sexta-feira, 31 de julho de 2020

WhatsApp testa mensagens que desaparecem

Não é novidade que o WhatsApp vem trabalhando no recurso de mensagens que desaparecem após um tempo. Na nova versão beta do sistema, o aplicativo está aperfeiçoando a opção “mensagens autodestrutivas”, dando pistas que a função pode estar disponível em breve. A novidade foi descoberta pelo site WABetaInfo, que trazer novidades sobre os recursos que estão sendo desenvolvidos pelo WhatsApp. O recurso é similar ao que deixou o Snapchat famoso mundialmente. No ano passado, capturas de telas divulgadas nas redes sociais mostravam os primeiros indícios da função, onde era possível definir um tempo para que a mensagem sumisse. As opções eram: 5 segundos ou uma hora. Na nova versão, porém, existem algumas diferenças. Nela, o usuário não poderá escolher o tempo, mas sim ativar ou não a opção da mensagem desaparecer após 7 dias. Não está claro ainda quando, e nem se, o WhatsApp vai liberar o recurso para todos os usuários.

quinta-feira, 30 de julho de 2020

Banco do Brasil vende mais de 700 imóveis com até 60% de desconto

O Banco do Brasil vende 766 imóveis, com até 60% de desconto em todas as regiões do país. São casas, apartamentos e salas comerciais com preços entre R$ 20 mil e R$ 6,5 milhões. Dentre as regiões que mais se destacam tanto no número de imóveis quanto no desconto estão o Sudeste do país, com 326 imóveis e descontos de até 50%, e o Centro-Oeste, com 154 ativos e desconto de até 60%. Para saber o que está à venda, além de obter outras informações, o usuário deve acessar o site e aplicar os filtros de acordo com o seu interesse, por região, tipo de imóvel, valor ou situação (ocupado ou desocupado).

sexta-feira, 24 de julho de 2020

Jair Bolsonaro é o favorito da corrida eleitoral em 2022



Da Veja.com: O governo Jair Bolsonaro passou nos últimos três meses por uma tempestade política perfeita. À crise inaugurada pela pandemia do novo coronavírus, menosprezada pelo presidente desde o início, somaram-se a conturbada demissão de seu ministro mais popular, Sergio Moro, duas trocas no Ministério da Saúde, a abertura de um inquérito para apurar interferência política na Polícia Federal, a divulgação em vídeo de uma escabrosa reunião de seu gabinete, o cerco a bolsonaristas radicais em duas investigações do Supremo, a prisão de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), em uma casa do advogado de Bolsonaro, o diagnóstico de Covid-19 do chefe do Executivo e o saldo nefasto de mais de 80 000 mortos pela doença. Mesmo em meio a dificuldades sérias, que poderiam estraçalhar a popularidade de inúmeros políticos, Bolsonaro segue firme, mostrando mais uma vez que é um fenômeno político. Se a disputa presidencial fosse hoje, ele seria reeleito. Essa é uma das principais conclusões de um levantamento exclusivo realizado pelo instituto Paraná Pesquisas entre os dias 18 e 21 de julho. Mesmo sendo um mandatário controverso à frente de um país dividido em relação ao seu governo, Bolsonaro lidera todos os cenários de primeiro turno — com porcentuais que vão de 27,5% a 30,7% — e derrotaria os seis potenciais adversários em um segundo round da corrida ao Planalto em 2022: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ex- prefeito Fernando Haddad (PT), o ex- governador Ciro Gomes (PDT), o ex- ministro Sergio Moro, o governador paulista João Doria (PSDB) e o apresentador Luciano Huck. Um feito impressionante, considerando-se que, segundo a mesma pesquisa, 48,1% dos brasileiros desaprovam a sua gestão (eram 51,7% no fim de abril) e 38% consideram ruim ou péssimo o seu trabalho (eram 39,4%). Comparada a um levantamento anterior da Paraná Pesquisas, de três meses atrás, a aprovação oscilou positivamente de 44% para 47,1%, enquanto o contingente que considera seu mandato ótimo ou bom foi de 31,8% para 34,3%, variação acima da margem de erro de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos. A eleição de 2022 ainda está distante, mas chama atenção a capacidade de resistência do presidente. Os constantes solavancos políticos e as lambanças em série na condução da pandemia não colaram nele a ponto de erodirem a sua mais fiel base de apoio, de cerca de 30% dos eleitores — número que é considerado até por adversários como freio a um processo de impeachment (há dezenas deles nas mãos do presidente da Câmara, Rodrigo Maia). Na visão de especialistas, Bolsonaro conseguiu escapar à lógica de que sucumbiria às crises por dois motivos: o auxílio emergencial, que amenizou efeitos econômicos da pandemia em uma população indiferente às confusões de Brasília, e a atitude mais comedida do presidente nos últimos tempos, especialmente após a escalada de tensão com o Supremo. Seu filho e senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) disse ao jornal O Globo, na quarta-feira 22, que a “postura de distensionamento” será permanente. “Desde que percebeu que o conflito com o STF era perigoso, o presidente recuou, ficou quieto, parou de dar declarações bombásticas. Para uma parte dos eleitores que o apoiam, mas eram críticos ao desempenho, a postura de Bolsonaro paz e amor ajuda a melhorar a avaliação”, diz o cientista político José Álvaro Moisés, da USP. “Bolsonaro volta a subir principalmente com o auxílio de 600 reais, que passou a chegar a mais gente. Com o fator bolso, a crise política fica menor. Lula, na época do mensalão, era um herói, porque o bolso estava cheio”, avalia Murilo Hidalgo, diretor do Paraná Pesquisas. Com os bolsonaristas já cativos, o governo busca justamente o “fator bolso” e a expansão de programas sociais para diversificar a sua base eleitoral. A pesquisa mostra que melhoraram os índices de avaliação no Nordeste, uma cidadela petista e lulista. Os nordestinos ainda são os brasileiros menos afeitos ao presidente, porém os que desaprovam o governo caíram de 66,1% para 56,8% entre abril e julho e os que aprovam subiram de 30,3% para 39,4%.

