quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

Consumo de carne recua na pandemia

 Do Jornal Valor Econômico - O consumo de carne bovina entre os brasileiros caiu significativamente desde o início da pandemia e chegou a 26,5 quilos por habitante em 2021. Trata-se do menor volume em 25 anos e, em relação a 2006, quando houve um pico de 42,8 quilos por habitante, o recuo é de quase 40%. Os dados, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), foram destacados e usados como referência por pesquisadores do Centro de Inteligência da Carne Bovina (CiCarne), da Embrapa Gado de Corte. O pesquisador Guilherme Malafaia e seus colegas Sérgio de Medeiros e Fernando Teixeira Dias, que assinam o boletim “Perspectivas para a pecuária de corte em 2022”, publicado pela Embrapa na segunda-feira, dizem que o nível de consumo é o menor em 25 anos. Malafaia observa que os dados podem diferir a depender do órgão utilizado como referência. A queda se nota desde o ano passado, quando o consumo médio da proteína foi de 29,3 quilos por habitante. O cenário resulta do encarecimento dos cortes e do menor poder de compra das pessoas, devido ao avanço da inflação e do desemprego. Para o CiCarne, o cenário deverá mudar “em um futuro próximo”. “Esperamos um crescimento constante à medida que a renda e as preferências alimentares se expandam. A tendência de percepção de mais saúde [ao consumir a proteína] também será forte na carne bovina”, afirmam os pesquisadores. A retomada interna, no entanto, pode não ocorrer no curto prazo. É esperado reaquecimento de economias globais para 2022 com o avanço da vacinação, mas a inflação e o desemprego devem continuar pressionando o consumo de carne bovina no país - e o mercado interno absorve 75% da produção. Apesar de o brasileiro ter trocado o bife pelo frango, os preços da carne de boi não cederam. Uma causa é o ciclo da pecuária, quando há menos animais disponíveis para abate. No terceiro trimestre deste ano, por exemplo, os abates recuaram 10,7%, ante igual período de 2020, para 6,94 milhões de cabeças, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano passado, houve queda em relação a 2019. Segundo o CiCarne, este ano foi marcado por realidade similar à de 2020, com falta de animais para abastecer o mercado doméstico. Fora o efeito do ciclo pecuário, a escassez de chuvas nos principais polos produtores também afetou a engorda. Assim, o patamar de preços da arroba do boi gordo se manteve acima de R$ 300 no primeiro semestre. Os preços não cederam significativamente nem quando a China, principal importador, interrompeu compras em setembro, por causa de dois casos atípicos de “vaca louca”. Os asiáticos importaram 50% de 1,27 milhão de toneladas embarcadas pelo Brasil entre janeiro e setembro. O embargo durou mais de três meses, mas foi suspenso. O momento é de transição de ciclo e o preço do bezerro continua acima do valor médio nominal de 2020. Isso levará à retenção de fêmeas para aumentar a produção. “Como o atual ciclo pecuário se iniciou em 2019, os custos de reposição devem começar a baixar somente em 2023, apesar do aumento da oferta destes animais em 2022”, dizem os analistas do CiCarne. Sobre as exportações, a expectativa é de avanço em 2022, acredita a Embrapa. A Ásia continuará como o principal consumidor da carne bovina brasileira, com a China à frente. “Esperamos que a produção de suínos volte a cair em muitos mercados asiáticos, incluindo a China, em 2022, pelos preços descendentes e alto custo com insumos, desestimulando assim a produção”, dizem os especialistas. O fator pode favorecer vendas, porém com competição mais acirrada dos Estados Unidos. Nesse contexto, as margens dos frigoríficos devem continuar apertadas em 2022. Faltarão vacas para abate e o abastecimento do mercado interno e as indústrias buscarão bois, que estarão com a demanda aquecida no mercado externo - e com a arroba valorizada.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

Globo vende sede paulista para Vinci e pagará aluguel

 

A TV Globo vendeu para a Vinci Real Estate todo o seu complexo de imóveis onde funciona a sede da emissora em São Paulo.A informação é do jornalista Marcio Ehrlich, do Janela Publicitária. Além da Globo ser carioca, também o é a Vinci Real Estate, com sede no Leblon. O valor total da aquisição é de R$ 522 milhões, o que equivale a um preço de R$ 13.369/m². E a emissora pagará inicialmente, como locação, R$84,67/m² corrigidos anualmente pelo índice IPCA. O contrato de sale & leaseback garante à Globo ocupar o espaço pelos próximos 15 anos, podendo renovar por mais 15, porém sem direito a sublocar espaços. Para o corretor Marcus Vinícius Ferreira, do departamento de investimentos da Sergio Castro Imóveis, “a procura por ativos dando renda com contratos garantidos para grandes grupos econômicos tem aumentado a cada dia”. Para ele, muitos investidores – mesmo particulares – consideram que um imóvel garante o patrimônio investido e ainda pode gerar ótimos frutos. “Temos vendido edifícios alugados, principalmente uniempresariais, e lojas, para investidores de todo o Brasil”, esclarece o corretor. Ferreira encarou o negócio com naturalidade, ao ser consultado pelo Diário do Rio. Mas quem quiser alugar uma laje corporativa vaga no edifício da Globo já consegue, pelo site da Vinci. O aluguel é de R$ 14.370, para 192 m², condomínio de R$ 2.148 e IPTU de R$ 2.168. Direito a 5 vagas. A importância do negócio, lembra Ehrlich, é que a sede é tão icônica que a avenida que chega ao local foi rebatizada de Jornalista Roberto Marinho. E o endereço é Rua Evandro Carlos de Andrade, nome do jornalista que tanto dirigiu a área no jornal O Globo como na própria TV. No prédio são gravados o SP1 e SP2, o jornal regional de São Paulo (equivalente ao nosso RJTV), em um estúdio envidraçado, que tem como fundo a Ponte Estaiada. Também são gravadas no mesmo estúdio algumas inserções da GloboNews. O site Janela Publicitária lembra que são aproximadamente 39 mil m² de área bruta, 56 mil m² de área construída, tudo isso em um imenso terreno com mais de 43 mil m². O prédio principal leva o nome de Edifício Jornalista Roberto Marinho, o “JRM”, e foi inaugurado em 26 de abril de 2007 com seus 12 andares, e ainda há, na área, três módulos de produção, uma área de apoio, dois helipontos, e mais aproximadamente 1500 vagas de estacionamento entre subsolos e estacionamento externo.

segunda-feira, 29 de novembro de 2021

Mais problemas para Eike Batista

 


Credores de Eike Batista vão acionar o STF para travar o pagamento da multa de 800 milhões de reais da delação do empresário. A primeira parcela de 200 milhões de reais já venceu. O empresário quer usar o dinheiro obtido com uma debênture, ou título de dívida, emitida pela mineradora britânica Anglo American como parte da operação de venda do complexo Minas-Rio da MMX à multinacional em 2008, um negócio de 5,5 bilhões de dólares. O papel, que surgiu a partir de uma investigação solicitada por uma gestora de investimentos, tem valor estimado em cerca de 200 milhões de dólares e estava sob posse de um fundo pertencente a Eike e que até então era desconhecido, o NB4.

sábado, 20 de novembro de 2021

Elon Musk estuda investir em semicondutores e Brasil pode receber fábrica

A escassez de chips e semicondutores tem trazido dores de cabeça a diversos empresários de todo o mundo — de tal modo que nem mesmo o multibilionário de origem sul-africana Elon Musk tem escapado disso. Constituídos de silício ou germânio, o emprego dos microchips (ou, mais cientificamente, circuitos integrados) na indústria é fundamental por possuírem a condutividade elétrica necessária entre isolantes e condutores, algo crucial, por exemplo, para o funcionamento hoje de computadores, telefones celulares a automóveis. Com a pandemia, houve um descompasso entre produção e a demandada vez maiores desses insumos cada vez mais essenciais para o mundo, o que tem afetado economias e empresas de todas as partes. Em encontro com o ministro das Comunicações, Fábio Faria, na última segunda-feira, dia 15, Musk admitiu que, para fugir da ‘guerra dos microchips’ mundo afora, pode ser “obrigado” a investir em uma fábrica de semicondutores — e o Brasil, no caso, seria um dos países postulantes ao aporte. O assunto veio à tona após Faria propor a inauguração de uma fábrica da montadora de carros elétricos Tesla no Brasil e mencionar que também tem o interesse de voltar a fazer do Brasil um país relevante na produção de semicondutores, algo que acontecia até a década de 1980. O encontro, na verdade, servia para negociar a implementação de satélites da Starlink para monitorar o desmatamento na Amazônia e conectar escolas situadas em áreas remotas com internet de última geração. “Eu o convidei a abrir uma fábrica de semicondutores aqui. Ele me disse que não fazia parte do core business investir em uma fábrica de semicondutores, afinal, ele gosta de investir apenas em tecnologias que ainda não existem, mas reconheceu que precisa de semicondutores para tudo. Um carro da Tesla, por exemplo, precisa de 10 mil peças”, diz Faria. Em fevereiro deste ano, a ausência de microchips fez com que a produção do veículo Tesla Model 3 fosse paralisada na fábrica da montadora em Fremont, na Califórnia. Como resposta, Faria ouviu de Musk que está no radar a abertura de uma fábrica para microchips: “Ele vai esperar um ano para ver como essa questão dos semicondutores se desenvolve no mundo, e pode, depois disso, abrir uma fábrica. O Brasil é uma possibilidade”, diz o ministro. Aos olhos de Faria, uma possibilidade seria inaugurar a unidade fabril no Nordeste, que foi apresentada como a “Califórnia brasileira” pelo ministro. “O Nordeste tem tudo para virar um hub de inovação, que pode vender para a América Latina inteira. São Paulo é como Nova York e o Nordeste é como a Califórnia. Foi esse paralelo que fiz para ele”. Outra batalha empenhada por Faria tem sido convencer a Samsung a produzir semicondutores no Brasil.

terça-feira, 16 de novembro de 2021

Covid-19: Ministério da Saúde reduz intervalo e libera dose de reforço da vacina para todos os adultos

 O Ministério da Saúde anunciou na terça-feira (16/11) a redução do intervalo da dose de reforço da vacina contra a Covid-19 para todos os adultos, de seis para cinco meses, após a conclusão do esquema vacinal. A pasta também liberou a dose adicional para qualquer pessoa com mais de 18 anos. Até então, a dose extra podia ser aplicada apenas nos maiores de 60 anos, pessoas imunossuprimidas e profissionais da saúde. Segundo o ministério, mais de 12,4 milhões de brasileiros estão aptos, em novembro, a tomar a dose de reforço. “Estamos juntos em um só objetivo: tornar as políticas públicas ainda mais eficientes. Ultrapassamos os Estados Unidos no percentual da população imunizada. Reforçamos que é fundamental a segunda dose para que se complete o esquema vacinal”, afirmou o ministro da saúde Marcelo Queiroga, durante coletiva de imprensa. Atualmente, o Brasil possui cerca de 60% da população totalmente imunizada. A pasta também anunciou a campanha de megavacinação contra o coronavírus. O objetivo é reforçar a importância de completar o esquema vacinal (dose única ou duas doses) para garantir a proteção. De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 21 milhões de pessoas precisam voltar aos postos de vacinação para tomar a segunda dose no país.

sábado, 6 de novembro de 2021

Uma vice dos sonhos de Sergio Moro

 O ex-juiz Sergio Moro, que vai se filiar ao Podemos na próxima semana e anunciar sua intenção de disputar a Presidência da República em 2022, cultiva uma espécie de vice dos sonhos. Por afinidades ideológicas, formação acadêmica parecida e pelo que considera a seriedade da parlamentar, o ex-ministro disse a interlocutores que o nome ideal para disputar a vice-presidência em sua chapa é o da senadora Simone Tebet(MDB-MS). Não há, no entanto, nenhuma conversa concreta para que a parlamentar marche ao lado de Moro na campanha eleitoral do ano que vem, e Tebet também é oficialmente précandidata à Presidência em um movimento interpretado por parlamentares como necessidade de os emedebistas marcarem, pelo menos por ora, posição na corrida presidencial.

