segunda-feira, 1 de junho de 2009

Concordata da GM e reflexos no Brasil

A empresa que ocupou o posto de maior montadora do mundo durante sete décadas e que também já foi a maior empregadora dos Estados Unidos sofreu, segundo o jornal britânico Financial Times, uma “humilhante queda” ao pedir concordata à Justiça de Nova York nesta segunda-feira. A decisão pragmática da GM de reconhecer a nada glamourosa realidade faz parte de um acordo com o governo americano, que terá de emprestar mais 30,1 bilhões de dólares à montadora. Em troca, os EUA e o Canadá passarão a deter 72,5% das ações da GM. A concordata permitirá que a montadora separe os ativos ruins naquilo que vem sendo chamado de “Velha GM”. Espera-se que a “Nova GM” passe por um período intenso de reestruturação que lhe permita voltar a ser competitiva. A montadora, que hoje possui 230.000 funcionários e fabrica 20.000 carros por dia em todo o mundo, deverá fechar mais 11 fábricas. Parte das operações como a divisão europeia Opel e alguns modelos como o jipão Hummer deverão ser vendidos a concorrentes. O destino da unidade brasileira da GM ainda é uma incógnita. A filial acompanha de perto as negociações sobre a venda da Opel para a fabricante canadense de autopeças Magna - que está praticamente fechada. Esse acordo é de extrema importância para a GM do Brasil porque a Opel desenvolveu todos os modelos da marca lançados no país - com exceção do Celta e de picapes. Por isso, a unidade brasileira da GM terá de iniciar negociações com a Magna para estabelecer as regras de uma nova parceria.

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