quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

Alvaro Dias reafirma intenção de disputar Senado, mas não descarta plano B

 O senador e presidente estadual do Podemos, Álvaro Dias, reafirmou a intenção de disputar a reeleição ao Senado pelo Paraná nas Eleições 2022, em entrevista ao vivo para a jornalista Denise Mello, na Rádio Banda B, na manhã da quarta-feira (23/02). O político não descarta, no entanto, uma possível candidatura ao governo do estado. "Hoje a pesquisa é ótima para o Senado, todas elas acima de 50% dos votos. Portanto, eu me sinto convocado, nesse momento, para ser candidato ao Senado. Se isso mudar, nós vamos discutir, mas quem discute isso é o partido, para definir se vai existir o plano B”, afirma Dias. Antes, o senador põe à frente outros seis nomes com possibilidades de terem a candidatura lançada para a corrida no Paraná. Entre eles, o ex-procurador da República, Deltan Dalagnol, que ganhou notoriedade por integrar e coordenar a força-tarefa da Operação Lava Jato, que investigou crimes de corrupção na Petrobras e em outras estatais. Recentemente, Dalagnol se filiou ao Podemos. “Temos de seis a sete lideranças, que podem disputar o governo do estado. Tem três senadores, obviamente são lideranças majoritárias. Aí temos Deltan Dalagnol, que é um nome nacional e que vai arrastar muitos votos para o partido. Temos Sérgio Moro, que é candidato a presidente da República, e temos o ex-prefeito de Londrina Alexandre Kireeff, o ex-prefeito de Pato Branco Augustinho Zucchi. Temos uma promessa de filiação, que é o prefeito de Cascavel, Leonaldo Paranhos. Portanto, é um partido protagonista.” Dias também falou na entrevista sobre a um eventual apoio do governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) em uma coligação de partidos. “O governador está liberado em uma coligação como essa a fazer a campanha do candidato que ele desejar. Ninguém impõe, ninguém obriga. Infelizmente, esse é o nosso sistema eleitoral. É claro que não é o ideal. A coligação que ocorre no plano nacional não ocorre no estado”, declara Dias. Ele relembrou a candidatura de 2018, quando foi o nome do Podemos para buscar a presidência da República. Na ocasião, a preferência de Ratinho foi para a candidatura do então opositor Jair Bolsonaro (PL), na época pelo PSL. “Essa coligação com o governador nós fizemos em 2018. Eu era candidato a presidente da República pelo Podemos. O governador Ratinho Jr apoiou o Bolsonaro. Não houve nenhum impedimento para que ele apoiasse o candidato da preferência dele. Eu não recebi esse apoio em 2018.” 

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

Falta de linhas de transmissão é desafio para projetos de energia solar

 A vocação do interior do Nordeste para a instalação de parques solares é inequívoca. A questão é como retirar a energia de áreas onde, muitas vezes, há escassez de recursos básicos, como água e rede elétrica. Hoje, uma série de empreendimentos deixa de ser instalada em centenas de localidades porque não há planos de expansão de linhas de transmissão. Em muitos casos, empreendimentos de usinas já construídas enfrentam limitações para escoar energia que produzem. Dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) apontam que, em 2019, 33 mil megawatts-hora (MWh) deixaram de ser lançados no sistema por falta de linha de transmissão. Esse volume saltou para 70,8 mil MWh, em 2020, e chegou a 105 mil MWh em 2021, até agosto. Na prática, são centenas de milhões de reais de prejuízo aos investimentos, além de menos energia para o consumo, quando o País recorre a todo tipo de usina para evitar apagão. “É um problema grave. O governo tem um planejamento da expansão da transmissão de energia, mas não olha para as fontes renováveis com a atenção devida, não considera a expansão das renováveis no mercado livre de oferta. O resultado é o descasamento dos projetos”, diz Marcio Trannin, vice-presidente da Absolar. Desafio no Nordeste do País é retirar a energia de áreas onde há escassez de recursos básicos, como água e rede elétrica © Dayse Maria/Estadão 02/07/2021 Desafio no Nordeste do País é retirar a energia de áreas onde há escassez de recursos básicos, como água e rede elétrica. Na expectativa de que o cenário se resolva, grandes fabricantes internacionais de equipamentos estão de olho na expansão brasileira. Hoje, praticamente 98% dos equipamentos usados em usinas solares são produzidos na China. Em 2017, a Trina Solar, empresa sediada em Changzhou e que está entre as cinco maiores fabricantes de módulos e painéis solares do mundo, passou a operar no Brasil. De lá para cá, já vendeu 2 mil megawatts de equipamentos fotovoltaicos, o que equivale a 8% de sua capacidade de produção mundial. Daniel Pansarella, diretor-geral da Trina Solar no Brasil, diz que a previsão é vender mais 1 mil MW em equipamentos, repetindo o mesmo resultado no ano que vem. “É um setor que, embora seja praticamente todo de importação, possui uma grande cadeia de serviços por trás. No ano passado, empregou 200 mil pessoas no Brasil. Até o fim de 2023, a indústria solar deve gerar cerca de 1 milhão de empregos”, afirmou. Para aqueles que pretendem investir na geração própria solar, o conselho é procurar empresas especializadas no serviço e fazer contas. Conforme o volume consumido, um sistema pode ser pago em 60 meses por valor igual ou até menor do que o da conta de luz. Ao fim desse período, o usuário é dono de seu equipamento.