segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Maringá fecha o cerco contra a Covid-19

 A Prefeitura Municipal de Maringá está apertando regras de isolamento social no combate ao coronavírus, cuja propagação vem crescendo em todo o Paraná. Aos sábados e domingos ficam proibidos a venda e consumo de bebidas alcoólicas em estabelecimentos comerciais, clubes sociais, associações recreativas, áreas comuns ou de lazer em condomínios residenciais e em qualquer outro local público. Também está proibida a venda e o consumo de bebida alcoólica de segunda a sexta-feira após às 17h, em estabelecimentos comerciais, clubes sociais, associações recreativas, áreas comuns ou de lazer de condomínios residenciais e qualquer local público. A multa é de R$ 10.000,00 empresas e de R$ 1.500,00 para consumidores. Em caso de reincidência a multa dobra e o estabelecimento pode ser interditado e até perder o alvará. Casas de festas, de eventos ou recepções, incluídas aquelas com serviços de buffet; deverão respeitar o limite de 30 pessoas, com encerramento das atividades às 22h. As cerimônias e festas de casamentos comprovadamente agendadas em cartórios e templos religiosos até o dia 27 de novembro deverão respeitar o limite de 150 pessoas e o horário de encerramento às 22h. O comércio de rua, galerias e centros comerciais vão funcionar das 10h às 19h, de segunda a sexta-feira; os shopping centers vão funcionar das 11h às 22h, de segunda a sexta-feira; Bares, restaurantes, lanchonetes, carrinhos de cachorro quente e food trucks vão funcionar das 6h às 22h, em todos os dias da semana, mas não poderão vender bebida alcoólica após às 17h de segunda a sexta-feira, e durante todo o fim de semana. Serviços de delivery de alimentos poderão funcionar até às 22h. Supermercados, mercados e mercearias podem funcionar de segunda a sábado, das 8h às 22h. Só será permitida a entrada de uma pessoa por família e tem que ser maior de 12 anos. Recomenda-se que idoso e grupo de risco não entrem nos supermercados. Prestadores de serviços considerados não essenciais funcionarão das 9h às 17h, de segunda a sexta-feira. Feiras-livres e Feira do Produtor: das 6h às 22h, em todos os dias da semana, com proibição do consumo de alimentos no local. As restrições valem do dia 1º a 13 de dezembro. 

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Casos ativos de Covid em Curitiba passam de 11 mil e RMC pode endurecer restrições

 Curitiba registrou, na segunda-feira (23/11), 1.339 novos casos de Covid-19 e dez óbitos de moradores da cidade infectados pelo novo coronavírus, conforme boletim da Secretaria Municipal da Saúde. Além disso, até esta segunda-feira eram 11.232 casos ativos na cidade, correspondentes ao número de pessoas com potencial de transmissão do vírus. este é o maior número de casos ativos desde o início da pandemia. Por causa dos números das últimas semanas na Capital e também na Região Metropolitana, prefeitos da Grande Curitiba podem voltar a apertar as restrições. Ontem, durante reunião do Fórum Metropolitano de Combate à Covid-19, realizada — via webconferência — o presidente da Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Curitiba (Assomec), prefeito de Fazenda Rio Grande, Marcio Wozniack, disse “que as campanhas de conscientização junto à população devem ser ampliadas e se forem necessárias, serão tomadas medidas mais restritivas”. “Estamos acompanhando o crescimento dos índices (de contágio) e se for necessário poderemos fazer um novo Decreto Metropolitano, não com fechamentos, mas com mais restrições a público em determinados locais”, disse. “Vamos acompanhar a situação em conjunto com Curitiba, tomaremos uma decisão única, após a decisão dos municípios”, comentou. Desde o dia 11 de novembro os casos na Capital voltaram a patamares de meses até então tidos como o pico da pandemia — especialmente julho —, com registros de mais de 700 casos diários. Na semana passada estes números passaram da casa dos mil diariamente até atingir 1.409 novos casos confirmados no dia 20 de novembro, um recorde em um único boletim. No último final de semana, boletim atualizado com dados de domingo pela Secretaria de Estado de Saúde revelavam que três hospitais públicos com leitos exclusivos para Covid-19 pelo SUS de Curitiba estavam com as Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) lotadas — o Hospital de Clínicas, o Hospítal Evangélico e o Hospital do Trabalhador, que também estava sem vagas na enfermaria. A nova onda de Covid-19 também atinge os hospitais particulares. Também no domingo, mais dois hospitais privados anunciaram que estavam lotados por causa do coronavírus e que não receberiam mais pacientes graves: o Hospital Nossa Senhora das Graças e o Hospital Sugisawa. 