quinta-feira, 23 de julho de 2020

Deputado Ricardo Barros novo líder do governo

Ex-ministro da Saúde de Michel Temer e representante do Centrão até o último fio de cabelo, o deputado progressista Ricardo Barros (PR) deve assumir em breve a liderança do governo na Câmara. Vitor Hugo, a quem Jair Bolsonaro não quer deixar no sereno, deve ficar na presidência de alguma comissão da Câmara.

sexta-feira, 17 de julho de 2020

Beto Preto descarta lockdown no Paraná

O secretário de saúde do Paraná, Beto Preto, disse, na quarta-feira (15/07), que não vê razão para lockdown no estado e que, se for preciso, vai retomar a quarentena restritiva. "Não vejo que há espaço, nesse momento, para um lockdown total. Se for necessário voltar a uma quarentena mais restritiva nos próximos dias, nós estamos preparados pra tomar essa medida", afirmou. O decreto da quarentena ficou em vigor em sete regiões do estado por 14 dias e não foi renovado na terça (14/07). No litoral, as medidas restritivas continuam valendo até o dia 21 de julho. "Vamos continuar avaliando junto com as prefeituras que vão retomar seus decretos com vigência e nós vamos estar juntos. E, se for necessário, em algum momento, entrar com o decreto estadual de novo, nós vamos fazê-lo, sem que nenhuma força desnecessária seja utilizada", explicou. Segundo ele, a principal força, neste momento, é o convencimento da opinião pública através dos meios de comunicação. "Viemos bem. Viemos equilibrados até agora. Nesse momento, há um crescimento e também era esperado esse crescimento na chegada do inverno, no mês de julho", argumentou.

quarta-feira, 15 de julho de 2020

Acorrentado

O deputado federal (Cidadania) Rubens Bueno colocou em destaque junto ao Ministro Paulo Guedes, da Economia, o drama do empresário Arlindo Ventura, o Magrão, do Bar do Torto, que se acorrentou na frente de uma agência da Caixa Econômica em Curitiba. O protesto foi por conta de um pedido de empréstimo feito pelo empresário, na ordem de R$ 55 mil reais, feito em fevereiro e até agora sem resposta, em plena crise do Coronavírus. A exigência para liberarem o crédito agora, deve ser mandar à Brasília uma foto do pé acorrentado.