quarta-feira, 3 de novembro de 2021

Reviravolta na Alep: novos deputados assumem

 Foi realizada, durante a sessão ordinária da quarta-feira (03/11) da Assembleia Legislativa do Paraná, a leitura de notificação expedida pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná a respeito de decisão proferida pelo Tribunal Superior Eleitoral, que cassou o mandato do deputado Delegado Francischini (PSL), por propagar fake news em relação às urnas eletrônicas. O TSE determinou a anulação dos votos recebidos pelo parlamentar. Diante da decisão, o presidente da Assembleia, deputado Ademar Traiano (PSDB), declarou a vacância de quatro mandatos parlamentares e realizou a convocação dos deputados suplentes. Além de Francischini, também deixam a Assembleia os deputados Emerson Bacil (PSL), Do Carmo (PSL) e Cassiano Caron (PSL). Assumem as vagas Adelino Ribeiro (Patriotas), Nereu Moura (MDB), Elio Rusch (DEM) e Pedro Paulo Bazana (PV). O presidente do Legislativo convocou os novos parlamentares para assumirem os mandatos na sessão ordinária da segunda-feira (08/11).

quinta-feira, 14 de outubro de 2021

Italia Transporto Aereo compra marca Alitalia por 90 milhões de euros

 

A Italia Transporto Aereo (ITA), sucessora da companhia aérea Alitalia, anunciou na quinta-feira (14/10) que concluiu as negociações para comprar a marca Alitalia e seus respectivos domínios deinternet, pelo valor de 90 milhões de euros. Conforme nota oficial divulgada na data do último voo da empresa aérea nacional, "foi encerrado o procedimento de oferta pública referente à marca Alitalia Spa e ao domínio www.alitalia.com". A aquisição permitirá que a ITA continue a utilizar, de forma permanente, o nome, a marca, os sites, uniformes e outras identificações associadas à Alitalia. O edital do leilão da marca foi publicado em 17 de setembro, e os interventores nomeados pelo governo para administrar a tradicional companhia aérea pediram pelo menos 290 milhões euros. A ITA, no entanto, ofereceu apenas 90 milhões e venceu o leilão, enquanto a Comissão Europeia estima que o valor da marca seja de 110 milhões de euros. Após uma longa crise, a Alitalia, maior empresa italiana de aviação civil, fez na noite o último voo de seus 75 anos de história. A viagem derradeira partiu de Cagliari, na Sardenha, na quinta-feira (14/10) às 22h36 (horário local) com destino ao Aeroporto de Fiumicino, nos arredores de Roma. A ITA no entanto não deverá utilizar a marca Alitalia, e sim uma identidade visual própria.

sexta-feira, 8 de outubro de 2021

Oferta de milho no Brasil vai crescer e chegar a 128,3 mi de toneladas em 2022

 A oferta de milho no Brasil deverá totalizar 128,356 milhões de toneladas na safra 2022, segundo estimativa da Safras & Mercado. Segundo a consultoria, o volume fica acima das 98,887 milhões de toneladas disponíveis na temporada 2021. A produção é estimada em 122,553 milhões de toneladas para 2022, acima das 89,315 milhões de toneladas registradas na safra anterior. Já as exportações de milho do Brasil estão previstas em 37,7 milhões de toneladas, volume superior ante as 18,080 milhões de toneladas previstas para 2021. As importações foram previstas em 1,51 milhão de toneladas, aquém das 3,060 milhões de toneladas projetadas para serem adquiridas na safra 2021. Os estoques finais de passagem para a safra 2022 foram estimadas em 11,525 milhões de toneladas, volume acima do esperado na safra 2021, de 4,293 milhões de toneladas.

sábado, 25 de setembro de 2021

Municípios do PR com legislações adequadas terão prioridades na instalação do 5G

A Assembleia Legislativa do Paraná vai discutir as adequações das legislações municipais para que todo o território estadual tenha acesso à nova tecnologia de internet que deve funcionar no Brasil a partir de 2022. A audiência pública A Implantação da Tecnologia 5G no Estado do Paraná vai reunir prefeitos e vereadores com representantes do setor de telecomunicações responsável pela instalação de torres, antenas e equipamentos que comportem a internet 100 vezes mais veloz que a atual 4G. Proposta do deputado Luiz Cláudio Romanelli (PSB), do deputado Tião Medeiros (PTB), presidente da Comissão de Obras, Transporte e Comunicação, e do deputado Emerson Bacil (PSL), presidente da Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação e Ensino Superior, a audiência acompanha a recomendação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para que as gestões municipais trabalhem na redução de barreiras à conectividade em suas localidades, principalmente áreas rurais remotas e periferias das grandes cidades. O objetivo é que os municípios se alinhem à Lei das Antenas (13.116/15) e ao decreto federal 10.480/20. As cidades com estrutura compatível terão prioridade nos investimentos das operadoras que vencerem o leilão do 5G, previsto para os próximos meses. “Todos os municípios devem ficar atentos às leis locais que tratam do licenciamento ambiental e urbanístico para a instalação de antenas”, afirmou Romanelli. O dinamismo da tecnologia 5G possibilitará, entre todas as vantagens da estabilidade do sinal sem oscilações, o aperfeiçoamento da telemedicina para cirurgias remotas de alta precisão. É o que explica o deputado Tião Medeiros ao exemplificar porque é importante os municípios tomarem a dianteira nas discussões. “Os impactos serão muito visíveis na Educação e Segurança públicas. É uma revolução”, explica, ressaltando que é preciso regular o uso do solo de cada cidade, o que depende de legislação municipal. “A Lei das Antenas ainda é incipiente e incapaz de disciplinar as realidades locais, por isso os municípios devem padronizar seus entendimentos dando segurança jurídica às operadoras que pretendam investir nas cidades”, completa. A audiência pública A Implantação da Tecnologia 5G no Estado do Paraná está marcada para a quarta-feira (29) às 14h. O encontro acontece por videoconferência (Zoom), com transmissão ao vivo pela TV Assembleia, site e redes sociais do Legislativo. Os interessados podem fazer um cadastro pelo link https://www.sympla.com.br/audiencia-publica-a-implantacao-da-tecnologia-5g-no-estado-do-parana__1348948 que também dá direito ao certificado de participação. 

terça-feira, 21 de setembro de 2021

As vitórias de Luiz Inácio Lula da Silva

 - Mantendo-se na dianteira da corrida pela Presidência da República em 2022, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) levaria a disputa já no primeiro turno, se as eleições fossem hoje, com 48% dos votos. É o que indica pesquisa realizada pela Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec) e divulgada na quarta-feira (22/09).

- Demorou quase seis anos, mas Lula está a uma canetada do juiz Frederico Botelho, da 10º Vara Federal de Brasília, de triunfar totalmente sobre a Lava-Jato. Nesse caminho, com papel vital do STF, Lula prestou 24 depoimentos, arrolou 380 testemunhas e pediu 25 HCs assinados pelo advogado Cristiano Zanin, que atuou em favor do petista em 54 audiências judiciais.

- A decisão derradeira deve sair nos próximos dias no caso dos caças da FAB, sobre tráfico de influência de Lula e deve se valer novamente das falhas da Lava-Jato. Mensagens inéditas mostram que os investigadores admitiam não ter provas contra o petista e, por isso, armaram um depoimento de Antônio Palocci para esquentar ilegalmente o caso.

 - Com a vida na Justiça resolvida, Lula autorizou petistas a iniciarem aproximações com antigos aliados que o delataram na Lava-Jato. Na política, não há ódio que dure para sempre.  Talvez o único que fique “de fora” é Antônio Palocci.

quinta-feira, 16 de setembro de 2021

Câmara traz de volta a "quarentena" eleitoral

Em uma articulação capitaneada por partidos do Centrão e da oposição, a Câmara retomou na quarta-feira (15/09) a regra que prevê uma quarentena obrigatória para militares, policiais, promotores de Justiça e juízes que quiserem disputar as eleições a partir de 2026. A medida foi aprovada pelo placar de 279 votos a favor e 211 contra durante a votação de uma emenda ao Código Eleitoral. Para valer, o projeto ainda precisa passar pelo Senado. Na versão aprovada nesta quarta-feira, 15, o prazo para os candidatos se afastarem de suas funções ficou de quatro anos e não mais de cinco, como estava previsto originalmente no projeto. PSL, Podemos, Novo, PSOL e PV foram contra.

quinta-feira, 9 de setembro de 2021

Preços do boi voltam a cair enquanto exportação à China segue suspensa

O mercado físico de boi gordo registrou preços mais baixos nas principais praças de produção comercialização do país na quinta-feira (10/09). Segundo o analista Fernando Henrique Iglesias, da consultoria Safras & Mercado, o ambiente em termos de negócios segue complicado. “Os frigoríficos exportadores seguem em seu trabalho de remanejar as escalas de abate até que haja uma posição concreta por parte da China. Já há notícias de tentativas de renegociação de contratos por parte de importadores chineses. Os frigoríficos que operam apenas no mercado doméstico também atuam de maneira tímida, já sinalizando para preços muito mais baixos na comparação com terça-feira (31/08) data que antecedeu a notícia dos casos atípicos de EEB no Brasil”, apontou Iglesias. Enquanto não houver a retomada das exportações com destino à China o mercado seguirá pressionado, com os frigoríficos tentando comprar em níveis cada vez mais baixos. “A logística ainda é uma grande preocupação, com pontos de bloqueio em alguns estados relevantes da região Centro-Sul”, disse o analista. Com isso, em São Paulo, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 300 a R$ 305 na modalidade à prazo. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 295,00. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 308,00. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 300 a R$ 301. Em Uberaba (MG), preços a R$ 306 a arroba. A carne bovina segue com preços acomodados no mercado atacadista. Segundo Iglesias, a logística permanece como uma preocupação importante no decorrer da semana, com os frigoríficos encontrando dificuldades em escoar a produção com os bloqueios impostos em alguns estados. O temor está na ausência de caminhões. Além disso, os frigoríficos seguem remanejando a programação de abates enquanto a China está ausente das importações. O Quarto dianteiro ainda foi precificado a R$ 16,30. A ponta de agulha também permanece precificada a R$ 16,30, por quilo. Quarto traseiro ainda é precificado a R$ 21,50, por quilo.

