sábado, 31 de maio de 2008

A aplicação do "Paraná Previdência"

O governador Roberto Requião afirmou ontem que vai enviar à Assembléia Legislativa projeto de lei obrigando a aplicação de todos os recursos públicos em bancos oficiais. A declaração foi feita por ele no Palácio das Araucárias, logo depois de reassumir o Governo do Paraná após viagem oficial à Alemanha. “Por que eu determino a aplicação em um banco público? Porque nesses não pode haver nenhum processo de corrupção e de vantagem para o aplicador. O BB não pode pagar comissão para ninguém, nem a Caixa. Isso não ocorre com um banco privado”, justificou. As suspeitas em torno da aplicação de recursos do Paraná Previdência – fundo de aposentadoria dos servidores públicos estaduais – em um banco privado, levaram ontem a liderança do governo Requião na Assembléia Legislativa a fechar um acordo com a bancada de oposição para levar os diretores da instituição à Casa para explicar a operação. A decisão foi motivada pelas notícias de que o diretor de Finanças e Patrimônio do órgão, Mário Lobo Filho, teria autorizado, sem a aprovação do Conselho de Administração do Paraná Previdência, a aplicação de R$ 50 milhões em recursos do fundo no banco Pactual, contrariando a orientação do governador Roberto Requião (PMDB), de restringir esse tipo de investimento a instituições financeiras públicas. No final da tarde de ontem, e diante da repercussão das notícias, a diretoria do Paraná Previdência decidiu resgatar o dinheiro aplicado no Pactual, e nos bancos privados Bradesco e Unibanco.

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