terça-feira, 14 de julho de 2020

Avianca tem falência decretada pela Justiça de São Paulo

A Justiça decretou nesta terça-feira (14/07) a falência da companhia aérea Avianca Brasil. Agora, a empresa terá 60 dias para apresentar a relação dos seus ativos. A decisão foi tomada pelo juiz Tiago Henriques Papaterra Limongi, da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo. Na semana passada, a companhia já havia pedido à Justiça para ter sua falência decretada por não conseguir cumprir o plano de recuperação judicial. Em novembro de 2019, a administradora judicial Alvarez & Masal, responsável pelo acompanhamento da recuperação judicial da empresa, também recomendou a falência da companhia. A Avianca Brasil entrou com o pedido de recuperação judicial em dezembro de 2018, quando se declarou sem condições de pagar dívidas estimadas à época em R$ 494 milhões. Posteriormente, o valor da dívida foi corrigido para cerca de R$ 2,7 bilhões. Um plano de recuperação chegou a ser aprovado pelos credores da empresa em abril de 2019, mas foi questionado por parte das empresas envolvidas no processo. O plano envolvia a divisão da companhia em sete Unidades Produtivas Isoladas (UPIs), incluindo horários de pousos e decolagens (slots). O leilão com os ativos da companhia foi realizado em julho de 2019, mas, depois, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) distribuiu os slots da Avianca Brasil para Azul, MAP e Passaredo.

sexta-feira, 10 de julho de 2020

Rede Ricardo Eletro tem 74 lojas com pedido de despejo

Do jornal Valor Ecnômico - A Máquina de Vendas, dona da Ricardo Eletro, pediu em março uma liminar na 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais, no Foro Central Cível de São Paulo, com o intuito de proteger a empresa e evitar um pedido de recuperação judicial. Nos autos, a varejista informa que há 74 lojas com pedidos de despejo - cerca de 25% do total de unidades - e quase R$ 100 milhões em ordens de bloqueio de ativos da rede. O pedido de liminar não foi concedido. O Valor apurou que, sem sucesso nessa solicitação, a Máquina de Vendas passou a preparar uma medida cautelar antecedente à recuperação judicial, diz uma fonte. O escritório CMA - Campos Mello Advogados foi contratado para entrar com esse pedido. Isso é feito para resguardar uma empresa de eventuais cobranças de credores no período anterior ao pedido de recuperação judicial, ou seja, durante a preparação da ação em si. Procurada, a empresa preferiu não se manifestar. A companhia está em recuperação extrajudicial desde o início de 2019, quando a solicitação foi homologada na Justiça. Esse processo envolve dívidas de quase R$ 2 bilhões. A empresa projetava, no ano passado, vendas brutas de R$ 3 bilhões, mas fechou dezenas de lojas neste ano - passou de 490 no quarto trimestre de 2019 para 300 hoje. E as vendas, que ainda vinham em recuperação, reduziram bruscamente após a pandemia. A operação on-line da empresa, que vem sustentando parte das vendas do comércio em geral, ainda é pequena e a rede é dependente de suas lojas físicas, que ficaram semanas fechadas. Na terça-feira, Ricardo Nunes, o ex-sócio da empresa e fundador da Ricardo Eletro, foi preso em uma operação realizada por autoridades de Minas Gerais sob acusação de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro. Nunes foi solto ontem. A Máquina de Vendas é controlada pela MV Participações, que por sua vez é controlada por um fundo. Bancos credores da rede e a Starboard, empresa de reestruturação, que são cotistas desse fundo, têm o controle da varejista por meio de dívidas conversíveis em ações. A respeito do pedido já ajuizado, em março - e não aceito pela Justiça de São Paulo - a tutela cautelar estava amparada no argumento de que a pandemia “tem imposto dificuldades à rede”, principalmente “considerando-se as diversas ações judiciais e constrições decorrentes de inadimplemento de obrigações”, diz a empresa na ação. Isso leva à impossibilidade de cumprir o plano de recuperação extrajudicial homologado, afirmou a rede. Segundo o juiz desse processo, Tiago Limongi, o grupo “reconhece que busca evitar a recuperação judicial”, e Limongi afirmou que a Justiça aprecia os pedidos de recuperação judicial, “mas não de medidas que objetivem evitar tal tipo de processo”. “Não pode a empresa valer-se de tutelas provisórias apenas na parte que lhe interessa, mencionando mera possibilidade de ajuizamento de pedido de recuperação judicial, que a empresa diz que busca evitar”, afirmou em sua decisão. E acrescentou que não é possível aferir se o pedido decorre dos efeitos da pandemia ou da incapacidade que a empresa já tinha de seguir com o seu plano. O pedido de tutela cautelar de março solicitava a suspensão de todas as ações e execuções movidas contra o grupo.

