segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

“Nenhuma universidade vai fechar”, diz secretário do Estado



O secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e ex-reitor da Universidade Estadual de Ponta Grossa, João Carlos Gomes, descartou a possibilidade das universidades do Paraná fecharem por falta de recursos. “Não existe nenhuma possibilidade disso acontecer”, disse, em entrevista a um Jornal de Ponta Grossa. De acordo com o secretário, que foi o antecessor de Luciano Vargas na reitoria da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), as verbas de custeio das sete universidades representa cerca de 7% do orçamento do Estado. “É um percentual muito pequeno diante da receita do Estado, jamais seria comprometido pelas dificuldades financeiras que o Paraná e o país vivem”, assegurou. Para dar início ao ano letivo nas universidades, o Governo do Estado se reúne nesta terça-feira com os reitores das sete instituições. Articulado por João Carlos, o encontro deve contar com a presença do governador Beto Richa (PSDB). “Será uma reunião para solucionarmos estes problemas e voltarmos às aulas. Dois pontos importantes serão discutidos. Primeiro a autonomia universitária e, depois, a questão do custeio”, disse o secretário. O governo pretende criar uma comissão com os reitores para definir um plano que garanta à autonomia às universidades. Em relação ao custeio, João Carlos sinalizou para a liberação dos recursos. “Acredito que vamos solucionar este problema e as aulas devem começar já na próxima semana”, comentou. Em greve há duas semanas, as instituições de Ensino Superior do Paraná cobram o pagamento do terço de férias aos servidores e a garantira dos recursos no orçamento deste ano. Os professores também se manifestaram contra o pacote de ajustes fiscais enviado à Assembleia Legislativa do Paraná, que previa o corte em benefícios do funcionalismo público em geral. O reitor da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Carlos Luciano Vargas, disse que a instituição possui condições financeiras de voltar à atividades. De acordo com Vargas, algumas instituições sofrem com o atraso nos pagamentos a fornecedores do Estado, por isso estão com dificuldades para abrir. “Mas nós não temos serviços terceirizados, como no R.U e na limpeza. Temos orçamento próprio para dar início ao ano letivo”, afirmou. No entanto, Vargas reconheceu as dificuldades financeiras do Estado e as mobilizações dos professores e servidores. “Vamos iniciar com dificuldades, porque mesmo com orçamento próprio, precisamos de recursos do Tesouro”, comentou.

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