segunda-feira, 29 de junho de 2009

Requião e a eleição de 2010

A escolha é do PT, não é mais nossa. Esta foi a resposta dada hoje pelo governador Roberto Requião, ao ser questionado sobre a possibilidade de uma aliança com os petistas, em torno da candidatura do senador Osmar dias (PDT) ao governo. Segundo o governador, o PMDB já definiu sua situação e o candidato é o vice-governador Orlando Pessuti. “O PT é problema dos petistas. Eu quero uma aliança com o PT, eu acho que é uma aliança boa, agora o PT não pode pretender que eu renegue tudo aquilo que me levou a fazer política: a defesa dos interesses populares, defesa da cidadania, respeito aos movimentos sociais, política de estimulo aos pequenos empresários, rejeição ao pedágio. Ficaria muito ruim para mim renegar tudo que me levou ao governo do Estado. Nem meus filhos me respeitariam mais”, acrescentou. Ao ser indagado sobre a existência de uma corrente dentro do PMDB que prefere uma aliança com os tucanos, especialmente deputados estaduais, Requião reforçou: “Sempre existe em qualquer partido tem desvios pela direita, desvios para a esquerda e tem uma parte que quer trabalhar com o PSOL”. Sobre as críticas que vem fazendo ao agronegócio, ao qual o senador Osmar Dias (PDT) é ligado, Requião minimizou: “Não é com o agronegócio, são algumas posturas relativas aos transgênicos, ao monopólio das multinacionais, aos prejuízos que o porto de Paranaguá está tendo (são 450 milhões por ano por ano porque não podemos exportar soja convencional, somos obrigados a misturar). O agronegócio é bom para a balança comercial. O que não é bom é o monopólio”, completou. O governador também listou as condições que considera essenciais para dar continuidade as ações de seu governo. Para ele são as condições que o Orlando Pessuti já assumiu. “Como vice-governador alguém já viu o Pessuti contrariar uma política de governo? Agora, tem que transformar isso em programa de campanha. São as políticas populares, as políticas sociais, a garantia de isenção para a micro e pequena empresa, fundo de aval, as políticas que fizeram que fizeram o Paraná crescer 4.1 enquanto o Brasil perdeu 10% de sua produção industrial. Foi o único estado do Brasil que apresentou um crescimento. Todos os outros tiveram perdas”, explicou. Roberto Requião também explicou o ato secreto que exonerou o seu irmão e ex-secretário de Educação, Mauricio Requião, na época em que era senador. “Eu exonerei o Mauricio porque ele não podia mais trabalhar. Você comunica a mesa dizendo que ele não recebe mais. Agora estou achando genial o Ministério Público informar que vai anular todos os atos. Então o Mauricio tem 12 anos de salários para receber. É ridículo. E tem gente que diz que o Requião se beneficiou com ato secreto. Que beneficio bacana este...”, acrescentou. Também não quis comentar a atual crise enfrentada pelo Senado. “Quando eu estava por lá o Senado era outro. Vocês têm que perguntar para o Alvaro, Osmar, Flavio Arns. Na minha época não havia tudo isso”, finalizou.

Nenhum comentário: