ratinho Junior. Ele ressaltou que um produtor que tenha uma granja de frango, por exemplo, muitas vezes não consegue ampliar a produção porque a rede não aguenta os equipamentos ou novas tecnologias. O novo sistema elimina essa dificuldade. “O programa vai transformar as cadeias produtivas do leite, da avicultura, piscicultura e suinocultura e, acima de tudo, vai levar uma energia de qualidade, garantir que não tenha queda e dar a tranquilidade para o Paraná crescer nos próximos 30 anos”, completou. O presidente da Copel afirmou que o investimento eleva a área de distribuição da companhia a outro patamar. “O programa vai atender melhor o nosso consumidor, permitir que ele continue crescendo e melhore a sua produção para contribuir com o desenvolvimento do Estado”, afirmou. “A Copel terá um benefício triplo: ela melhora o fornecimento de energia, reduz os custos, porque a rede demanda um custo menor de manutenção, e aumenta sua base regulatória, por onde é remunerada pelos seus ativos”, explicou Slaviero. Com o Paraná Trifásico, a Copel vai garantir melhoria da qualidade no fornecimento de energia para o campo, além de renovar seus ativos e prover mais segurança aos seus empregados e à população. Os novos cabos são todos protegidos, com nível de resistência reforçada quando atingidos por galhos de árvores ou outros objetos. Hoje, redes isoladas sofrem com a queda de energia. Com o trifaseamento, haverá interligação entre elas. O efeito será a criação de redundância no fornecimento, ou seja, redes que hoje estão próximas mas não se conversam, passarão a ser interligadas. Se acabar a energia em uma ponta, a outra fornece o abastecimento e, em caso de desligamentos, os produtores rurais terão o restabelecimento da energia mais rápido.

domingo, 27 de outubro de 2019

“Japonês da Federal” e as palestras motivacionais

Depois de ficar famoso durante a Operação Lava Jato, ter virado tema de marchinha de Carnaval e até acabar preso, o agente aposentado da Polícia Federal Newton Ishii, conhecido como “Japonês da Federal”, agora está dando palestras motivacionais. A próxima delas ocorreria no Teatro Municipal Pedro Paulo Teixeira Pinto, em Ubatuba, no litoral paulista. Prevista para 14 de outubro, a apresentação, cujo tema era “Os bastidores da Lava Jato”, precisou ser cancelada por conta de imprevistos na agenda de Ishii. “Ainda não há uma nova data”, afirma Rick Amaral, diretor do teatro. A entrada para a atração, segundo a direção do endereço, seria gratuita. Quem acertou o evento com Ishii foi a prefeitura de Ubatuba, que afirma não ter desembolsado nada ao ex-agente da PF. Em uma nota divulgada em 11 de outubro para comunicar o cancelamento do evento, a prefeitura disse que Ishii falaria ainda das consequências da Lava Jato para o país. Informou também que o ex-agente presta consultoria na Lei de Compliance desde 2017 e ainda ministra palestras motivacionais. As credenciais continuam: o texto classificou-o ainda como escritor e graduado em direito. Em junho de 2018, ele lançou seu primeiro livro, O Carcereiro: o Japonês da Federal e os presos da Lava Jato.  No panfleto de divulgação do evento, Ishii aparece em uma foto usando terno, gravata e óculos escuro, ao lado do texto: “Palestras motivacionais na sua empresa”. Mais embaixo, ele é apresentado como consultor, palestrante e escritor. Procurado pela Vejinha, Ishii disse que estava em viagem e não poderia falar. Em seguida, enviou uma figurinha no WhatsApp, com a imagem dele mesmo usando chapéu panamá e fazendo “joinha”. “Foi minha neta que vez para mim”, escreveu. Em seguida, mandou o contato de sua assessora de imprensa e outra figurinha – desta vez, dele vestindo o uniforme da PF. A assessoria informou que ele dá palestras desde que se aposentou, em 2018. Ainda de acordo com a assessoria, o “Japonês da Federal” realiza eventos muitas vezes sem cobrar nada por eles. De acordo com reportagem publicada por VEJA, uma hora de palestra de Ishii pode custar até 20 000 reais. Ele começou a exercer essa atividade por receber convites desde que se desligou da PF. “Os convites partem de alunos de faculdades, associações comerciais, entes filantrópicos”, explica. Até o fim do ano, não há mais nenhuma palestra programada.

sábado, 26 de outubro de 2019

Moça faz vídeo zombando de entregador de "aplicativo" e perde título de “miss”

Bruna Reis Figueiredo, jovem que foi eleita miss da cidade de Campo Novo do Parecis, Mato Grosso, perdeu seu título neste sábado (26/10). A moça de 21 anos postou em suas redes sociais um vídeo em que zombava de um entregador de comida de aplicativo. Após a publicação viralizar nas redes sociais a jovem foi alvo de duras críticas, e a repercussão chegou ao concurso Miss Mato Grosso.  “A organização repudia qualquer discriminatória ou que deprecie outro ser humano. Tal conduta não é condizente com a função assumida ao conquistar a coroa que ela representa”, diz o comunicado, divulgado nas redes sociais. “Não acredito, hein? A, gente, não é desmerecendo o trabalho do menino, mas é aí que você vê porque sua comida chega atrasada. A pessoa, além de estar de bicicleta, está em marcha lenta, cara, não tá conseguindo subir a ladeira”, disse Bruna no vídeo, enquanto ria da situação. A moça publicou um pedido de desculpas. “Aquela brincadeira que em um minuto de desliza fazemos (sim, todos fazemos) e que infelizmente tem um peso atormentador”, disse. Não foi, no entanto, suficiente para a organização do concurso, que disse que notificará Bruna sobre a decisão na segunda-feira (28/10). “Bruna feriu os princípios que regem o concurso e a função que uma representante precisa exercer durante o período em que assumiu o compromisso de ser miss”, diz o comunicado.