sábado, 4 de setembro de 2021

Suspeita de 'Vaca Louca' em Belo Horizonte para frigoríficos em todo o Brasil

 O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) confirmou, na manhã do sábado (04/09), a ocorrência de um caso do mal da vaca louca em frigoríficos de Belo Horizonte e de Nova Canaã do Norte (MT). De acordo com a pasta, após a confirmação, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) foi notificada oficialmente. No caso da China, em cumprimento ao protocolo sanitário firmado entre o país e o Brasil, ficam suspensas temporariamente as exportações de carne bovina. “A medida, que passa a valer a partir do sábado (04/09), se dará até que as autoridades chinesas concluam a avaliação das informações já repassadas sobre os casos”, afirmou em nota. De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), a China segue como principal destino da carne brasileira. No mês de julho, o volume total de exportação foi de 91.144 toneladas, com crescimento de 11,2%. “As receitas tiveram alta de 19,1% somaram US$ 525,5 milhões. Quando se observa o período de janeiro a julho de 2021, os embarques para a China já somam 490 mil toneladas e receitas de US$ 2,493 bilhões, crescimento de 8,6% e 13,8%, respectivamente, no comparativo com o mesmo período de 2020”, disse a Abiec. Os dois casos confirmados neste sábado foram detectados em vacas de descarte que apresentavam idade avançada.  “Estes são o quarto e quinto casos de EEB [Encefalopatia Espongiforme Bovina] atípica registrados em mais de 23 anos de vigilância para a doença. O Brasil nunca registrou a ocorrência de caso de EEB clássica” informou o ministério. Segundo o Mapa, a EEB atípica ocorre de maneira espontânea e esporádica e não está relacionada à ingestão de alimentos contaminados. “Todas as ações sanitárias de mitigação de risco foram concluídas antes mesmo da emissão do resultado final pelo laboratório de referência da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em Alberta, no Canadá. Portanto, não há risco para a saúde humana e animal”, disse. O Mapa ainda informou que a confirmação não altera o status do país como de “risco insignificante para doença”. “A OIE exclui a ocorrência de casos de EEB atípica para efeitos do reconhecimento do status oficial de risco do país. Desta forma, o Brasil mantém sua classificação como país de risco insignificante para a doença, não justificando qualquer impacto no comércio de animais e seus produtos e subprodutos”, disse. O caso registrado em Belo Horizonte acentuou a queda da atividade dos frigoríficos brasileiros, de acordo com a associação que representa o setor. “A notícia da vaca louca veio neste momento em que a ociosidade nos frigoríficos que trabalham somente com o mercado interno é bastante elevada e serviu para diminuir ainda mais o negócio de aquisição de bois diariamente”, disse a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) em nota enviada na sexta-feira (03/09). Frigoríficos de todo o país vão suspender o abate de bois por conta da identificação de possível caso da doença conhecida como vaca louca. Segundo a Abrafrigo (Associação Brasileira de Frigoríficos), a produção ficará reduzida da sexta-feira (03/09), com previsão de volta somente na quarta-feira (08/09). A associação informou que a paralisação não ocorre exclusivamente pela suspeita do caso da doença em Minas, mas também por causa do feriado de 7 de setembro. A decisão foi tomada pelos próprios frigoríficos, conforme a associação. A entidade espera que até lá o resultado do exame que vai confirmar ou não o caso de vaca louca já tenha sido divulgado pelo Ministério da Agricultura.

domingo, 22 de agosto de 2021

Pecuária pode viver um "apagão" de bezerros

A pecuária nacional tem vivido uma grande mudança, em todos os aspectos. A intensificação e a profissionalização no uso de tecnologias se tornou essencial para a sobrevivência na atividade. O uso e adoção da inseminação artificial no gado de corte no Brasil nunca foi tão expressivo quanto nos últimos anos. Mas, mesmo assim, o país deverá reviver o “apagão” de bezerros! No entanto, apesar do grande avanço desse mercado, o que deve promover uma maciça oferta de bezerros nos próximos anos, o presidente da entidade, o engenheiro agrônomo Márcio Nery, ainda prevê que a oferta de animais de reposição ainda deverá ser restrita, mantendo aquecido a valorização dos preços de bezerros e boi gordo pelo País. “Pode ser que em 2022 mais fêmeas comecem a entrar em produção, ou seja, teremos uma renovação de fêmeas em 2022 e talvez em 2023 a gente pode ter um aumento de produção de bezerros. Isso porque a pecuária pode crescer com a integração lavoura-pecuária assumindo também o papel de compradores desses bezerros. Então, o aumento da produção de bezerros desmamados de machos e fêmeas continue a não ser suficiente por conta da demanda internacional e nacional”, explica Nery em entrevista ao Portal DBO. Fatores que apontam para uma redução no volume de bezerros: Aumento no abate de matrizes no passado; Baixo volume de retenção de fêmeas no ano de 2020; Aumento dos custos de produção; Eventos climáticos impactando negativamente na oferta de pastagens; Estabilidade nos preços da arroba nos últimos meses, reduzindo a necessidade e poder de compra do pecuarista da recria/terminação. “Várias fazendas que eu visitei esse ano que tem agricultura e pecuária disseram que a pecuária de corte bateu a soja e o milho. Mas esse melhoramento genético vai permitir que essas constatações e que essa validação financeira do negócio continue, com toda a certeza”, diz Nery. Para ele, com a aceleração do melhoramento genético, com ênfase em precocidade sexual, a partir das técnicas de Inseminação Artificial por Tempo Fixo (IATF), aos poucos vai reduzir o tempo do primeiro parto das novilhas. Fazendas que empenhavam as fêmeas aos 32 meses passam a emprenhar esses animais aos 22 meses. “As eficiências da pecuária de corte vão acontecer. Então entendo claramente que o rebanho nacional não cresce, mas se mantiver esse número de cabeças, vamos produzir três a quatro vezes mais do que a gente produz hoje”, diz Nery. Outro dado importante revelado pela Asbia é a taxa porcentual de fêmeas que estão efetivamente sendo inseminadas no País. No ano passado, o índice foi de 22% e nesse primeiro semestre já atinge cerca de 23% do rebanho de matrizes de corte no País. “Pode parecer pouco, mas quando a gente compara com os nossos competidores como a Argentina, o Uruguai, os Estados Unidos e a Austrália, são países que têm em média de 7% a 8% de taxa de utilização da inseminação artificial em seu rebanho de vacas”, diz o presidente da Asbia.

terça-feira, 17 de agosto de 2021

Com falta de gado em MT, frigoríficos podem fechar, diz sindicato

Segundo o Sindifrigo, as 33 indústrias frigoríficas instaladas em Mato Grosso trabalharam em 2020 com apenas 58,57% de capacidade.

A falta de animais para o abate pode paralisar as atividades em alguns frigoríficos de Mato Grosso, o maior produtor de carne bovina do país. O alerta é feito pelo presidente do Sindicato das Indústrias Frigoríficas de Mato Grosso (Sindifrigo-MT) Paulo Bellincanta. Em nota divulgada nesta segunda, 16, o sindicato lembra que a arroba do boi, com atraso de anos, atingiu os patamares dos preços internacionais e permanecerá neles. Este fato exigiu o ajuste no preço da carne para o mercado interno, o que ocorreu de maneira muito rápida em um momento em que a economia sofre com a realidade da pandemia. “São hábitos e costumes enraizados em nossa cultura e que precisarão se adaptar. A dura realidade da falta de matéria-prima para os frigoríficos tem trazido sérios problemas para o setor. Soma-se à ociosidade, que tem batido recordes a cada ano, o fator dos preços do produto final para o consumidor. O desequilíbrio entre a exportação e o mercado interno tem provocado um desequilíbrio maior ainda entre empresas exportadoras e não exportadoras”, afirma Bellincanta. O presidente do sindicato aponta que, do outro lado do consumo está o produtor do “boi”, concorrendo com o produtor de grãos que fatura 5 ou 6 vezes mais que ele e que não perde oportunidade de assedia-lo para alugar suas terras. “Ao longo de anos, o rebanho brasileiro veio se desgastando com o abate de matrizes e novilhas redundando neste momento em uma grave diminuição de oferta. Espera-se uma melhora do quadro uma vez que com preços melhores, muitas destas matrizes antes destinadas ao abate começaram a ser novamente destinadas à cria”, pontua o dirigente. Segundo destacou o sindicato, as 33 indústrias frigoríficas instaladas em Mato Grosso trabalharam em 2020 com apenas 58,57% de capacidade. Do ano de 2018, os frigoríficos abateram cerca de 5.310.000 animais, arrecadando R$ 297 milhões, saltando no ano de 2020 para R$ 432 milhões, com apenas 5.126.000 animais abatidos. O presidente do Sindifrigo explica que, “mesmo com a redução no número de abate, a arrecadação aumentou em 45%, em decorrência dos preços maiores. Bons números a serem comemorados, se não fossem os problemas que atingem a indústria no estado”. A nota do sindicato diz que a falta da matéria prima traz uma concorrência entre os pequenos frigoríficos com difícil solução no curto prazo. A volta da oferta, a níveis em que as empresas retomassem sua capacidade instalada entre 75% a 80%, poderia tornar a concorrência mais equilibrada. “A realidade, porém, está muito distante e neste momento se faz urgente uma ação governamental para amenizar e permitir que as pequenas empresas atravessem este período sem danos maiores. Danos que poderiam atingir de pecuaristas a trabalhadores. O Estado pode e cabe a ele a responsabilidade social de auxiliar uma determinada atividade, atingida por fatores externos, para que ela possa buscar novamente um equilíbrio. Evitar hoje uma quebradeira em cadeia dominó é mais que uma opção, é uma urgência inteligente de quem quer que o setor não tenha prejuízos irreversíveis”, alerta Bellincanta. Segundo o Sindifrigo, os frigoríficos empregam hoje no estado 25.560 colaboradores diretos e movimenta um número incontável de atividades paralelas. Algumas cidades no interior têm no frigorífico sua maior renda e emprego, girando em torno dele comunidades inteiras. “Em muitos governos fomos chamados a sermos parceiros e nunca nos ausentamos de nossas responsabilidades, desejamos que nosso pleito de ajuda não seja visto apenas por meio de números em planilhas de gabinetes, mas que leve em conta nossa história que se entrelaça ao setor pecuário de Mato Grosso”, analisa Paulo Bellincanta.

domingo, 8 de agosto de 2021

FT: Jovens chineses preferem ‘ficar deitadão’ a se matar de trabalhar como os pais

Do Financial Times/Valor:  O contrato social da China está se esgarçando, e uma canção apagada da internet do país capta nitidamente o problema. “Ficar deitadão é bom, ficar deitadão é maravilhoso, ficar deitadão é correto, deite, porque assim você não cai”, canta Zhang Xinmin em chinês, deitado num sofá tocando um violão. “Ficar deitadão”, uma tendência entre jovens chineses que optam por não assumir empregos estressantes, representa a antítese de um modelo de desenvolvimento que gerou crescimento extraordinário ao longo de quarenta anos, ao mobilizar o esforço máximo de sua população. Pequim está mais do que um pouco perturbado. “Nesta era de turbulência, não existe ficar deitadão e esperar a prosperidade chegar”, disse Wu Qian, porta-voz do governo nesta semana. “Só existe a glória da luta e do esforço. Jovens, vamos lá!” Preocupações desse tipo estão por trás de várias iniciativas destinadas a galvanizar as pessoas e a estimular as famílias a terem mais filhos. Essencial entre essas medidas foi a decisão, na semana passada, de reprimir o ensino particular pós escolar, um setor que movimenta US$ 100 bilhões e que provoca estresse nas crianças ao mesmo tempo em que sobrecarrega as finanças de seus pais. Novas regras emitidas pelo conselho de ministros, ou Gabinete, proíbe ensino particular com fins lucrativos sobre os principais temas escolares. A notícia caiu como um raio, deprimindo os preços das ações de empresas líderes do setor, com ações negociadas nos EUA, TAL Education, New Oriental e Gaotu Techedu. A aversão do líder chinês, Xi Jinping, ao ensino particular pós-escolar, vinha se anunciando. Em março, ele criticou a “confusão” no setor e a qualificou de “doença crônica muito difícil de curar”. Mas o fato de que Pequim estar disposto a desfechar o que poderia ser um golpe mortal sobre um setor que emprega centenas de milhares de pessoas revela o grau de seriedade com que encara o problema. Para dezenas de milhões de pessoas de classe média nas grandes cidades chinesas, a vida se tornou uma roda de hamster de esforço crescente e recompensa decrescente. Um turbilhão de gastos com moradia, educação, serviços de saúde e outras despesas têm subido mais rápido do que a média dos salários, o que passa para muitas pessoas a sensação de correr sem parar e continuar no mesmo lugar. “As últimas medidas para reprimir as empresas de aulas de reforço fora da escola estão de acordo com o deslocamento do foco para a qualidade de vida da população chinesa”, disse Yu Jie, pesquisador sênior da Chatham House, think-tank com sede em Londres. Segundo dados da Sociedade Chinesa de Educação, o custo médio anual de aulas particulares para um aluno é de mais de 12 mil yuans (US$ 1.860), o que é superior ao salário médio mensal em um país com um Produto Interno Bruto (PIB) per capita de US$ 10.216 em 2019. Algumas famílias, no entanto, gastam até 300 mil yuans por ano com aulas de reforço em escolas reconhecidas de professores famosos. Esse fardo costuma ser exacerbado pela necessidade de pagar babás enquanto os pais trabalham longas horas em seus escritórios e enfrentam o trânsito confuso da hora do rush. Os pais que optam por morar na área de abrangência de escolas muito procuradas em cidades como Xangai pagam quantias exorbitantes pelo privilégio. “Pagamos mais de 3 milhões de yuans [US$ 465.116] pela nossa casa”, diz Yang Liu, que sai de sua casa em Xangai para trabalhar às 6h30 e só volta pouco antes de sua filha de seis anos ir para a cama, às 21h. Mesmo que oficialmente os jardins de infância sejam desencorajados a pedir trabalhos para depois das aulas, sua filha recebe lição de casa para todos os dias da semana. Ela precisa aprender caracteres chineses e palavras em inglês, memorizar poemas, praticar a leitura e tocar violino. O estresse que esse estilo de vida passa para os jovens solteiros tem um impacto que vai além de induzir alguns deles a “ficarem deitadões”. As estatísticas mostram que os casais têm adiado o casamento para mais tarde e a taxa de natalidade caiu vertiginosamente. Em 2020, houve apenas 12 milhões de nascimentos, em comparação aos 14,65 milhões de um ano antes. Como o número de mulheres em idade fértil (22 a 35 anos) deve cair em mais de 30% na próxima década, alguns especialistas preveem que o número de nascimentos pode diminuir para menos de 10 milhões por ano e a taxa de fertilidade da China pode se tornar a mais baixa do mundo. A realidade da vida diária para a classe média chinesa mostra uma imagem diferente daquela oferecida pelo aumento inexorável dos números do PIB. O custo de vida nas grandes cidades subiu drasticamente, o que encolheu a renda disponível das pessoas. Alicia García Herrero, economista-chefe para a região Ásia-Pacífico no banco de investimento Natixis, coloca isso de forma sucinta: “O grosso da população da China vive uma situação cada vez pior à medida que a acessibilidade à moradia continua a piorar e o acesso à educação e à saúde se torna cada vez mais caro.”

