segunda-feira, 30 de novembro de 2009

O "calote" de Dubai

O governo de Dubai não vai garantir a dívida da Dubai World, e os credores serão afetados no curto prazo pela reestruturação do conglomerado, disse o diretor-geral do departamento de Finanças do emirado nesta segunda-feira.Abdulrahman al-Saleh acrescentou que a reação do mercado ao anúncio, feito semana passada, sobre os problemas de dívida do Dubai World foi exagerada e não é condizente com a realidade."Eu acho que os bancos não estão em uma posição em que necessitem mais liquidez extra do banco central", disse ele à TV Dubai."Os credores precisam tomar parte da responsabilidade pela decisão de emprestar às empresas. Eles acham que o Dubai World é parte do governo, o que não é correto." A proposta de suspensão da dívida por seis meses (que a agência Moody's afirmou que irá considerar calote, caso os credores sejam obrigados a aceitá-la) será a maior desde a moratória da Argentina, oito anos atrás. Mas agora, ao contrário daquela época, o anúncio foi uma surpresa. A região estava em expansão, com o governo pegando US$ 80 bilhões emprestados em quatro anos para transformá-la em um centro financeiro e de turismo.

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