quarta-feira, 16 de setembro de 2009

JBS compra Bertin

O JBS, maior processador de carne bovina do mundo, anunciou dois negócios que vão transformar a cara do setor de carnes. A empresa vai comprar o rival brasileiro Bertin e a gigante americana Pilgrim's Pride, segunda maior processadora de carne de frango dos Estados Unidos, com faturamento de 8,5 bilhões de dólares. A Pilgrim's, foi avaliada em 2,8 bilhões de dólares. O JBS inicialmente comprará 64% da empresa e pagará em dinheiro e ações. O restante permanecerá com os atuais acionistas do Pilgrim's. Com sede em Pittsburgh, no Texas, a Pilgrim's emprega 41.000 funcionários e possui 33 plantas de processamento nos Estados Unidos, três no México e uma em Porto Rico. Tem capacidade instalada para processar 4,1 milhões de toneladas de frango por ano e faturou 8,5 bilhões de dólares no ano passado. A Pilgrim's encontra-se atualmente sob processo de recuperação judicial, também conhecido como concordata. A operação faz parte do plano de recuperação submetido ao Tribunal Falimentar do Distrito Norte do Texas. Além da Justiça, o negócio também depende da aprovação das autoridades de defesa da concorrência dos EUA. A JBS. afirma que a aquisição contará com linhas de crédito de 1,5 bilhão de dólares para financiar a dívida da Pilgrim's. A expectativa é de que a compra seja concluída até dezembro. Já os donos do Bertin, se tornarão grandes acionistas do JBS. O dois negócios contarão com o apoio do governo brasileiro, via BNDES. Para a entrada do Bertin. no capital do JBS, será criada uma "Nova Holding". Os acionistas controladores da JBS vão contribuir com a totalidade de suas ações e os donos do Bertin vão repassar 73,1% do capital da empresa após a conclusão do negócio, os acionistas do JBS terão 60% da holding e os do Bertin, 40%. Além de depender da aprovação das autoridades de defesa da concorrência do Brasil, esse negócio também só será fechado após a conclusão de uma emissão de ações da subsidiária americana do JBS, o JBS USA. A empresa diz que está em processo avançado de negociação para uma capitalização de 2,5 bilhões de dólares. A capitalização é necessária para não provocar um forte endividamento do JBS.

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