segunda-feira, 2 de agosto de 2021

Anibelli Neto vence Requião e é o novo presidente do MDB

 O deputado estadual Anibelli Neto venceu a convenção do MDB do Paraná com 203 votos, contra 77 da chapa liderada pelo ex-senador Roberto Requião. A votação, em Curitiba, ocorreu de forma híbrida – presencial e online. Com o placar, Anibelli terá uma difícil tarefa pela frente, conduzir o partido a sua reconstrução para candidatura própria nas eleições para governador em 2022 e montar chapas competitivas para a Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados. O ex-governador do Paraná Roberto Requião assinou a desfiliação do MDB, partido pelo qual foi governador por três mandatos e senador. Foram mais de 40 anos de militância. Agora todos de olho para onde irá Requião, que não pretende deixar de fazer política. Por enquanto, apenas o PT abriu realmente as portas para sua entrada, como já deixou claro a deputada federal Gleisi Hoffmann. Um encontro com o ex-presidente Lula estaria para ocorrer nos próximos dias, para  a formalização do convite para filiação ao Partido dos Trabalhadores.  


quarta-feira, 28 de julho de 2021

Disputa pelo MDB no Paraná

 O MDB do Paraná está numa briga interna intensa. De um lado o ex-senador e governador Roberto Requião de Mello e Silva brigando para que o partido tenha candidato próprio nas próximas eleições para o governo do Paraná. Já o outro bloco é comandado pelo deputado Sérgio Souza, que mais do que deseja ser um puxadinho do governo Ratinho Jr. O fato é que, em ambos, se vê muito o interesse particular e não exatamente do partido. Requião quer ser candidato ao governo. Sabe que sem um candidato forte, o partido corre o risco de não eleger nem um deputado estadual – tipo o filho dele – e nem federal. Já Sérgio Souza, demonstra preferir colar no governo Ratinho Júnior e conseguir, caso ele se reeleja, ampliar seu espaço no governo do Paraná.

quinta-feira, 22 de julho de 2021

Beto e Fernanda Richa 2022

O ex-governador Beto Richa já comunicou ao PSDB do Paraná que vai ser candidato a deputado federal no ano que vem. Fernanda Richa, a mulher de Beto deverá ser candidata a deputada estadual. Os dois deverão garantir eleição, com apoio de vários prefeitos e lideranças do Paraná que sempre foram fiéis À família Richa desde que Beto deixou o governo para disputar o Senado em 2018, e acabou sendo vítima de perseguição política.


quarta-feira, 21 de julho de 2021

Herói da Resistência

 Quem apostava no desgaste do líder do governo Bolsonaro na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP) caiu do cavalo. Até agora ele conseguiu resistir bravamente a uma tentativa de "fritura" por parte de seus desafetos - alguns deles até de dentro de seu próprio partido - "apanhando" de todos os lados mas sempre "por cima do arreio", segurando firme. E agora, o presidente Jair Bolsonaro acaba de fechar um pacote tão completo com o PP, cuja cereja do bolo é nomear o presidente da sigla, Ciro Nogueira, para a Casa Civil, que dificilmente o presidente irá para outro partido para disputar a reeleição. Uma figura de proa do Congresso avalia que, ao trazer o partido para o coração do Planalto e para a pasta responsável pela  articulação política, Bolsonaro sela seu destino eleitoral. "Estarão, Bolsonaro e o PP, juntos e  misturados na CPI, no Orçamento secreto, no fundão eleitoral, [na articulação para aprovar] André Mendonça e Augusto Aras e no voto impresso", analisa o congressista, compondo o tal "pacote completo" a que me refiro. E ainda acrescenta: a discussão do distritão poderia entrar também nesse cenário. Outro fator a aproximar Bolsonaro do PP é que o ministro das Comunicações, Fábio Faria, genro do apresentador e empresário Silvio Santos, recentemente se desfiliou do PSD e foi para o partido de Nogueira e companhia. Ele é um dos mais cotados para ser vice na chapa de Bolsonaro em 2022.

segunda-feira, 19 de julho de 2021

Moro no páreo de 22, e próximo do PODEMOS

 Antes tratada como improvável, a disputa da eleição do próximo ano passou a ser considerada pelo ex-juiz Sergio Moro. Em conversas com lideranças do Podemos foram discutidas tanto a possibilidade de concorrer à Presidência  da República e como de tentar uma vaga no Senado por São Paulo ou Paraná. O ex-magistrado ficou de dar uma resposta até novembro.  A mudança no pensamento do ex-juiz da Lava-Jato seria motivada tanto pelos apelos que vêm recebendo como pela incerteza sobre a renovação de seu contrato com a Alvarez & Marsal. Movimentos como o Vem pra Rua e Brasil Consciente, além de grupos de apoio a Lava-Jato têm pedido que Moro entre na disputa presidencial para se apresentar como alternativa aos dois nomes que lideram hoje a corrida pelo Planalto: Bolsonaro (sem partido) e o ex-presidente Lula (PT). Em grupos de Whatsapp que participa, Moro também viu os apelos aumentarem nas últimas semanas.  O ex-ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro veio ao Brasil na semana passada para visitar familiares. Durante o período no país, se reuniu com a presidente do Podemos, Renata Abreu, em Brasília, e com o senador Álvaro Dias, no Paraná.  Nas conversas, Moro ficou de dar uma palavra final sobre o seu futuro até novembro.


sexta-feira, 16 de julho de 2021

Requião disputado

O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, convidou o ex-governador Roberto Requião a deixar o MDB para disputar o governo do Paraná pelo partido em 2022. A informação é do colunista Guilherme Amado, do Metrópoles. A entrada de Requião na sigla deve sofrer resistência do PSB do Paraná, que integra a base do governador Ratinho Júnior (PSD), e tende a apoiar a reeleição do atual ocupante do Palácio Iguaçu.

quarta-feira, 14 de julho de 2021

Ex-governador Pessuti para deputado

 Conforme divulgou o portal Boca Maldita, o ex-governador Orlando Pessuti confirmou que será candidato a deputado estadual nas eleições de 2022. Pessuti quer retornar à Assembleia Legislativa do Paraná onde já exerceu quatro mandatos e onde foi presidente. Em 2002, deixou o mandato para concorrer à vice-governador, sendo eleito duas vezes na chapa de Roberto Requião. Quadro histórico do MDB, porém, Pessutão não descarta filiação a outro partido para concorrer. Ele inclusive falou sobre a possibilidade de filiar-se ao PSB em encontro na segunda-feira (12/07), com o deputado estadual e 1º Secretário da Alep, Luiz Claudio Romanelli.

domingo, 11 de julho de 2021

Média de mortes é a menor desde 5 de março

 Enquanto a campanha de imunização contra a Covid-19 avança para além das 112 milhões de doses administradas na população, o Brasil atingiu esta semana a menor média de mortes (1.450) em decorrência do vírus desde o dia 5 de março, quando foi registrada uma média de 1.423 óbitos. A média móvel de casos de sete dias também está em queda, mas continua alto: 48,6 mil novos casos da Covid-19 em todo o País. Até sexta-feira (09/07), 82,7 milhões de brasileiros já receberam ao menos uma dose da vacina. Representam quase 39,5% da população. O total de brasileiros totalmente imunizados ultrapassa neste fim de semana os 30 milhões, quase a metade do total do grupo prioritário. No pico da pandemia, nas primeiras semanas do mês de abril, o País registrava uma média móvel de 3,1 mil óbitos por dia. A média móvel de sete dias na Índia, por exemplo, está abaixo das 900. Nos EUA, o número já está na casa dos 220, segundo o Worldometer.

quinta-feira, 8 de julho de 2021

Leilão de mansão, lancha e carros de luxo de Romário é suspenso

 O senador Romário Faria (PL-RJ) ganhou mais tempo para tentar reverter a penhora da mansão que mora na Barra da Tijuca, uma lancha e dois carros que são atribuídas ao ex-jogador, mas que estão em nome de seus familiares. Os bens avaliados em 8 milhões de reais iriam a leilão na quarta-feira (07/07), mas o STJ cancelou o certame ainda na semana passada. Agora foi a vez de o TJRJ dar mais uma decisão favorável a ele na disputa, que envolve dívidas da época em que foi sócio de uma casa noturna no Rio nos anos 2000. Nesta terça, o desembargador da 14ª Câmara Cível do Rio, Cleber Ghelfenstein, suspendeu a execução dos bens e determinou que o leilão só seja realizado depois do julgamento do mérito de um recurso interposto pela defesa de Romário.

sábado, 3 de julho de 2021

Lancha, carros de luxo e casa de Romário vão para leilão

Romário vai ter que se desfazer de alguns itens da sua fortuna. De acordo com o jornal Extra, a Justiça do Rio determinou o leilão de uma casa em um condomínio na Barra da Tijuca, de dois carros de luxo (um Audi e um Porsche) e de uma lancha (foto). A soma dos bens totaliza R$ 8 milhões.  A ação é resultado de uma dívida antiga do ex-jogador de quando Romário era sócio do restaurante Café do Gol. O passivo do senador com a empresa está em torno de R$ 20 milhões.  montante é fruto de frutos de perdas e ganhos pela rescisão e multas sequenciais. O pagamento é postergado há mais de uma década. Os interessados em adquirir os itens já podem fazer os lances online. O leilão vai até a quarta-feira (07/07) na modalidade via Internet. Uma nova rodada será aberto caso os lances não alcancem o valor pedido. Todos esses bens de Romário estavam no nome da irmã dele, Zoraldi Faria. Porém, decisão judicial mostrou que ela não tinha lastro financeiro com a compra dos mesmo. Uma reportagem de 2018 do jornal O Globo revelou que Romário ocultava patrimônio em nome de terceiros.

