segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Funcionários da Petrobras podem entrar em greve a partir do dia 16

Funcionários da Petrobras estão realizando assembleias em todo o país desde a última sexta-feira para discutir a contraproposta apresentada pela companhia no dia 31 de outubro em relação às cláusulas econômicas para o Acordo Coletivo de Trabalho 2011. Segundo o coordenador geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), João Antônio de Moraes, a resposta da Petrobras está muito aquém do esperado. O líder sindical afirmou que a maior parte das reuniões deve acontecer até quarta-feira e, até agora, todas aprovaram a greve. Se a paralisação for confirmada, poderá começar a partir do dia 16. “Vamos esperar até o dia 10 para a Petrobras apresentar uma nova proposta”, avisou Moraes. “Das mais de 40 plataformas do país, 20 já aprovaram a greve”, completou. O coordenador explicou que dos 10% de ganho real solicitado pela FUP, a Petrobras ofereceu apenas 1,5%. A companhia já havia concedido a reposição da inflação no salário, com base no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) até agosto, de 7,23%. Procurada, a Petrobras afirmou, em nota, que “além de reajuste de 9% e gratificação de 90% de uma remuneração, a empresa propõe avanços em diversos itens relacionados ao plano de saúde e previdência dos empregados, condições de saúde e segurança, entre outras questões”. Segundo explicou a assessoria de imprensa, a gratificação é paga uma única vez, como um abono, e os 9% são referentes ao reajuste da inflação até agosto mais 1,5% de ganho real. A proposta em relação às cláusulas sociais foi apresentada pela Petrobras em 19 de outubro e também rejeitada pelos sindicalistas. O coordenador da FUP – que reúne 13 sindicatos – disse que a Petrobras sabe que os funcionários não estão satisfeitos com as propostas. “Eles conhecem a nossa pauta”, afirmou. De acordo com ele, já ocorreram sete rodadas de negociações e a Petrobras ainda está muito longe de atender às reivindicações. “As questões ligadas à saúde e à segurança são as mais preocupantes”, disse Moraes, lembrando que só este ano 16 mortes foram registradas na companhia. Os sindicatos pedem melhorias nos planos de saúde e mais segurança para a realização do trabalho. Desde o dia 19 de outubro, os trabalhadores da estatal realizam mobilizações nacionais.

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