quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Votorantim tenta vender participação na CPFL

Pressionado pelas perdas de mais de R$ 2 bilhões com derivativos, o Grupo Votorantim está tentando vender sua participação na CPFL, a maior companhia privada do setor elétrico brasileiro. Segundo fontes próximas às negociações, semanas atrás ele já teria oferecido sua parte para a Camargo Corrêa, com quem divide sociedade na VBC Energia, ao lado de alguns fundos de pensão, mas o grupo recusou. A Cemig, por sua vez, estaria interessada em comprar e já teria feito proposta, segundo fontes. O objetivo do Votorantim é reforçar o caixa num momento de baixa liquidez no mercado financeiro e de crédito caro e raro. O grupo pediu cerca de R$ 2 bilhões pelos seus 14,2% na companhia. A Camargo Corrêa achou o preço alto, embora o valor pedido seja o de mercado - a CPFL vale hoje R$ 14,5 bilhões na Bovespa. Além disso, está satisfeita com a participação que já detém na companhia. Mesmo assim, estaria disposta a ajudar o sócio a encontrar um comprador, de preferência de "boa família". De acordo com pessoas que acompanham a negociação, o Votorantim estaria mostrando pressa em concluir a operação. Procurado, o grupo não quis se pronunciar. O Votorantim vive um momento delicado. Além das perdas de R$ 2,2 bilhões com derivativos, também teve prejuízos com operações do gênero na Aracruz, onde detém participação, e com a queda do preço das matérias-primas (commodities) no mercado internacional. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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