quinta-feira, 1 de julho de 2021

Alvaro Dias e Moro

 Há muito se fala que o Podemos – partido do senador pelo Paraná, Alvaro Dias, tem sempre mantido uma articulação para tentar filiar o ex-juiz e ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, oferecendo a legenda para que ele dispute a eleição presidencial de 2022. Os caciques querem aproveitar o apoio político obtido por Moro nos julgamentos da Lava Jato e levantar a bandeira do combate à corrupção como um slogan de uma disputa pela sucessão de Jair Bolsonaro, que até o momento não decidiu em que partido pretende disputar a eleição novamente.


sexta-feira, 25 de junho de 2021

Com dívidas bilionárias, rede de restaurantes Madero pode fechar em até um ano

O caixa insuficiente para pagar dívidas de curto prazo e a falta de garantias de que conseguirá prorrogar ou refinanciar compromissos trouxe incerteza sobre a continuidade das operações do Grupo Madero, afirmou a companhia em seu balanço de resultados divulgado na quinta-feira (24/06). Desde o ano passado a empresa vem estudando abrir capital na Bolsa de Valores brasileira ou em Nova York. “A liquidez disponível mais o caixa adicional esperado, gerado pelas operações, não será suficiente para pagar o total das obrigações de dívida de curto prazo antes ou na data de vencimento sem financiamento adicional”, afirmou o Grupo Madero em nota. “A companhia pretende buscar prorrogar ou refinanciar a dívida e continuará discutindo com os bancos parceiros a possibilidade de obtenção de novas linhas de crédito quando necessário para dar suporte à operação”, disse o grupo. O Madero reiterou, porém, que não há garantias de que a empresa conseguirá adiar ou refinanciar esses débitos em tempo ou em condições favoráveis. No total, o Grupo Madero somava R$ 2,4 bilhões em dívidas com bancos, fornecedores, tributos, entre outros. Deste montante, mais de 30% dos compromissos (R$ 740,4 milhões) venciam em até um ano. Outros 19,2% tinham prazo de um a dois anos. A maior parte da dívida era constituída de empréstimos (R$ 1,2 bilhão). Em relatório anexado ao balanço, a PwC, empresa que fez a auditoria do balanço, também afirmou ter incerteza significativa sobre a continuidade dos negócios da companhia. “A companhia tem apurado prejuízos repetitivos em suas operações e apresentou excesso de passivos sobre ativos [o que indica um alto índice de endividamento] em 31 de março. [...] Essa situação, entre outras descritas, indicam a existência de incerteza relevante que pode levantar dúvida significativa sobre sua continuidade operacional”, afirmou a PwC em nota. No primeiro trimestre deste ano o grupo registrou um prejuízo de R$ 67,5 milhões, três vezes maior do que o registrado em igual período de 2020, quando teve prejuízo de R$ 18,7 milhões. Procurado, o Grupo Madero afirmou que está em período de silêncio e não pode comentar o assunto.

segunda-feira, 21 de junho de 2021

No Paraná, 28% dos pacientes esperam mais de um dia por internação em leito para Covid-19

O Paraná conseguiu reduzir de forma significativa a fila de pacientes com Covid-19 aguardando por um leito de internação no estado, mas o sistema de saúde segue sobrecarregado. Prova disso é que, mesmo com uma fila que tem diminuído consideravelmente, em junho foi registrado um recorde na proporção de pacientes que aguardam mais de dia pela internação em um leito exclusivo Covid. Os dados da Secretaria de Saúde do Paraná (Sesa-PR) mostram que até o último sábado (19 de junho) 539 paranaenses estavam aguardando internação em leito exclusivo Covid, sendo que 323 desses pacientes demandavam atenção intensiva (internação em UTI) e 216 aguardavam por leito clínico. Um número expressivo, mas consideravelmente menor (mais precisamente 56,88% menor) que a fila de 1.250 pacientes que o estado havia registrado em 31 de maio.

quarta-feira, 16 de junho de 2021

Carne bovina: governo argentino garante retomada das exportações na próxima semana

 O ministro de Desenvolvimento Produtivo da Argentina, Matías Kulfas, garantiu que está “na reta final” para  anunciar as novas medidas que o Governo Nacional tomará e frisou que sua intenção é restabelecer a exportação de carnes na próxima semana. Em entrevista realizada pelo canal “C5N”, o ministro não deu detalhes do novo esquema de exportação, mas  anunciou que estaria preparando um Plano de Pecuária para aumentar para “4 ou 5 milhões de toneladas por ano as exportações e o abastecimento do mercado interno”. Kulfas afirmou que o programa “Super Cerca” não geraria especulação ou inflação nos produtores. Ele também  confirmou uma “onda de investimentos” de empresários espanhóis que visitaram o país na semana passada junto  com o presidente Pedro Sánchez. “Desde que Alberto Fernández assumiu o cargo, já houve mais de 600 anúncios de investimentos de mais de US$ 20  milhões”, explicou o ministro e criticou que “fiquei surpreso com o chefe da UIA, porque ele garantiu que apenas os setores ligados à produção estariam sendo recuperados. Não é o caso. O setor automotivo, máquinas agrícolas e a indústria madeireira estão em recuperação”, disse.

quarta-feira, 26 de maio de 2021

Receita do Paraná cresce, mas cenário é incerto, diz governo

 O secretário de Estado da Fazenda, Renê Garcia Júnior, afirmou na terça-feira (25/05), em audiência na Assembleia Legislativa, que apesar dos bons resultados verificados nas contas do governo nos primeiros quatro meses do ano, não há perspectiva de se retomar a reposição salarial dos servidores públicos paranaenses, por causa de uma mudança na forma de cálculo das despesas com pessoal pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN). Ele alegou ainda que mesmo com a melhoria do cenário internacional, o cenário econômico do País ainda é de incertezas diante das novas ondas da pandemia da Covid-19. Em janeiro, o governo suspendeu por tempo indeterminado o reajuste de 1% dos servidores, alegando falta de recursos.De acordo com os dados, a receita corrente foi de R$ 15,8 bilhões de janeiro a abril de 2021, contra R$ 13,8 bilhões no mesmo período de 2020, um aumento nominal de 15% e real (descontada a inflação) de 7%. Já a despesa teve um aumento nominal de 2% e uma queda real de 2%, atingindo R$ 13,1 bilhões.

terça-feira, 18 de maio de 2021

Argentina suspende exportações de carne bovina por 30 dias

 

Quarto maior exportador mundial de carne bovina com 819.000 toneladas em 2020, a Argentina suspendeu as vendas ao exterior por 30 dias, enquanto define medidas de emergência para frear o aumento do preço no mercado interno - anunciou o governo na segunda-feira (17/05). "Como consequência do aumento sustentado do preço da carne bovina no mercado interno, o governo decidiu adotar um conjunto de medidas para ordenar o funcionamento do setor, restringir práticas especulativas e evitar a sonegação fiscal no comércio exterior. Enquanto as medidas terminam de ser implementadas, as exportações de carne bovina serão limitadas durante 30 dias", afirmou a Presidência. Mecanismos de exceção serão habilitados para operações de comércio exterior em curso. A decisão foi comunicada pelo presidente Alberto Fernández aos representantes do setor exportador de carne reunidos na associação ABC, durante um encontro na Casa Rosada (sede do governo). m 2020, as exportações argentinas de carne e couro bovinos alcançaram US$ 3,368 bilhões, uma queda de 16,5% na comparação com 2019. Os principais destinos foram China, Alemanha e Israel, segundo o instituto de estatísticas Indec. A Argentina é o quarto maior exportador mundial de carne bovinas, atrás de Brasil, Austrália e Índia, de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. Fernández já havia expressado preocupação com os aumentos dos preços no país, fundamentalmente dos alimentos. "Estou muito preocupado com os aumentos dos preços, são inexplicáveis. Estou decidido a atacar este tema. Me preocupa muito, porque é inexplicável. Sinceramente, não há nenhuma razão, além do aumento do consumo, para explicar os aumentos que aconteceram em março e abril", declarou em uma entrevista no domingo ao canal C5N. O presidente afirmou que "celebra" o fato de o país exportar carne, mas lamentou que isto provoque o aumento do preço para os argentinos. Os argentinos consomem a média 49,2 quilos de carne bovina por ano, contra o pico de 69,3 quilos registrado em abril de 2009, segundo a Câmara de Indústria e Comércio de Carnes. A Argentina tem uma das inflações mais elevadas do mundo: em abril, o índice atingiu 4,1% e acumulou 17,6% nos primeiros quatro meses do ano, de acordo com o Indec. O avanço da inflação reforça a impressão de que o governo terá muitas dificuldades para cumprir a meta inflacionária de 29% por ano calculada na Lei de Orçamento. O custo de vida nos últimos 12 meses aumentou 46,3%, segundo o Indec, mas os preços dos diferentes cortes de carne bovina aumentaram 65,3% em abril na comparação com o mesmo mês em 2020, segundo o Instituto de Promoção da Carne Bovina Argentina (Ipcva). Para enfrentar os efeitos econômicos do longo confinamento de 2020, o governo aprovou um grande programa de ajudas, que implicou uma elevada emissão monetária. As exportações agrícolas representam a maior fonte de divisas do país. A Argentina enfrenta uma recessão pelo terceiro ano consecutivo, agravada em 2020 pela pandemia da covid-19, que provocou uma queda de 9,9% do PIB. A pobreza alcança 42% da população. Em uma primeira reação, as organizações da chamada "Mesa de Enlace del Campo" criticaram a medida do governo. "Vamos nos reunir de maneira imediata para exercer uma rejeição total a esta medida nefasta", afirmou Daniel Peregrina, presidente da Sociedade Rural Argentina, que reúne grandes produtores.

quinta-feira, 6 de maio de 2021

Juiz federal absolve Temer e ex-deputados no 'quadrilhão' do MDB

 O juiz da 12ª Vara Federal do Distrito Federal, Marcus Vinícius Reis Bastos, absolveu sumariamente o ex-presidente Michel Temer, seus ex-ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco, e os ex-deputados Eduardo Cunha, Henrique Eduardo Alves, Geddel Vieira Lima e Rodrigo da Rocha Loures na acusação do "quadrilhão do MDB", movida pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot em 2017. Na sentença, o juiz afirma que a denúncia não descreve a prática de delitos por parte dos acusados, diz que houve "abuso do direito de acusar" e que a acusação "criminaliza" a política. O caso havia sido apresentado perante o Supremo Tribunal Federal (STF) e foi enviado à Justiça Federal do DF após os alvos perderem o foro privilegiado. A acusação, feita após a delação premiada do empresário Joesley Batista, descreve que o antigo PMDB teria loteado cargos na administração pública com o objetivo de arrecadar recursos ilícitos.

