domingo, 4 de dezembro de 2016

Trabalho, paciência, cooperação e o projeto de salvação nacional

Trabalho, paciência e cooperação. Todos precisam ceder um pouco para que possamos atingir o objetivo maior: o projeto de salvação nacional. Muitos perdem tempo com críticas a esse ou aquele e com mobilizações contra isso ou aquilo, que ao meu entender neste momento são inócuas. Não podemos nos esquecer que os parlamentares que lá estão foram eleitos por todos nós brasileiros e, queiramos ou não, são um retrato da nossa sociedade moderna. Temos bons e maus parlamentares assim como temos bons e maus elementos na sociedade. Vejo que a sucessão de escândalos e embates políticos e institucionais que estamos assistindo vem limitando o horizonte dos governantes impedindo o avanço da agenda de reformas (Previdenciária, Política, Trabalhista, Revisão do Pacto Federativo, redução dos juros incidentes na dívida dos Estados) que são de extrema importância. Enquanto isso o país agoniza. Os exemplos dos Estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e agora o próximo da fila, Minas Gerais é o prenúncio do que ocorrerá em alguns poucos anos na República caso as reformas não venham a tempo. Enquanto os poderes se digladiam, os ponteiros do relógio se movem e todos, sem excessão, correm o risco de, entre tantos outros dissabores relacionados à serviços básicos (saúde, educação e segurança pública) em poucos anos não receberão suas aposentadorias por falta de caixa. Hoje o governo emite títulos que vende no mercado financeiro para pagar suas contas, mas com a desconfiança crescente e o clima de instabilidade política e econômica no Brasil logo os investidores passarão a exigir um prêmio de risco cada vez maior para adquirir esses papéis. Aí "bye bye" ajuste fiscal. Uma das "saídas" poderá ser a emissão desenfreada de papel moeda para financiamento da "máquina" e aí... Estaremos de volta aos anos 80 com inflação alta que reduzirá drasticamente o poder de compra. Em valores absolutos receberão mais, mas comprando bem menos, prejudicando os mais humildes. Outra saída é o arrocho, com a elevação das taxas de juros, congelamento do salário mínimo e um corte (contigenciamento) ainda maior de despesas. Acredito que devemos sim nos manifestar, procurando nossos parlamentares e cobrando o início das discussões das reformas pois o desequilíbrio das finanças dos governos em todos os níveis é muito grande e estamos chegando próximo ao abismo fiscal. 

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