Entidades médicas emitem alerta e pedem que população retome o distanciamento social

As entidades que integram os sistemas público e privado de assistência à saúde de Curitiba emitiram, no fim de semana passado, uma carta de alerta para a população para a retomada do comportamento preventivo diante da Covid-19. Reunidos na quinta-feira passada na Secretaria Municipal de Saúde, para analisar o aumento dos casos de Covid-19 na capital e Região Metropolitana e o reflexo disso nos atendimentos médicos ambulatoriais e hospitalares, a constatação foi que se a população não se conscientizar novamente sobre a gravidade e o risco da doença e não retomar um comportamento preventivo de cuidados e isolamento social o sistema de saúde da cidade não dará conta de atender a todos os doentes nas próximas semanas. Dois trechos do manifesto expressam bem a preocupação das entidades responsáveis pelo sistema de saúde em Curitiba: “As pessoas perderam o medo da doença. As pessoas não se importam em contaminar outras pessoas, contando que se sintam bem. As pessoas querem “aproveitar a vida” e ignoram a morte”. (...) “Se o comportamento de cada cidadão não mudar, os casos de contaminação e morte baterão nas portas de todas as residências da cidade e deixarão marcas em todas as nossas famílias, sem distinção”. A carta é assinada pela Associação dos Hospitais do Estado do Paraná (Ahopar), a Associação Médica do Paraná (AMP), a Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado do Paraná (Fehospar), o Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Paraná (Sindipar) e a Unimed Curitiba, em conjunto com a Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba. Nas recomendações que fazem à população, as entidades reforçam que as pessoas com sintomas devem aguardar os resultados de exames em casa e, uma vez confirmada a contaminação, devem cumprir todo o período de tratamento em isolamento total.

quarta-feira, 18 de novembro de 2020

Sem ter o que comer, moradores de Porto Iguaçu cavam para pegar 1,2 mil caixas de frango descartadas por órgão sanitário

 Moradores de Porto Iguaçu, na Argentina, desenterraram frangos que foram descartados em um terreno pelo órgão sanitário do país, na terça-feira (17/11). A carne, que havia sido apreendida pela Marinha argentina, foi retirada por famílias que passam fome na cidade, segundo o Movimento Ativo Social e Político Iguaçu (MAS). Vídeos e fotos mostram famílias cavando para pegar as 1,2 mil caixas de carnes, entre eles estão crianças, idosos e mulheres. Conforme o representante do movimento social, Claudio Altamirano, as imagens divulgadas nas redes sociais retratam a crise econômica que os moradores enfrentam. A cidade tem cerca de 105 mil habitantes e liga o país, pela Ponte Tancredo Neves, a Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, que tem mais de 250 mil moradores. Porto Iguaçu depende do turismo economicamente, mas as fronteiras estão fechadas desde março. De acordo com a Prefeitura de Porto Iguaçu, as carnes tinham ficado mais de 24 horas sem refrigeração e estavam impróprias para consumo, por isso, foram descartadas pelo Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Alimentar (Senasa). A imprensa tentou contato com o Senasa e a prefeitura para entender sobre a forma de descarte da mercadoria e a situação exposta com as famílias em vulnerabilidade social. A Marinha argentina, que apreendeu as caixas de frango, não se manifestou sobre o descarte dos alimentos ou sobre as imagens dos moradores nas redes sociais.

segunda-feira, 2 de novembro de 2020

Tesouro Nacional admite que dívida vai a 100% do PIB

Com uma sequência de rombos nas contas públicas e a fatura deixada pela crise da covid-19, o Tesouro Nacional reconheceu pela primeira vez que a dívida bruta do governo vai ultrapassar os 100% do PIB nos próximos anos. A marca será atingida em 2025, quando o endividamento chegará a 100,5% do PIB. O pico será em 2026, quando o indicador chegará a 100,8% do PIB, na esteira de uma sucessão de 13 anos de rombos nas contas (desde 2014). No cenário atual, as contas devem voltar ao azul apenas em 2027. Em 2020, a dívida bruta do governo geral (DBGG) deve encerrar em 96,0% do PIB, bem acima dos 75,8% verificados no fim do ano passado. O principal fator a impulsionar este aumento é a pandemia do novo coronavírus, que tornou necessária a ampliação de gastos para combater os efeitos da doença. Numa comparação internacional, o próprio Tesouro mostrou que esse patamar de endividamento está próximo do de países cuja capacidade de pagamento é classificada como de “alto risco”, um grupo que inclui a Argentina (com dívida de 98,7% do PIB). O diferencial brasileiro, no entanto, é a quantidade expressiva de reservas internacionais (US$ 356 bilhões), ao contrário do país vizinho, que não tem uma grande linha de defesa externa e já precisou repactuar a dívida recentemente. A dívida bruta do Brasil vem crescendo desde 2014, quando o país começou a ter déficits em suas contas. No ano passado, houve uma queda de 76,5% para 75,8% do PIB com redução no rombo e a ajuda de devoluções de aportes feitos no BNDES, mas a tendência foi revertida neste ano devido à crise.