quarta-feira, 5 de maio de 2021

Supermercados britânicos ameaçam parar de vender produtos do Brasil

 Em carta aberta, o grupo de companhias britânicas, que inclui as grandes redes de supermercados Sainsbury's, Aldi e Co-Op e a BRC (associação de varejistas do país), pediu aos congressistas brasileiros que rejeitem a proposta de mudança na lei em tramitação no Senado. O projeto de lei 510/2021, apoiado pelo governo federal, pode ser votado na Casa ainda na primeira semana de maio, poucas semanas depois de o presidente Jair Bolsonaro se comprometer na Cúpula do Clima a acabar com o desmatamento ilegal no país até 2030. O grupo empresarial critica essa discrepância. No documento enviado aos congressistas brasileiros, as empresas britânicas afirmam que "consideram a Amazônia como parte vital do sistema terrestre que é essencial para a segurança do nosso planeta, e também como parte central para o futuro próspero dos brasileiros e de toda a sociedade". Florestas tropicais são fundamentais para mitigar os efeitos das mudanças climáticas, por serem capazes de armazenar quantidades enormes de gás carbônico. Sob a liderança do presidente Jair Bolsonaro, o nível de desmatamento na Amazônia é o maior desde 2008. Só neste ano, cerca de 430 mil acres (cerca de 1.700 km², pouco maior que a cidade de São Paulo) foram derrubados ou queimados, segundo levantamento do Projeto de Monitoramento da Amazônia Andina (Maap). Medidas semelhantes que flexibilizariam as regras de propriedade no Brasil chegaram a entrar em vigor no ano passado após medida provisória do governo Bolsonaro, mas a pressão, incluindo a de importadoras britânicas, levou o Congresso a deixar o texto caducar. Normalmente, mudanças na lei de regularização fundiária buscam postergar o chamado marco temporal das ocupações. Marco temporal é o prazo até o qual áreas públicas ocupadas podem ser privatizadas. Ou seja, postergando-se o marco temporal, amplia-se a quantidade de pessoas capazes de regularizar suas ocupações. Em abril, 40 parlamentares alemães enviaram aos presidentes da Câmara e do Senado brasileiros uma carta pedindo a rejeição do PL 510/2001 e outros projetos de lei que, segundo o grupo, elevariam o desmatamento e a violência contra povos indígenas no Brasil. Em sua carta aberta, o grupo de empresas britânicas afirma que os mecanismos legais vigentes têm sido "fundamentais" para que suas organizações tenham "confiança" nos produtores brasileiros. E diz que "continua aberta a porta para trabalhar com parceiros brasileiros" para desenvolver práticas de manejo sustentável da terra no Brasil. No entanto, se entrarem em vigor este projeto de lei ou outras medidas que consideram prejudicar as proteções existentes, eles "não terão escolha a não ser reconsiderar o apoio e uso da cadeia de suprimentos de commodities agrícolas brasileiras". Em 2018, os britânicos importaram quase 240 milhões de libras em soja (ou R$ 1,2 bilhão) do Brasil. Isso equivale a quase 30% — 761 mil das 2,5 milhões de toneladas — da importação média anual de soja do país, a maioria voltada à pecuária. Apenas 14% desse total têm certificação de "desmatamento zero", segundo a Iniciativa de Comércio Sustentável (STI, na sigla em inglês), uma das menores taxas da União Europeia.

quinta-feira, 29 de abril de 2021

Sputnik V: fabricante ameaça processar Anvisa por espalhar informações falsas

 Os desenvolvedores da vacina Sputnik V anunciaram nesta quinta-feira (29/04) que pretendem processar a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) “por espalhar notícias falsas”. A intenção foi confirmada por uma manifestação do responsáveis pelo twitter oficial da vacina Sputnik V. “Após a Anvisa admitir que não testou a vacina Sputnik V, pretendemos iniciar um processo de difamação no Brasil contra a agência reguladora por disseminar deliberadamente informações falsas e imprecisas”, diz a nota.  O fato foi mencionado pelo gerente de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, Gustavo Mendes, que disse em entrevista à Rádio CBN que a agência não recebeu amostras da vacina para teste e “não fez teste para adenovírus replicado”. Na segunda-feira (26/04), a Anvisa não permitiu a importação e uso do Sputnik V no país. No encontro, que durou mais de quatro horas, foram apresentadas as conclusões dos especialistas da agência e suas opiniões sobre a segurança e eficácia do medicamento russo.


*Com informações da Agência Tass

sábado, 24 de abril de 2021

Variante Covid-19 da Índia preocupa ainda mais os cientistas

 A Índia enfrenta a segunda onda de Covid-19 e registrou 315.000 novos casos da doença somente nas 24 horas desta quarta-feira (21), um recorde mundial. Uma das razões do número alto de casos pode ser a nova variante do vírus Sars-CoV-2 presente no país. Chamada de B.1.617, mais conhecida como variante da Índia, ela também foi detectada em regiões da Europa, na Austrália, África e Estados Unidos. Atualmente, a variante corresponde a 29% dos casos de Covid-19 na Índia, como registra o site científico Outbreak.info. Ela foi identificada pela primeira vez em dezembro de 2020 no próprio país.De acordo com reportagem divulgada pelo O Globo, a variante se destaca por uma mutação dupla específica (a E484Q e a L452R), uma forma inédita em conjunto. Na variação brasileira, a P1, há a mutação E484K, bem parecida – alteração também está presente nas variantes da África do Sul e na do Reino Unido. A segunda mutação da variante indiana, a L452R, foi identificada em linhagens americanas. A B.1.617 tem indícios que fazem crer que pode apresentar maior transmissibilidade. Para Miguel Nicolelis, médico, neurocientista e professor catedrático da Universidade Duke (EUA), ouvido pelo jornal O Globo, “a variante duplica a proteína de superfície do vírus, e o torna mais transmissível”. Nicolelis pediu na quarta-feira (21/04) que o Brasil interrompa os voos vindos da Índia.

quarta-feira, 21 de abril de 2021

Bruno Covas tem avanço no tumor que o acomete

Exames divulgados nesta quarta-feira (21/04) mostraram um avanço no tumor que acomete o prefeito de São Paulo, Bruno Covas. A equipe médica do Hospital Sírio-Libanês informou que as novas lesões no fígado e nos ossos do prefeito levaram ao acúmulo de líquido nos pulmões e na região abdominal, decorrente da inflamação dos tumores na região. Em razão deste quadro, foram instalados drenos desde segunda-feira para retirada do líquido, o que impediu a alta do prefeito.

terça-feira, 20 de abril de 2021

Prefeito Greca, de Curitiba, sofre AVC

O prefeito de Curitiba, Rafael Greca, teve uma indisposição na manhã da terça-feira (20/04) e precisou ser hospitalizado. Os médicos diagnosticaram um Acidente Vascular Cerebral isquêmico (AVC). O prefeito tem 65 anos e tomou a primeira dose da vacina Coronavac, do Instituto Butantan, contra a Covid-19 no último sábado (17/04). Ele está internado no Hospital Nossa Senhora das Graças para observação, sem ter apresentado comprometimento cognitivo ou motor. De acordo com os médicos, Greca encontra-se clinicamente alerta, em bom estado geral, com sinais vitais estáveis, participativo e dialogando. O prefeito segue em observação na UTI do hospital. 

sexta-feira, 16 de abril de 2021

Economia da China tem crescimento recorde no 1º trimestre

 A economia da China deu mais um sinal de retomada e bateu recorde de crescimento no primeiro trimestre, com alta de 18,3% na comparação com o mesmo período do ano passado. No trimestre inicial de 2020, o produto interno bruto (PIB) chinês havia despencado 6,8% na base anual, primeiro resultado negativo no país desde o início da série histórica, em 1992. De acordo com o Gabinete Nacional de Estatística, o crescimento no primeiro trimestre de 2021 em relação aos três meses anteriores foi de 0,6%. A China é a única entre as grandes economias do mundo a ter registrado crescimento no ano passado (2,3%), ainda que esse tenha sido seu pior resultado em mais de quatro décadas. "A economia nacional teve um bom início", comentou o porta-voz do Gabinete Nacional de Estatística, Liu Aihua, admitindo, no entanto, que boa parte do resultado se deve à contração histórica do primeiro trimestre de 2020. A China prevê uma expansão de 6% no PIB em 2021, primeiro ano do novo plano econômico quinquenal do governo, que se baseia no incentivo ao consumo interno e na produção de alto valor agregado.

sexta-feira, 9 de abril de 2021

China eleva previsão de importação de milho para 22 milhões de t em 2020/21

 O Ministério da Agricultura da China elevou significativamente sua previsão para as importações de milho 2020/21 na sexta-feira (09/04), refletindo a demanda real do mercado pelo grão devido a um aumento nos preços domésticos da safra durante o ano. A China deve importar 22 milhões de toneladas de milho em 2020/21, informou o Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais, dobrando sua previsão de 10 milhões de toneladas anunciada no mês passado. O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) já projetou que as importações de milho da China em 2020/21 chegariam a 24 milhões de toneladas.No curto prazo, a oferta e a demanda de milho doméstico serão basicamente equilibradas, e é improvável que os preços (do milho) subam ou caiam significativamente, disse o Ministério da Agricultura em comunicado publicado junto com o relatório. Segundo o Ministério da Agricultura da China, a área de milho no país deve ficar em 41,264 milhões de acres, a produção em 267 milhões de acres e o consumo de milho em 289,16 milhões de toneladas na temporada 2020/21.  A cotação no Paraná e em São Paulo para a saca de 60 Kg de milho já bate quase R$ 100,00.

segunda-feira, 29 de março de 2021

Jornal Metroplex - 1 ano

Minha entrevista sobre o 1º ano de sucesso do nosso jornal Metroplex. Agradeço à toda a equipe da editora Frizz Mídia mesmo diante de todas as adversidades do período 2020-2021 o veículo de comunicação vem se consolidando como um dos mais notáveis do Estado do Paraná. Acesse a versão digital e em alta definição na íntegra em www.metroplex.com.br !  #Metroplex1ano
 


segunda-feira, 22 de março de 2021

Positivo Informática cresce na crise

 Home office, homeschooling, comércio fechado e restrição de mobilidade: em 2020, o cenário pandêmico global fez explodir a demanda para as empresas de tecnologia. As famílias com condições investiram em novos notebooks ou tablets, já que apenas um aparelho em casa não era suficiente para o trabalho dos pais e a escola remota das crianças, enquanto as companhias tiveram que se adaptar ao distanciamento, trocando os desktops dos escritórios por notebooks que foram levados para casa pelos funcionários. Esse movimento ajudou a Positivo Tecnologia (POSI3) a ter um salto de 2.717% no lucro líquido do quarto trimestre do ano passado, na comparação com igual período de 2019, passando de R$ 5,317 milhões para R$ 149,8 milhões. No acumulado de 2020, o lucro da empresa chegou a R$ 195,84 milhões, crescimento de 839,4% sobre o ano anterior. A receita líquida subiu 59,4% no trimestre e 14,5% no ano, perto de R$ 2,2 bilhões entre janeiro e dezembro. O executivo destacou a mudança no segmento “consumer”, com muitas famílias comprando mais notebooks e montando uma estrutura de equipamentos mais robusta em casa para trabalho, estudo e lazer. E, embora muitas famílias já tenham comprado os dispositivos no ano passado, ainda há muito espaço para vender os produtos, segundo Moraes. “O mercado global de computadores atingiu 302 milhões de unidades em 2020, crescimento de 13% sobre 2019. Se a gente pega a média de 2015 a 2019, os institutos estimam um crescimento bastante forte em 2021, de 30% acima dessa média. Existe uma demanda represada no Brasil. O Brasil já representou mais de 4% do mercado global, mas ano passado esse percentual estava em apenas 2%. Se a gente imaginar uma melhora de ambiente econômico local, a gente pode se aproximar dos 3%”, afirmou.

quarta-feira, 17 de março de 2021

Fiocruz entrega primeiro lote de vacinas produzidas no Brasil

 Finalmente algo bom para ser comemorado! A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) iniciou nesta quarta-feira (17/03), a entrega das primeiras vacinas produzidas pela instituição. Trata-se do imunizante da Universidade de Oxford desenvolvido em parceria com a farmacêutica AstraZeneca. Esse primeiro lote contém 500.000 doses e outras 580.000 serão enviados ao Ministério da Saúde na sexta-feira 19. Serão ao todo 1 milhão e 80 mil doses entregues ao Programa Nacional de Imunizações (PNI). Com o registro definitivo, concedido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na última sexta-feira 12, a Fiocruz passou a ser a detentora do primeiro registro de uma vacina Covid-19 produzida no país. Ainda em março, serão entregues, ao todo, 3,8 milhões de vacinas e a Fiocruz afirmou, por meio de nota, que já iniciou o escalonamento gradual da produção. Na última sexta, uma segunda linha de produção entrou em operação, o que vai permitir o aumento da capacidade produtiva de Bio-Manguinhos/Fiocruz. “A expectativa é chegar até o final do mês com uma produção de cerca de um milhão de doses por dia”, declarou a instituição.

