sexta-feira, 25 de junho de 2021

Com dívidas bilionárias, rede de restaurantes Madero pode fechar em até um ano

O caixa insuficiente para pagar dívidas de curto prazo e a falta de garantias de que conseguirá prorrogar ou refinanciar compromissos trouxe incerteza sobre a continuidade das operações do Grupo Madero, afirmou a companhia em seu balanço de resultados divulgado na quinta-feira (24/06). Desde o ano passado a empresa vem estudando abrir capital na Bolsa de Valores brasileira ou em Nova York. “A liquidez disponível mais o caixa adicional esperado, gerado pelas operações, não será suficiente para pagar o total das obrigações de dívida de curto prazo antes ou na data de vencimento sem financiamento adicional”, afirmou o Grupo Madero em nota. “A companhia pretende buscar prorrogar ou refinanciar a dívida e continuará discutindo com os bancos parceiros a possibilidade de obtenção de novas linhas de crédito quando necessário para dar suporte à operação”, disse o grupo. O Madero reiterou, porém, que não há garantias de que a empresa conseguirá adiar ou refinanciar esses débitos em tempo ou em condições favoráveis. No total, o Grupo Madero somava R$ 2,4 bilhões em dívidas com bancos, fornecedores, tributos, entre outros. Deste montante, mais de 30% dos compromissos (R$ 740,4 milhões) venciam em até um ano. Outros 19,2% tinham prazo de um a dois anos. A maior parte da dívida era constituída de empréstimos (R$ 1,2 bilhão). Em relatório anexado ao balanço, a PwC, empresa que fez a auditoria do balanço, também afirmou ter incerteza significativa sobre a continuidade dos negócios da companhia. “A companhia tem apurado prejuízos repetitivos em suas operações e apresentou excesso de passivos sobre ativos [o que indica um alto índice de endividamento] em 31 de março. [...] Essa situação, entre outras descritas, indicam a existência de incerteza relevante que pode levantar dúvida significativa sobre sua continuidade operacional”, afirmou a PwC em nota. No primeiro trimestre deste ano o grupo registrou um prejuízo de R$ 67,5 milhões, três vezes maior do que o registrado em igual período de 2020, quando teve prejuízo de R$ 18,7 milhões. Procurado, o Grupo Madero afirmou que está em período de silêncio e não pode comentar o assunto.

segunda-feira, 21 de junho de 2021

No Paraná, 28% dos pacientes esperam mais de um dia por internação em leito para Covid-19

O Paraná conseguiu reduzir de forma significativa a fila de pacientes com Covid-19 aguardando por um leito de internação no estado, mas o sistema de saúde segue sobrecarregado. Prova disso é que, mesmo com uma fila que tem diminuído consideravelmente, em junho foi registrado um recorde na proporção de pacientes que aguardam mais de dia pela internação em um leito exclusivo Covid. Os dados da Secretaria de Saúde do Paraná (Sesa-PR) mostram que até o último sábado (19 de junho) 539 paranaenses estavam aguardando internação em leito exclusivo Covid, sendo que 323 desses pacientes demandavam atenção intensiva (internação em UTI) e 216 aguardavam por leito clínico. Um número expressivo, mas consideravelmente menor (mais precisamente 56,88% menor) que a fila de 1.250 pacientes que o estado havia registrado em 31 de maio.

quarta-feira, 16 de junho de 2021

Carne bovina: governo argentino garante retomada das exportações na próxima semana

 O ministro de Desenvolvimento Produtivo da Argentina, Matías Kulfas, garantiu que está “na reta final” para  anunciar as novas medidas que o Governo Nacional tomará e frisou que sua intenção é restabelecer a exportação de carnes na próxima semana. Em entrevista realizada pelo canal “C5N”, o ministro não deu detalhes do novo esquema de exportação, mas  anunciou que estaria preparando um Plano de Pecuária para aumentar para “4 ou 5 milhões de toneladas por ano as exportações e o abastecimento do mercado interno”. Kulfas afirmou que o programa “Super Cerca” não geraria especulação ou inflação nos produtores. Ele também  confirmou uma “onda de investimentos” de empresários espanhóis que visitaram o país na semana passada junto  com o presidente Pedro Sánchez. “Desde que Alberto Fernández assumiu o cargo, já houve mais de 600 anúncios de investimentos de mais de US$ 20  milhões”, explicou o ministro e criticou que “fiquei surpreso com o chefe da UIA, porque ele garantiu que apenas os setores ligados à produção estariam sendo recuperados. Não é o caso. O setor automotivo, máquinas agrícolas e a indústria madeireira estão em recuperação”, disse.