quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Dólar a R$ 5,00

O Brasil confirmou nesta quarta-feira (26/02), o primeiro caso de coronavírus no país. Um homem de 61 anos, que voltou de viagem da Itália recentemente, foi diagnosticado em São Paulo. Com isso, o mercado financeiro voltou do feriado de Carnaval bastante apreensivo, levando o dólar a romper R$ 4,44 e o Ibovespa, índice da B3, a despencar mais de 7%.Com o avanço do coronavírus, a expectativa é que o dólar continue subindo. De acordo com a Necton Investimentos, a expectativa é que a moeda norte-americana possa chegar a R$ 5 em algum momento. “E o Banco Central pode fazer muito pouco neste momento”, diz o economista-chefe da empresa, André Perfeito.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Frigoríficos argentinos alertam para queda nos embarques para China

A Federação das Indústrias Frigoríficas Regionais Argentinas (Fifra) lançaram um alerta por causa da queda das exportações de carne bovina para a China, o principal cliente do país, devido ao coronavírus. A Federação também alertou pela crise no consumo interno somado ao aumento dos custos, o que significa incremento no preço da fazenda e torna precária a situação de toda a indústria, tanto para o consumidor quanto para o exportador. “Esta doença vem complicar o que já havia começado no final de novembro, com a suspensão das operações e renegociação de contratos, com muitas empresas tendo muita produção em suas próprias câmaras frigoríficas ou de terceiros e que agora devem avaliar onde colocar essa mercadoria, assumindo perdas e problemas de liquidez, fiscais, operacionais, etc., que essa situação gera “, explicou Daniel Urcía, vice-presidente do Fifra. A Argentina embarca mais de 70% das exportações totais de carne para a China e encontrar novos destinos para a produção não é fácil, explicou a federação. Mesmo para alguns mercados supostamente alternativos para essa carne, podem haver frigoríficos que não estão habilitados para esses destinos, como a Rússia.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

Globais "na mira" da Receita Federal

Da editoria "Radar", da Veja On Line:


"O Radar revelou há três semanas a operação montada pela Receita Federal para devassar os contratos da Globo Comunicação e Participações S/A com celebridades da TV e do cinema brasileiro. Depois de exigir da emissora a cópia dos contratos e notas fiscais de serviços prestados por artistas, o Fisco do governo de Jair Bolsonaro passou a notificar os globais a prestarem esclarecimentos sobre a opção pelo contrato de pessoa jurídica, o famoso PJ, em vez do vínculo CLT com a Globo. Para o Fisco, o arranjo ator-emissora configuraria fraude na “relação de emprego”. Agora, para provar essa teoria, a Receita decidiu avançar no próprio campo da arte. Em uma nova notificação contra os globais, o leão abre prazo de 20 dias e ordena a um ator global que descreva “detalhadamente como é feita a prestação de serviços de ator, desde o momento do convite para a realização de determinado trabalho, recebimentos de texto, memorizações de falas, ensaios, etc”. A Receita também lista uma série de notas fiscais de serviços prestados à emissora em 2016 e manda o artista detalhar os serviços prestados e “fazer a devida correlação destes com a cláusula contratual que previa o pagamento”, além de “relacionar todas as obras audiovisuais e projetos artísticos dos quais tenha participado no âmbito do contrato” com a Globo. O Radar já mostrou que pelo menos 30 celebridades globais, como Deborah Secco e Reynaldo Gianecchini, estão na mira da Receita por causa dos contratos com a emissora, depois da chegada de Bolsonaro ao Planalto. Para o advogado Leonardo Antonelli, que defende os globais, a ação do Fisco tem objetivo de punir os artistas para “destruir a Globo”, inimiga de Bolsonaro. Para o advogado, a Receita não pode mudar critérios jurídicos de atuação em função da troca de comando político no Palácio do Planalto. “Existe lei federal proibindo que a mudança do comando da Receita Federal possa alterar os critérios jurídicos que, desde sempre, vinham sendo aceitos pelo fisco: seja porque é vedado retroagir com base nesse fundamento, seja porque em matéria de infração se deve interpretar da maneira mais favorável ao contribuinte”, diz. A ação da Receita contra os artistas já provocou a reação de órgãos de controle. Procurador do Ministério Público junto ao TCU, Lucas Furtado pediu ao tribunal a abertura de investigação contra o Fisco por possível perseguição política contra a empresa, tratada por Bolsonaro como inimiga. Diante da nova intimação, Antonelli lembra que a secretária de Cultura escolhida por Bolsonaro, a atriz Regina Duarte, também tinha contrato com a Globo. “Tratando os artistas assim, imagino como a Receita lidará com a nova secretária de Cultura, que recebeu por décadas como PJ na Globo”, diz."