domingo, 14 de março de 2021

3 a cada 10 pessoas têm depressão por falta de exercícios na pandemia

 A pandemia da covid-19 mudou o dia a dia e, como não poderia ser diferente, o tempo para atividades físicas foi deixado de lado. Preocupados com o assunto, pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) desenvolveram um estudo que mostrou a relação direta da falta de exercícios durante a quarentena e o nível de ansiedade e depressão.A pesquisa foi realizada por meio de um questionário on-line, respondido por 1.853 voluntários, sendo 1.110 mulheres e 743 homens, de todo o Brasil. A constatação foi de que 30% dos participantes apresentaram sintomas de depressão de grau moderado a grave e 23,3%, sintomas de ansiedade de grau moderado a grave. “As pessoas responderam sobre os hábitos de exercícios antes da pandemia, durante da pandemia e, como estavam em relação à ansiedade e depressão. Os números que chegamos foram alarmantes, porque é uma frequência muito alta de pessoas com alterações na saúde mental”, afirma Marília Andrade, coordenadora do estudo e professora do Departamento de Fisiologia da Escola Paulista de Medicina (EPM/Unifesp).O nível de atividade física caiu significativamente: antes da quarentena, 69% dos voluntários eram classificados como muito ativos, contra somente 39% durante a pandemia. As pessoas que diminuíram o nível de atividade apresentaram mais sintomas de ansiedade e depressão. Outro dado que os pesquisadores salientam é a maior incidência de casos de depressão e ansiedade entre pessoas com baixa renda e jovens. Marília acredita que, nesse caso, os entrevistados também são influenciados por outros fatores. “O nível de exposição às mídias sociais sobre número de mortos, infecção que o jovem está mais exposto, talvez seja uma explicação para ter mais incidência. Entre as pessoas de baixa renda, as questões sociais, preocupações com manutenção de empregos devem ser apontados também como causa para esse quadro”, afirma a coordenadora do estudo. No momento em que o Brasil atinge o pior momento da pandemia e as regras de isolamento estão mais rígidas e a preocupação com a saúde mental aumenta. A recomendação é seguir as práticas esportivas, mesmo em casa, segundo a pesquisadora. “É importante criar uma rotina e ter um momento do dia para se dedicar apenas às atividades físicas. Não é uma resposta definitiva, mas a indicação é manter alguma atividade para tentar equilibrar as saúde mental”, indica Marília Andrade.

sábado, 13 de março de 2021

'Fomos empurrados para o pior pelo desrespeito às normais sanitárias', diz Greca sobre bandeira vermelha

Em postagem nas redes sociais na manhã do sábado (13/03), o prefeito de Curitiba Rafael Greca disse que "fomos empurrados para o pior pelo desrespeito às normas sanitárias". A declaração foi feita no no primeiro dia de bandeira vermelha na capital paranaense devido ao rápido avanço da covid-19 e o colapso na rede de saúde. Nesta sexta-feira (12/03), Curitiba registrou o recorde de mortes anunciadas em um único dia: 34. A cidade tem 13.372 casos ativos de covid e a taxa de ocupação de leitos de UTI chegou a 96%. "A Lei de Deus #NãoMatarás nos obriga ao Respeito à Vida. Após um ano de luta estamos exauridos - mas jamais sem esperança. O Brasil adoeceu e Curitiba não escapou disto. Hoje não vou dar bom dia, vou pedir #SepuderFiqueEmCasa. Por sua vida e dos demais #NovaCêpaMataRápido  Fomos empurrados para o pior pelo desrespeito a normas sanitárias que nem são tão difíceis de cumprir: usar máscara, lavar as mãos, evitar participar ou promover aglomerações. Fechamos a Cidade pelo Bem da nossa Terra e da nossa gente. #PorRespeitoàVida", postou o prefeito. 

segunda-feira, 8 de março de 2021

Governo do Paraná estuda novas medidas para ajudar empresas e trabalhadores

O governador Ratinho Junior instituiu ontem um grupo de trabalho para discutir novas medidas econômicas para as empresas e os trabalhadores atingidos direta ou indiretamente pela pandemia. O objetivo é acelerar programas ainda embrionários para disponibilizar, além de crédito e inovações tributárias, formas de auxiliar financeiramente empresas e setores impactados pelas restrições de circulação. “É um grupo específico de apoio a pequenas empresas, pequenos negócios, àqueles segmentos que foram muito penalizados na pandemia, como bares e restaurantes. A ideia é ter ações mais rápidas e anunciar algumas novidades já na próxima semana”, disse Guto Silva, chefe da Casa Civil. “O objetivo é auxiliar de maneira concreta, socorrer alguns segmentos que não tiveram alternativa. A ideia é identificar boas práticas, boas ideias, e colocar de pé essas iniciativas no Paraná”. O grupo vai apresentar já na próxima segunda-feira (15) algumas novidades. O objetivo é direcionar as ações para micro e pequenos empreendedores, lojistas e comerciantes, além de prestadores de serviços e profissionais ligados ao setor cultural e de turismo. A ideia é manter os empregos, o que garante renda para as famílias, e a roda da economia girando perto da normalidade, com ações ainda mais incisivas do que as adotadas em 2020. Farão parte do grupo de trabalho instituído pelo Decreto 7.033/2021 o Gabinete da Governadoria, a Vice-Governadoria, a Casa Civil, as secretarias de Planejamento e Projetos Estruturantes e Fazenda, a Invest Paraná, a Fomento Paraná e o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). Esse grupo também será um canal de comunicação com o setor produtivo durante a pandemia e terá entre 30 e 60 dias para elaborar um relatório das ações. Pacote - Na sexta-feira (05), o governador Ratinho Junior apresentou para a sociedade um pacote de estímulo ao crédito. A linha Recupera Paraná foi reativada e destinará R$ 10 milhões para atender empreendedores informais e MEIs. Além disso, os empreendedores que pegaram empréstimos por essa linha no ano passado terão o pagamento das parcelas suspenso por dois meses. O BRDE também repassará R$ 30 milhões, com juros subsidiados, para ampliar a disponibilidade de crédito dos programas Banco da Mulher Paranaense e Banco do Empreendedor, da Fomento Paraná. O BRDE e a Fomento Paraná ainda vão destinar R$ 120 milhões a empreendimentos que trabalham com o turismo, beneficiando o setor hoteleiro e o de serviços.

terça-feira, 2 de março de 2021

‘É uma situação de guerra’, diz diretor-geral do Hospital do Trabalhador sobre leitos Covid

 Para tentar melhorar o atendimento dos mais de 200 pacientes diagnosticados com Covid-19 que estavam à espera de um leito de UTI até o último fim de semana, o Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR) editou uma norma para flexibilizar o número de médicos e leitos de internação em enfermarias e UTI, neste último domingo, 28 de fevereiro. “Com isso, conseguimos ampliar o número de leitos de UTI de 78 para 81 e atender uma jovem gestante, de 25 anos, de oito meses de gravidez e que estava entubada em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA)”, revela o diretor-geral do Complexo do Hospital do Trabalhador, Geci Labres de Souza Junior. “É uma situação de guerra e de extrema excepcionalidade”, explicou. “E infelizmente, deve piorar porque ainda não se passaram duas semanas do Carnaval”, diz o diretor citando os casos de aglomeração registrados no período. Souza Junior explica que, pelas normas, cada UTI precisa de um médico, um enfermeiro e dois técnicos de enfermagem para cada 10 pacientes. Com a mudança, agora cada equipe pode cuidar de 12 pacientes. “ Agora temos no Complexo do Hospital do Trabalhador mais 3 leitos extraordinários”, diz e ressalta que esse ‘é o limite do limite’. “Não temos mais leitos e não temos mais profissionais para atender mais leitos”, afirma. Segundo os dados do Sistema de Saúde, no Paraná nesta segunda-feira, 1º de março, havia 555 pessoas em fila de espera por um leito. Destes, 40% precisam de um leito de UTI. Souza Junior lembra que os 3 leitos criados já estavam ocupados e não há expectativas de liberação. “Infelizmente, temos registrado uma média de 2 a 4 mortes por dia na UTI e essa é única possibilidade de liberação de leitos no momento”, afirma.  Dos 81 pacientes que estavam na UTI do HT, Souza Junior ressalta que todos eram gravíssimos e, de acordo com os números da pandemia, o índice de mortalidade está em 30%. “Mas infelizmente na última quinta-feira, registramos sete mortes”, conta. O diretor-geral alerta que nessa onda de Covid-19 não há mais grupo de risco. Ele ressalta que é importante que ‘as pessoas saibam que não temos como cuidar de quem não se cuida’. “Não temos mais leitos, não temos mais médicos, não temos mais profissionais para atender os doentes que estão chegando”, diz. O médico alerta que o número de contaminados cada vez mais novos está crescendo. “Os jovens estão adoecendo mais e mais rápido e precisam de uma UTI, quando não morrem rapidamente”, conta. Ele cita que pacientes com 25 anos e 30 anos estão internados em estado gravíssimo nas UTI. O tempo de internação destas pessoas é de 20 a 30 dias, mas há pacientes internados a 45 dias. Sobre a possibilidade do Paraná viver uma situação parecida com a que ocorreu em Manaus, Souza Junior diz que o sistema hospitalar do Paraná é mais robusto. “Mas estamos em uma situação que beira o caos e, se as pessoas não se cuidarem poderemos ter gente morrendo sem atendimento”, finalizou ele.

Mais jovens são os mais afetados na segunda onda

Esta segunda grande onda da Covid-19 no Paraná vem com uma característica diferente e importante da primeira onda. Se aquela atingia mais os idosos e portadores de comorbidades, esta nova onda tem afetado mais os jovens, sobretudo na faixa dos 25 até 30 anos, boa parte sem pertencer a grupos de risco. O fato já havia sido assinalado pelo governador Ratinho Jr. no mês passado, assim como pela secretária de Saúde de Curitiba, Márcia Huçulak. Ontem, o governo de São Paulo fez o mesmo alerta, de aumento de casos entre os mais jovens. Segundo o governo, tem crescido o número de pacientes entre 30 e 50 anos, sem doença prévia. “O aspecto clínico dos pacientes é diferente daquele que víamos na 1ª onda. Antes eram idosos e portadores de doenças crônicas, o que chamamos de comorbidade. Hoje é de 60% mais jovens, na faixa de 30 a 50 anos, sem doença prévia”, disse o secretário de Saúde, Jean Gorinchteyn, em entrevista ao Jornal ‘O Estado de S. Paulo’. Assim como no Paraná, têm se verificado que este grupo fica mais tempo na UTI.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

Presidente do Senado quer autorizar setor privado a comprar vacinas

 O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), apresentou um projeto de lei para permitir ao poder público assumir riscos referentes à vacina contra covid-19 e autorizar o setor privado a comprar doses do imunizante. A proposta foi protocolada após reunião no dia anterior com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. De acordo com o projeto de Pacheco, a União, os Estados e os municípios poderão assumir os riscos referentes à responsabilidade civil de eventos adversos após a vacinação, desde que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tenha concedido o registro ou a autorização temporária de uso emergencial do imunizante. A intenção é agilizar a compra de laboratórios que exigem esse tipo de cláusula contratual, como os produtores da Pfizer e Janssen. Nesta terça-feira, 23, a Anvisa aprovou o registro definitivo da vacina produzida pela Pfizer no País. Há divergências, porém, em relação a cláusulas impostas pela farmacêutica, como a previsão de que a União assuma riscos e custos de efeitos colaterais. O texto de Pacheco também autoriza as empresas privadas a comprar doses dos laboratórios. As companhias, porém, deverão doar os produtos integralmente para o Sistema Único de Saúde (SUS). O setor privado só estará autorizado a comercializar ou utilizar as vacinas diretamente após o término da imunização dos grupos prioritários, como idosos e profissionais de saúde, pelo setor público. "Desse modo, estaremos colaborando com o Poder Executivo da União, Estados, Distrito Federal e municípios para o enfrentamento dessa crise tão aguda e grave, que tanto mal tem causado ao povo brasileiro", afirmou Pacheco na justificativa do projeto. 

