segunda-feira, 21 de julho de 2008

Senador condena os empréstimos do BNDES

O senador Alvaro Dias (PSDB) apontou o que considera um desvio de finalidade nas funções do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Alvaro Dias disse que não há transparência, especialmente em financiamentos para obras no exterior. Para o tucano, não há transparência nos empréstimos, especialmente em financiamentos para obras no exterior. Ainda na opinião do vice-líder do PSDB, o banco deveria priorizar os empreendimentos no Brasil. "Esses empréstimos sucessivos e excessivos são, no mínimo, estranhos. Ainda em 2005, pedi auditoria à Mesa Diretora do Senado sobre essas transações do BNDES com detalhes, taxas de juros, prazos e financiamentos, entre outras informações. Mas o governo empurra com a barriga e os requerimentos foram praticamente ignorados", criticou. Para o tucano, o banco promove "evasão de divisas" e o governo brasileiro é generoso em excesso. Semana passada, o BNDES anunciou a destinação de US$ 650 milhões para a construção de uma estrada de ferro na Colômbia, a Ferrovia del Carare, destinada a transportar carvão para a exportação. A obra, que já tem o aval do governo brasileiro, terá 212 quilômetros, podendo se estender para mais 200. Para o tucano, esse dinheiro deveria ser utilizado para modernizar a infra-estrutura do Brasil, e não do país vizinho. "Ao invés de gerar emprego no Brasil, de melhorar a infra-estrutura no nosso país, o governo investe no exterior. Precisamos de uma política para fomentar a infra-estrutura local, aumentar a competitividade e a geração de emprego", defendeu. Segundo dados do banco, a linha disponível para investimentos no exterior podem chegar a US$ 10 bilhões. E o governo estuda ainda medidas para facilitar os empréstimos para países com dificuldade para apresentar garantias. "O BNDES, quando foi criado, tinha objetivo de fomentar a infra-estrutura do país. Incentivar os setores aeroviários, portuários e ferroviários. Agora o governo quer facilitar os empréstimos destinados a obras no exterior. Isso é inexplicável", reiterou Alvaro.

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