terça-feira, 15 de outubro de 2019

Paraná suspende vacinação de bovinos e bubalinos contra a febre aftosa


O Paraná deixará de vacinar os rebanhos de bovinos e bubalinos contra a febre aftosa a partir de 31 de outubro. A suspensão da vacinação foi autorizada por instrução normativa assinada nesta terça-feira (15/10) pela ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, e o governador Carlos Massa Ratinho Junior, no Palácio Iguaçu. A medida que proíbe o uso e a comercialização da vacina no Paraná a partir do final deste mês atende o compromisso do Estado de conquistar o status de área livre da aftosa. O fim da vacinação dará início à campanha de cadastramento obrigatório de um rebanho de 9,2 milhões de cabeças, com vigilância sanitária redobrada. “É um momento histórico do Estado”, afirmou Ratinho Junior na solenidade que teve a presença de criadores e lideranças do setor. Ele destacou que o Paraná atinge um novo patamar sanitário no agronegócio mundial e que o fim da vacinação contra a aftosa permite aos produtores do Estado conquistar novos mercados nas cadeias de todas as carnes. “Essa medida abre um leque de mercado no mundo. Cerca de 65% dos países não compram carne suína do Paraná em função da vacinação contra aftosa. A pecuária paranaense passa a ter um novo patamar. Vamos resgatar a produção de bezerros, melhorar a genética animal e ampliar as granjas”, pontuou Ratinho Junior. O governador ressaltou o agronegócio é a vocação paranaense e que a conquista deste novo status é resultado de um trabalho integrado e de mudança cultural com os produtores. Ele também destacou que o Paraná já tem um agronegócio sustentável e um modelo cooperativista pujante, e que o fim da vacinação vai ajudar a aumentar esse protagonismo da produção estadual nos cenários nacional e internacional. Para a ministra Tereza Cristina, o Paraná inaugura uma nova era sanitária no País. “Consideramos todos os critérios técnicos do Governo do Estado. Houve um calendário de ações, investimentos financeiros e veterinários. O Paraná vai ser uma excelência nas cadeias produtivas dos animais. Santa Catarina era um Estado pequeno e que tinha muito mais facilidade nesse status. O Paraná deu um passo enorme”, explicou. A assinatura da instrução normativa representa mais uma etapa do processo que visa a obtenção do reconhecimento de Área Livre de Febre Aftosa sem Vacinação pelo Ministério da Agricultura, em setembro de 2020, e pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em maio de 2021. Segundo Norberto Ortigara, secretário de Agricultura e Abastecimento, o Paraná se preparou para esse momento com georreferenciamento de todas as propriedades rurais, constituição de um fundo para eventual sacrifício sanitário e melhoria da vigilância. “Criamos um conjunto de soluções que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento referenda como o melhor do País”, afirmou. A decisão de suspender a vacinação se deve à qualidade do serviço de sanidade do Estado, atestada por meio de duas auditorias do Ministério da Agricultura no ano passado. O Paraná assumiu compromissos, em parceria com a iniciativa privada, para cumprir as exigências previstas no Plano Estratégico 2017-2026 do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA). Ortigara lembrou que há 50 anos o Paraná se esforça para superar essa enfermidade, que macula a imagem da produção, e que desde 2006 não há registros da doença. A suspensão da vacina representa uma economia estimada em R$ 30 milhões para os produtores paranaenses. “Chegamos a ter mais de dez mil focos ativos nos anos 80 e por uma estratégica técnica de vigilância permanente reduzimos a febre aftosa a pó. Não tivemos mais casos clínicos, subclínicos ou evidências da circulação viral. O Brasil está livre da doença. Essa etapa permite que a gente venda ao mundo uma imagem limpa”, explicou.

quinta-feira, 10 de outubro de 2019

Paraná receberá R$ 1,2 bilhão de leilão do pré-sal

O Paraná receberá mais de R$ 1,2 bilhão dos recursos do leilão do pretróleo do pré-sal, de acordo com as regras de rateio aprovadas na última quarta-feira (10/10) pela Câmara Federal. Desse total, R$ 494,4 milhões ficarão com o governo do Estado, e outros R$ 714 milhões serão divididos entre os 399 municípios paranaenses, segundo cálculos da Confederação Nacional dos Municípios (CMN). A matéria agora deve ser votada na semana que vem pelo Senado. O governo federal estima arrecadar R$ 106,56 bilhões com o leilão, marcado para o próximo dia 06. Do total do bônus, R$ 33,6 bilhões ficarão com a Petrobras em razão de acordo com a União para que as áreas sob seu direito de exploração possam ser licitadas. Do restante R$ 72,9 bilhões, 15% ficarão com estados, 15% com os municípios e 3% com os estados onde estão localizadas à plataforma continental onde ocorre a extração petrolífera. Os outros 67%, ou R$ 48,84 bilhões ficam com a União.