Polêmica

Tanto a cláusula quanto a compra pelo setor privado são alvos de polêmica no Senado. O líder do PSD na Casa, Nelsinho Trad (MS), apresentou um projeto diferente, autorizando a aquisição por empresas para que as doses sejam aplicadas diretamente nos funcionários, respeitando as prioridades. A proposta de Trad cria o Programa de Vacinação dos Trabalhadores (PVT) e permite que até 50% das doses sejam doadas para o SUS. "O empresário dificilmente vai querer comprar para o SUS. Ele tem que vacinar sua massa laboral. Nós temos que criar alternativas e acelerar a vacina no braço do povo", disse o líder do PSD ao Estadão/Broadcast. Os dois projetos poderão ser discutidos em um só ou até incorporados na votação de uma medida provisória, o que aceleraria a votação. "A população não quer saber se vem do ministério, do Doria, do Bolsonaro ou do Senado. Ela quer a vacina no braço."

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

Cotações em alta para boi e soja

Os preços da carne bovina voltaram a recuar no atacado, de acordo com a consultoria Safras & Mercado. O corte traseiro caiu para R$ 19,90 o quilo, enquanto que o dianteiro e a ponta da agulha ficaram estáveis a R$ 15,50 o quilo. O analista Fernando Iglesias aponta que as desvalorizações no atacado são as primeiras sinalizações de inversão da tendência de alta da arroba. Apesar disso, o indicador do boi gordo do Cepea subiu 0,50% na comparação diária e passou de R$ 302,25 para R$ 303,75. Dessa forma, a cotação voltou a renovar a máxima nominal histórica da série do instituto. Em 2021, a alta acumulada chegou a 13,70%.  Já o indicador da soja do Cepea, calculado com base nos preços praticados no porto de Paranaguá (PR), recuou 0,2% e passou de R$ 164 para R$ 163,70 por saca. Foi o menor nível da cotação desde 5 de janeiro. Ainda assim, no acumulado do ano, os preços já avançaram 6,4%. Apesar do dólar voltar a se aproximar dos R$ 5,45, o avanço da colheita vai enfraquecendo as cotações. Em Chicago, os contratos futuros da soja acompanharam o movimento de desvalorização observado no milho e recuaram 0,59%, de US$ 13,846 para US$ 13,764 por bushel. A expectativa de aumento da área a ser plantada nos Estados Unidos em 2021 pressionou o mercado.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

Secretário da Fazenda do Paraná assina carta que cobra mais dinheiro para 2ª onda de Covid-19

 Os secretários estaduais de Fazenda encaminharam carta ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, na qual pedem mais recurso para enfrentar a segunda onda da pandemia da Covid-19 e alegam que que redução de custeio de leitos pelo governo federal aflige os estados. O documento do Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda dos Estados e do DF (Comsefaz) é assinado por representantes dos 26 estados e do Distrito Federal, que solicitam a liberação de mais recursos. O secretário da Fazenda do Paraná, Renê de Oliveira Garcia Junior, também assina o documento. “Durante a primeira onda foi possível mobilizar estruturas existentes para atender a demanda da pandemia. A partir da segunda onda, essa estratégia não é viável, posto que condições preexistentes voltaram a crescer e coexistem com uma quádrupla carga de doenças: Covid-19, causas externas, doenças crônicas degenerativas e outras doenças infectocontagiosas e metabólicas/nutricionais conhecidas”, diz o texto. Os secretários afirmam que é necessário investimento “na rede de frio, testagem e transporte, assim como mobilização de recursos humanos e materiais para garantir adequada estruturação dos hospitais”. “Leitos não são uma estrutura que se mobiliza e desmobiliza em semanas. As ampliações envolvem contratos de médio prazo, programação de suprimentos, revisão de perfis de unidades hospitalares. Toda a mobilização não é viável às expensas exclusivas de recursos próprios, mediante a expectativa de faturamento do leito”, continua o documento.Na carta, os secretários de Fazenda destacam que os estados “não são prestadores de serviços do SUS, são gestores do Sistema (Único de Saúde), assim sendo, necessitam de programação financeira e autonomia para decidir seus investimentos e contratos”. A carta é feita um dia depois de reunião dos governadores com Pazuello, na qual, segundo os gestores,  o ministro não foi claro ao ser questionado sobre o problema da falta de leitos de UTI. No mesmo encontro com governadores, Pazuello falou, sem muitos detalhes, da possibilidade de adotar um novo modelo de financiamento. O ministro disse que a pasta quer pagar apenas por leitos utilizados, mas enfrentou protestos dos governadores, que disseram que enfermeiros e médicos são pagos pela jornada de trabalho, não pela produtividade. Ou seja, existe um custo fixo dos leitos, que não deriva exclusivamente do uso deles. Os secretários de Fazenda também abordaram o tema na carta, e pediram que o governo federal “mantenha o mecanismo já consolidado no SUS de habilitação e custeio fixo dos leitos de UTI-Covid”.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

Assocon: ‘Boi gordo estaria em R$ 340 se tivesse acompanhado os custos’

A arroba do boi gordo passou de R$ 300 em São Paulo nesta semana. Porém, de acordo com o presidente da Associação Nacional da Pecuária Intensiva (Assocon), Maurício Veloso, o patamar atual não se reflete em lucro para o invernista. Ele afirma que os custos subiram quase o dobro do valor oferecido pelo animal terminado. “O boi deveria estar valendo ao redor de R$ 340 para fazer frente aos gastos”, diz. Veloso diz que a pecuária brasileira precisa encontrar um equilíbrio, porque o poder aquisitivo do mercado interno, principal consumidor da carne bovina brasileira, não consegue absorver patamares muito mais altos do que os atuais. “E se atendemos o consumidor com preços mais baixos, não conseguimos atender a reposição. O boi vendido não compra um bezerro”, afirma.

Taxa de câmbio encarece os insumos

O dólar mais alto, que favorece as exportações brasileiras ao dar competitividade no mercado internacional, também eleva os preços de insumos usados na pecuária. Além disso, com a irregularidade das chuvas no Centro-Oeste e a baixa disponibilidade de bezerros nos últimos anos, a oferta de animais de pasto está menor. “O que temos são animais muito jovens requerendo milho, farelo de soja, resíduos de algodão, pasto adubado e manejo diferenciado. Os custos de produção estão dificultando a adoção de todo esse pacote tecnológico”, afirma Veloso, reforçando que a pecuária moderna não pode abrir mão desses insumos. “Essa elevação é inevitável, e está muito difícil de encontrar esse equilíbrio”.

Situação da pecuária brasileira e tendência para o boi gordo

Para a Assocon, o tamanho real do rebanho bovino do Brasil não corresponde às projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). “Essa diminuição do rebanho, notadamente a partir de 2020, 2012 para cá, mostra o empobrecimento do pecuarista. Muitos foram saindo do negócio, da cria, abatendo muitas fêmeas, o que resultou na baixa oferta da reposição e obviamente uma restrição de boi gordo”, relata. Quanto ao futuro, Veloso acredita que a tendência para os grãos é de preços ainda mais altos, por isso ele recomenda que o pecuarista adquira os insumos necessários para o ciclo. “Isso não vai continuar nos patamares atuais. Acredito em uma majoração para milho e soja, em decorrência de todos os outros insumos”, diz. Do ponto de vista do consumo de carne bovina, o presidente da Assocon está otimista. Ele vê sinais de que a economia brasileira está em recuperação, o que deve estimular o consumo da proteína.

sábado, 30 de janeiro de 2021

Atraso em vacinação: R$ 150 bilhões a menos no PIB neste ano

 A lentidão e a desorganização no programa nacional de vacinação contra a covid-19 vão retirar pelo menos dois pontos porcentuais do Produto Interno Bruto (PIB) do País em 2021. Segundo cálculos do economista Bráulio Borges, da consultoria LCA, caso 70% dos brasileiros fossem vacinados até agosto, a economia cresceria 5,5% neste ano. Se a vacinação atingir esse patamar apenas em dezembro - hipótese que hoje já é considerada otimista -, o crescimento do PIB deve ficar entre 3% e 3,5%. Nesse cenário, o País deixará de movimentar R$ 150 bilhões.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Aeroportos dos Estados Unidos vão parar de exibir a CNN

 Mais de 50 aeroportos dos Estados Unidos deixarão de exibir as notícias da rede CNN nos saguões e salas de embarque e o serviço de notícias para aeroportos do canal será extinto a partir de 31 de março. A informação foi confirmada em comunicado oficial pelo próprio presidente do canal, Jeff Zucker. Segundo o executivo, a CNN Worldwide decidiu fechar a CNN Airport Network, braço da empresa especializado em fornecer conteúdo para passageiros dos grandes terminais norte-americanos. Os motivos, de acordo com Zucker, são o drástico declínio das viagens aéreas durante a pandemia e um número cada vez maior de pessoas “consumindo conteúdo em seus dispositivos pessoais” em vez de assistir às transmissões. A CNN Airport Network nasceu em 1991, a partir de um contrato especial com os aeroportos Dallas-Fort Worth, Atlanta e Chicago O’Hare. A proposta era fornecer conteúdo adaptado do canal principal, 24 horas por dia. As matérias exibidas são mais curtas, objetivas, sem nunca envolver informações sobre desastres aéreos ou violência.

terça-feira, 26 de janeiro de 2021

Pode faltar gado para abate em Mato Grosso neste ano, alerta Sindifrigo

 Mato Grosso corre o risco de não ter gado suficiente para o abate a partir deste ano, comprometendo as operações do setor frigorífico que gera mais de 24 mil empregos no estado. De acordo com Paulo Bellincanta, presidente do Sindicato das Indústrias de Frigoríficos do Estado de Mato Grosso (Sindifrigo-MT), as exportações de animais vivos para serem abatidos em outros estados e também em outros países é o principal motivo por essa situação que traz prejuízos enormes para diversos segmentos. Bellincanta diz que situação semelhante foi vivenciada pelo setor em meados de 2015, quando vários frigoríficos mato-grossenses suspenderam as atividades temporariamente por falta de matéria-prima para o abate. “A história tende a se repetir, caso não exista imediatamente uma ação direcionada para a equação do problema. A evasão da matéria-prima com a saída de mais de 93 mil animais em único mês representa o abate de nove indústrias de porte médio”, ressalta. A falta de matéria-prima já é uma realidade sentida na formação de escalas de abate e a tendência é de que se agrave muito mais em 2021, quando faltarão os animais jovens que hoje deixam o estado. Bellincanta diz que a falta de gado pode ocorrer por causa da diferença tributária na comercialização dos animais vivos de um estado para outro, algo bastante prejudicial para os produtores de Mato Grosso e para a economia do estado que seria alavancada se a industrialização dessa matéria-prima ocorresse em Mato Grosso. Atualmente, a diferença de custo na produção que chega a 10% considerando-se tributos e logística já é um desafio diário para quem produz em Mato Grosso por causa da localização a 2 mil quilômetros de distância de um porto. “Não há como suportar outros fatores sem o entendimento dos governos de que só é possível um certo grau de industrialização com um certo apoio do poder constituído”, pontua Paulo Bellicanta.