segunda-feira, 6 de julho de 2020

‘Ciao’ para Ennio Morricone, o 'imperador' das trilhas sonoras


“Ennio, Ennio, Ennio. Ciao, Grazie”. Assim o mundo do cinema se manifestou nesta segunda-feira (06/07), diante de uma notícia triste: O compositor italiano Ennio Morricone, de 91 anos, havia morrido em Roma. “Ennio Morricone morreu em 6 de julho, consolado pela fé. Ele permaneceu “totalmente lúcido e com grande dignidade até o último momento”, disse ontem o advogado e amigo da família Giorgio Assuma em comunicado citado pela imprensa. Aos 91 anos, Morricone estava bem de saúde até alguns dias atrás. Em 5 de junho, ele foi anunciado o vencedor, ao lado do também compositor John Williams, com o prêmio Princesa das Astúrias das Artes na Espanha. Contudo, há alguns dias sofreu um acidente doméstico e fraturou o fêmur. Foi internado em uma clínica em Roma, mas piorou e não resistiu. Morricone é um dos intocáveis no panteão dos grandes músicos do cinema. Não apenas pelo trabalho prolífico – 520 trilhas sonoras para todos os tipos de filmes, segundo o site IMDB – mas também pela relevância. Milhões de pessoas, cinéfilas ou não, conhecem ou sabem cantarolar temas de filmes que eventualmente nem viram, como o assovio de ‘Três Homens em Conflito’ (1966), ou o solo de oboé de ‘A Missão’ (1986). O músico nasceu em Roma em 10 de dezembro de 1928 em Roma e começou a compor aos 6 anos. Aos 10, foi matriculado em um curso de trompete da Academia Nacional Santa Cecília de Roma. Também estudou composição, orquestra e órgão. Em 1961, aos 33 anos, estreou no cinema com a música de ‘O Fascista’, de Luciano Salce. Nos anos 60, ganhou fama com as trilhas sonoras de westerns-spaghetti, como ‘Por um Punhado de Dólares’ (1964), ‘Por uns Dólares a Mais’ (1965), ‘Três Homens em Conflito’ (1966) e ‘Era uma Vez no Oeste’ (1968). O gênero ajudou a consagrar o ator Clint Eastwood e o diretor Sergio Leone. Esses trabalhos o levaram a ser conhecido na Europa como o “Imperador das bandas sonoras”. Alguns dos trabalhos mais revelantes do músico, contudo, ocorreram nos anos 80. O primeiro deles foi ‘Era Uma Vez na América’ (1984), em nova parceria com Sergio Leone. A partitura é uma das composições mais desafiadoras, complexas e importantes de sua carreira. Em 1986, fez ‘A Missão’ de Roland Joffé. Para o tema principal, inspirou-se ao ver o ator Jeremy Irons dedilhando o oboé. Com ‘A Missão’, Morricone era o favorito ao Oscar – que seria seu primeiro –, mas perdeu para ‘Por Volta da Meia-Noite’, de Herbie Hancock. Em 1987, assinou a trilha de ‘Os Intocáveis’, de Brian de Palma, que mistura suspense e jazz e leva o público à atmosfera da cidade de Chicago dos anos 1930. Em 1988, compôs a música de ‘Cinema Paradiso’, repleta de delicadeza e nostalgia, que ajudou Giuseppe Tornatore a conquistar o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Apesar de tudo, Morricone demorou para ser consagrado pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood. Em 2007, recebeu um Oscar honorário por sua abundante e elogiada carreira musical. Na ocasião, dedicou o prêmio à esposa Maria Travia, com quem era casado desde 1956 e considerava sua melhor crítica. Morricone só ganhou um Oscar mesmo em 2016, já aos 87 anos, com a trilha de ‘Os Oito Odiados’, de Quentin Tarantino. Antes, havia sido indicado (e preterido) por ‘Cinzas no Paraíso’ (1978), ‘A Missão’ (1986), ‘Os Intocáveis’ (1987), ‘Bugsy’ (1991) e ‘Malenà’ (1999). “O maior presente que eu ganhei fazendo esses filmes foi a amizade do maestro Morricone”, disse Tarantino, que afirma ter mais álbuns de música do italiano do que de Mozart ou Beethoven. Afinal, ninguém é chamado de “imperador” à toa.

