quinta-feira, 27 de junho de 2019

Governo vai liberar mais de R$100 bi em compulsório, diz Guedes

Após a liberação na última quarta-feira (26/06), pelo Banco Central de R$ 16,1 bilhões em compulsórios, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o governo pretende liberar mais de R$ 100 bilhões desses recursos no futuro para estimular o crédito privado. “Nosso primeiro desafio é a reforma da Previdência, mas faremos também a reforma tributária e o Pacto Federativo. Estamos desestatizando o mercado de crédito e ontem (quarta) o Banco Central já liberou compulsórios para aumentar o crédito privado. Vão vir mais de R$ 100 bilhões de liberação de compulsório no futuro”, disse Guedes após encontro com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), também estava presente no encontro. O ministro da Economia admitiu que se ressentiu da retirada de Estados e municípios do parecer da reforma da Previdência na comissão especial da Câmara e também da exclusão de servidores públicos do relatório. Guedes comentou sobre eventuais dificuldades derivadas de resistências de membros de alguns partidos com relação à inclusão de Estados e municípios na reforma da Previdência. “Essas questões locais… às vezes um partido qualquer quer a reforma, mas não quer pagar o custo político. […] Dê um passo para frente, assuma o custo político e vamos botar o Brasil para crescer”, afirmou.

quarta-feira, 26 de junho de 2019

Crise da mídia chega na "cúpula" global com a "despejotização" dos contratos de trabalho


Por Daniel Castro, do "Notícias da TV" - O processo de "despejotização" dos altos salários desencadeado pela Globo no Rio de Janeiro nos últimos meses acaba de chegar a São Paulo. A emissora começou nesta semana a convocar jornalistas, repórteres e executivos com contratos de pessoa jurídica (PJ) para renegociarem seus vínculos. Quer liquidar os atuais contratos e registrar os profissionais como celetistas, em carteira de trabalho. A medida causou inquietação. O Notícias da TV apurou que a Globo está propondo pagar aos jornalistas e executivos os mesmos salários que eles ganham atualmente, como PJ. Ou seja, não há redução nominal de valores, o que poderia ser interpretado como ilegal. A oferta parece boa, afinal a empresa passará a ter custos maiores com cada profissional (por volta de 40% a mais por ano). Mas, assim como no Rio, a maioria dos profissionais está se sentindo desconfortável com a abordagem da Globo. Primeiro, porque, apesar de ser uma "proposta", os jornalistas sentem que é uma obrigação, que eles não terão futuro na casa se não aceitarem virar celetistas. Em segundo lugar, perdem a estabilidade que um contrato de três ou quatro anos oferece, pois podem ser demitidos com o pagamento de apenas um salário (o aviso prévio). E, por último, passam a ganhar menos em valores nominais, por causa dos descontos de folha de pagamento. "Acho isso escandaloso. A emissora está nos obrigando a aceitar uma mudança para se livrar de multa e processo na Justiça", diz um profissional, que pede sigilo sobre sua identidade à reportagem. Ele vê uma estratégia "esperta" da Globo: após dois anos do encerramento dos contratos de PJs, ela não pode mais ser processada por direitos celetistas, de acordo com a legislação, e se livra de um potencial enorme passivo trabalhista. Pode, então, demitir quem hoje é PJ a um custo relativamente baixo. A "despejotização" dos altos salários da Globo é consequência de uma ação civil pública que corre contra a emissora no Tribunal Regional do Trabalho da Primeira Região, no Rio de Janeiro, como revelou o Notícias da TV com exclusividade na terça-feira (25/06). A emissora se viu obrigada a renegociar contratos para evitar multas na Justiça e para não correr o risco de ser processada por ex-PJs que reivindicam direitos trabalhistas. Nesse processo, a Globo está aproveitando também para se livrar de profissionais dos quais não faz mais questão de ter sob contrato, porque não são produtivos na maior parte do ano. Foram os casos, por exemplo, do apresentador Otaviano Costa (que não aceitou redução salarial), da diretora Cininha de Paula (que vai trabalhar apenas por temporada, durante as gravações da Escolinha do Professor Raimundo) e do humorista Leandro Hassum. A emissora também tem renegociado altos salários, superiores a R$ 100 mil mensais, de apresentadores e atores. Nomes do calibre de Galvão Bueno, Fernanda Montenegro e Cléber Machado tiveram que aceitar a nova realidade. Além de questões legais, as renegociações visam reduzir os custos com produção da emissora, que aumentaram por causa da concorrência do Globoplay com a Netflix. No ano passado, a emissora teve um prejuízo operacional de R$ 530 milhões. Só não fechou no vermelho por causa de ganhos com aplicações financeiras. A Globo nega que as renegociações de contrato tenham relação com a ação judicial sigilosa que corre no Rio de Janeiro. Diz que já teve decisão favorável, o que é fato, mas o processo segue em segunda instância na Justiça Trabalhista. "As mudanças implementadas não têm como objetivo a redução de remuneração e tampouco resultaram em qualquer prejuízo aos talentos", diz a Globo em nota. "São decorrentes da reestruturação que prepara a empresa para os desafios do futuro".

sábado, 22 de junho de 2019

Dallagnol já afirmou que 'jornalista que vaza não comete crime', afirma Intercept Brasil

O procurador da República Deltan Dallagnol vem criticando o vazamento de conversas dele com o ministro da Justiça, Sergio Moro — quando este era juiz federal —, e demais integrantes do Ministério Público Federal. O Intercept, no entanto, publicou novas mensagens neste sábado (22/06), nas quais Dallagnol já afirmou que "jornalista que vaza não comete crime". Em novembro de 2015, em um grupo chamado "PF-MPF Lava Jato 2", enquanto discutiam medidas para coibir vazamentos de informações da força-tarefa (“alguns vazamentos tem sido muito prejudiciais”), Dallagnol afirmou que usar medidas judiciais para investigar jornalistas que publicaram material vazado não seria apenas difícil, mas "praticamente impossível", porque "jornalista que vaza não comete crime". Em maio de 2018, os procuradores da força-tarefa da “Lava Jato” criaram um grupo no Telegram chamado “Liberdade de expressão CF”. O objetivo era redigir um manifesto em defesa da liberdade de expressão. Isso porque o Conselho Nacional do Ministério Público iria julgar se abria procedimento administrativo contra o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima por críticas ao então presidente Michel Temer (MDB). Nos debates no grupo, Dallagnol apontou que autoridades públicas têm menos privacidade do que cidadãos comuns. “Autoridades Públicas estão sujeitas a críticas e têm uma esfera de privacidade menor do que o cidadão que não é pessoa pública”, disse o procurador na ocasião, de acordo com o The Intercept Brasil. A reportagem também lembra que ao defender a divulgação, por Moro, de conversas telefônicas do ex-presidente Lula — sendo uma delas com a então presidente Dilma Rousseff — o próprio Dallagnol argumentou que o interesse do público de saber o que governantes fazem se sobrepõe ao direito à privacidade de políticos. O Intercept Brasil ainda destaca que, antes da publicação de suas conversas, outros procuradores da “lava jato” apoiavam a divulgação de documentos sigilosos e demonstravam admiração por pessoas como Edward Snowden, que tornou públicos documentos secretos comprovando irregularidades ou corrupção por parte de autoridades.

sábado, 8 de junho de 2019

O "abacaxi" de Neymar Júnior


Compartilho da mesma opinião deste conceituado jornalista de Londrina, Oswaldo Militão.  O jogador Neymar Júnior poderia estar sem este "abacaxi" se fosse um pouco melhor orientado pelos seus amigos "de festa'.