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

Jeff Bezos adquiri propriedade mais cara de Beverly Hills

O CEO da Amazon.com Jeff Bezos comprou uma mansão com área de mais de 36.000 metros quadrados em Beverly Hills, do mago da mídia David Geffen, pelo valor de 165 milhões de dólares, novo recorde de preço de um imóvel na área de Los Angeles, na Califórnia, nos Estados Unidos. O imóvel foi construído em 1930 para Jack Warner, ex-presidente da gigante de entretenimento Warner Bros. Geffen adquiriu a propriedade por 47,5 milhões de dólares no ano de 1990, batendo o recorde de então para uma casa na área. Com informações do Wall Street Journal.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

Dólar continuará subindo?

O dólar chegou a bater R$ 4,31 nesta sexta-feira (07/02), maior valor desde a criação do Plano Real. De acordo com a economista-chefe da Veedha Investimentos, Camila Abdelmalack, o início começou bastante complicado, cercado por fatores que não estavam no radar do mercado. Primeiro, o mundo viveu a tensão de um confronto entre Estados Unidos e Irã, após o general Qasem Soleimani ser morto em um bombardeio americano. Depois, foi o surto de coronavírus na China quem acendeu um alerta. “O mercado esperava que ao longo da primeira semana de fevereiro a situação fosse ser um pouco mais controlada, mas o noticiário não dá folga”, diz. Além disso, o desempenho das exportações do Brasil para a China em janeiro aquém do esperado também pesaram sobre a taxa de câmbio. Camila reforça que o déficit não foi causado pelo coronavírus, sendo reflexo de um movimento sazonal. “A China antecipou a demanda para antes do Ano Novo lunar, que aconteceu em janeiro”, afirma. Porém, segundo a economista, com a notícia do cancelamento de embarques por parte da China, o mercado começou a projetar uma nova depreciação, em fevereiro, o que significa menos ingresso de capital estrangeiro. Desde que o Banco Central começou a reduzir a taxa básica de juros da economia, Selic, a consultoria registrou recuo no investimento estrangeiro, já que o Brasil perdeu atratividade para quem lucrava com isso. “Isso contribuiu para o dólar acima de R$ 4”, comenta. “O câmbio a R$ 4,15 é uma realidade para os próximos 12 meses”, completa. Mas o patamar de R$ 4,30 não deve se manter, afirma Camila. Ela pede cautela, pois o governo chinês está tomando algumas medidas para aparelhar sua economia que não estão tendo repercussão. “Acreditamos que tão logo a situação seja controlada ou o noticiário diminuir, o câmbio deve se recuperar [recuar]”.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

"Tempestade perfeita" deve favorecer as exportações de carnes brasileiras

A produção de carne de frango na China, que vinha aumentando para suprir parte da lacuna deixada pela produção em queda de suínos, depois dos problemas com a peste suína, agora está comprometida pela gripe aviária e o sinal é de que o Brasil voltará a ser demandado. De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) Francisco Turra, o momento é de oportunidade impar. “A oportunidade é grande. Lá na China a tempestade é perfeita, aliás, não só na China mas como parte da ásia inteira. Na terça-feira, (04/02) novos focos foram descobertos na Arábia Saudita, Israel e outras regiões também”, afirma ele. “A região está  sofrendo assim como vários países do mundo também. E com esse cenário o Brasil tem grandes oportunidades graças ao sistema sanitário excelente. Nunca tivemos focos de gripe aviária e não temos índice de focos de peste suína africana, o que também colabora para o cenário favorável”, enfatiza Turra.  Ainda de acordo com o presidente da ABPA, para o Brasil, a responsabilidade será dobrada, mas as oportunidades também ,assim como a demanda. “Isso porque em 2019, a China foi a primeira compradora de frango do Brasil, onde as compras foram 34% maior em relação a 2018, e 61% a mais em relação às compras de carne suína”, diz.