sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Greve dos fiscais agropecuários prejudica setores de agronegócio

A greve dos fiscais agropecuários, que completou três dias nesta quinta, dia 9, já prejudica alguns segmentos do agronegócio. No caso dos produtos perecíveis, como as carnes, alguns frigoríficos admitem precisar reduzir o número de abates para evitar perdas. Os exportadores de grãos devem protocolar em Brasília, na próxima segunda, dia 13, um mandato para garantir a emissão dos certificados sanitários para exportação pelos fiscais. Além de prejudicar as comercializações do país, a greve também coloca em risco o plantio da safra de verão. Segundo o representante da Associação dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários (Andav), Marco Antônio Nasser de Carvalho, mais da metade dos fertilizantes é importada. Carvalho afirma que a falta de produto está prejudicando a entrega para os produtores. A garantia dos fiscais em atender 30% da demanda não é suficiente para produtos perecíveis, como as carnes. Diante disso, as associações que representam as empresas exportadoras de frango e de suínos manifestaram preocupação com a continuidade da greve. A paralisação da categoria também coloca em risco a oportunidade aberta pela quebra da safra de grãos dos Estados Unidos. De acordo com o presidente da Associação dos Exportadores de Cereais (Anec), Sérgio Mendes, o número de embarcações que aguardam para atracar subiu de 10 para 25 nos últimos dias no porto de Santos. Conforme Mendes, a situação ameaça, sobretudo, a credibilidade do Brasil como exportador de commodities. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) alega manter aberto o diálogo com os fiscais agropecuários para que a paralisação seja encerrada, mas vem tomando algumas medidas essenciais de modo a garantir a continuidade dos serviços sem prejuízos à população. Dentre as ações, estão a petição de fixação de percentual mínimo de trabalhadores apresentada à Justiça Federal, com o objetivo de assegurar o trabalho de 50% a 100% dos servidores nas atividades consideradas essenciais, além da possibilidade de os Estados, Distrito Federal e municípios fazerem a execução compartilhada dos movimentos de defesa, vigilância, inspeção e fiscalização agropecuária. Segundo o secretário Executivo do Ministério, José Carlos Vaz, o objetivo do governo é garantir a segurança alimentar, a sanidade e a idoneidade dos produtos ofertados à população ou exportados. Conforme Vaz, o ministro já avançou nas negociações com a categoria. – Mendes Ribeiro Filho abriu uma pauta de discussão com os servidores, e nós já estamos avançando. Já dissemos, inclusive, que haverá concurso, e estamos definindo a quantidade de vagas, questões pontuais – salientou. Com informações do Canal Rural.

Nenhum comentário: