sábado, 25 de janeiro de 2014

Milho vale menos, mas ganha estabilidade


A perspectiva de recomposição dos estoques mundiais de grãos com colheitas volumosas na América do Sul sinaliza preços mais baixos na Bolsa de Chicago (CBOT) em 2014. No caso da soja, a queda deve se acentuar se houver aumento no plantio norte-americano, a partir de abril. Para o milho, a expectativa é de que o potencial de baixa seja limitado porque as cotações já caíram quase 50% em relação aos recordes de 2012. A demanda chinesa deve sustentar as cotações da soja em US$ 12 por bushel, avalia o presidente da Coamo Agroindustrial Cooperativa, José Aroldo Gallassini. “Devemos ter mais uma safra normal, só que os chineses estão comprando bastante, então talvez os preços se estabilizem em torno de US$ 12 por bushel para embarque em março ou abril.” Maior cooperativa da América Latina, com sede em Campo Mourão (PR), a Coamo espera receber 70 mil sacas (4,2 milhões de toneladas) de soja dos cooperados em 2013/14, um volume 15,6% superior às 60,5 mil sacas produzidas em 2012/13. De acordo com o presidente, a média dos contratos firmados antecipadamente foi de R$ 61/saca, 4,6% menor que os R$ 64/saca obtidos na temporada anterior. Embora o estoque mundial de milho esteja em um nível mais confortável que o da soja graças à supersafra norte-americana em 2013/14, não se espera um recuo abaixo de US$ 4 por bushel em Chicago. “Pode até acontecer, mas não sei se fecha a conta”, diz Daniel D’Ávila, da corretora Newedge, de Nova York. Os preços do cereal caíram quase pela metade em relação à máxima de US$ 8,4 por bushel registrada em 10 de agosto de 2012 e, conforme Anderson Galvão, já estão perto do custo de produção dos agricultores mais eficientes nos EUA. Com informações da Agência Estado.

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