quinta-feira, 2 de julho de 2020

Pizza Hut e a rede Wendy’s pedem proteção contra falência


Os efeitos da Covid-19 têm sido brutais para muitas empresas de food services, especialmente para os restaurantes de pequeno e médio porte. A dificuldade para digerir os efeitos da crise não está restrita, no entanto, a esse segmento. Nesta quarta-feira (01/07), a NPC International, maior franqueadora da Pizza Hut nos Estados Unidos, com mais de 1,2 mil lojas da bandeira em 27 estados do país, entrou com um pedido de proteção contra falência dentro do Capítulo 11 da lei americana. Em comunicado, a empresa informou que todos os restaurantes sob sua responsabilidade seguirão em atividade. Além da Pizza Hut, a companhia opera 380 unidades da rede Wendy’s no país. As duas bandeiras são as maiores credoras da NPC. Segundo a nota, a empresa possui uma dívida de US$ 903 milhões e fez uma pré-negociação com cerca de 90% de seus credores principais e 17% dos demais credores. Dentro do plano de reestruturação, a companhia propõe que o primeiro grupo tenha direito a parte das ações e, em troca, injetem dinheiro na operação. A estratégia inclui ainda a venda de parte dos restaurantes sob responsabilidade da companhia. Em comunicado, um porta-voz da Yum Brands, grupo dono da Pizza Hut, afirmou que o movimento era esperado e abre caminho para construir um futuro mais favorável para os restaurantes da marca sob responsabilidade da NPC. “À medida que a NPC trabalha nesse processo, nós iremos apoiar e esperamos uma operação com um nível mais baixo e sustentável de dívidas, com foco em excelência operacional e mais investimentos nos restaurantes.” A medida, porém, trará prejuízos para Yum Brands. Segundo Andrew Charles, analista da consultoria Cowen, a companhia pode perder até US$ 54,2 milhões em receita anual de royalties com esse processo. Apesar dos impactos, a Covid-19 não é o fator central por trás do pedido de concordata da NPC. A pandemia só agravou os desafios do grupo. Em fevereiro, as agências de risco de crédito S&P e Moody’s rebaixaram o rating da operação depois de a empresa não honrar o pagamento de juros a credores previsto para 31 de janeiro.  Entre outras questões, a NPC e o próprio Pizza Hut têm enfrentado fatores como o aumento dos custos de mão de obra, além da forte concorrência personificada em rivais como Domino’s Pizza e Papa Johns International. A NPC foi fundada em 1962, quando abriu seu primeiro restaurante do Pizza Hut. Depois de abrir capital em 1984, a empresa voltou a ser privada em 2001, quando sua operação foi dividida entre uma série de fundos de private equity. Em 2018, a empresa foi vendida para dois grupos familiares, a Delaware Holdings e Eldridge Investment Holdings. Os impactos da pandemia também se refletiram na operação brasileira do Pizza Hut. A International Meal Company (IMC), dona da marca no País, anunciou, entre outras medidas, o corte de cerca de 2 mil funcionários, 30% do quadro local, logo nas primeiras semanas da crise. “O foco agora é preservação de caixa”, afirmou Newton Maia, CEO da IMC, em teleconferência realizada no fim daquele mês. “Estamos trabalhando para ampliar a receita onde é possível e mitigar ao máximo os custos.” Em 2019, a IMC apurou uma receita líquida de R$ 1,6 bilhão, 1,3% superior ao montante reportado em 2018. No período, o prejuízo líquido foi de R$ 4,6 milhões, comparado a um lucro líquido de R$ 7,9 milhões, um ano antes. No Brasil, além da Pizza Hut, o grupo opera restaurantes de bandeiras como KFC, Frango Assado e Viena.