quarta-feira, 5 de julho de 2017

SS: A trajetória do "mito"


Silvio Santos acumula polêmicas em seu programa no SBT. Uma das maiores aconteceu em 18 de junho, quando reuniu Maisa e Dudu Camargo no "Jogo das 3 Pistas" e deixou a atriz incomodada com provocações dele e do âncora de 19 anos. Na última semana, Silvio gravou novamente com os dois. Maisa abandonou o palco aos prantos, e o apresentador cancelou a exibição. Mas engana-se quem pensa que Silvio está mais polêmico do que nunca. O apresentador já criticou gays na TV, cineastas e jornalistas, e também revelou que censura cenas de sexo de filmes ao lado da mulher. Sabia que o apresentador já cogitou contratar o ex-presidente Fernando Collor para comandar qualquer telejornal do SBT por ser "boa-pinta e falar bem"? Para quem escalou Dudu Camargo como âncora, a frase não surpreende tanto. Estas e outras declarações polêmicas estão no livro "Silvio Santos - A Trajetória do Mito" (editora Matrix), escrito por Fernando Morgado, autor da biografia de outro apresentador famoso da TV brasileira, Blota Jr. (1920-1999). A publicação será lançada nesta quinta-feira (06/07), na livraria Saraiva do Morumbi Shopping, em São Paulo. Professor universitário de História da Televisão, Morgado conta a trajetória de Silvio por meio de frases ditas pelo dono do SBT - em entrevistas ou em seu programa-- sobre vida pessoal, televisão, negócios e política. Curiosamente, no dia em que Maisa e Dudu Camargo se estranharam no ar, Silvio Santos convidou Fernando Morgado para divulgar o livro em seu programa. Embora seja uma biografia não-autorizada, o apresentador ficou surpreso com o resultado e com as frases que nem lembrava que havia falado. "Não conhecia você. Quando recebi o livro, vi que você deve ter acompanhado a minha vida na internet ou deve ter sido meu fã desde garotinho, porque você coloca frases que até eu tinha esquecido", disse o apresentador no "Programa Silvio Santos". Gays, drogas e jornalismo: dez frases polêmicas de Silvio Santos:

" É preciso acabar com o preconceito ao Silvio Santos"
Silvio Santos, em entrevista à revista "Afinal", em 3 de novembro de 1987

"Eu acho que homossexual não dá certo em televisão, o público não gosta. Se é um humorista fazendo o papel de homossexual, de uma maneira caricata, tudo bem. Mas, quando é de verdade, eles preferem não ver. Acham que é uma apologia do homossexualismo. Eu, se puder, não coloco no vídeo. Mas, pessoalmente, não tenho nada contra eles "
Silvio Santos, em entrevista à revista "Veja", em 17 de maio de 2000

"Aqui os maconheiros serão despedidos, se houver; os cocainômanos serão despedidos, nem que seja, os maiores cartazes da empresa"
Silvio Santos, em entrevista à "Folha de S.Paulo", em 21 de fevereiro de 1988



"Jornalista aprendeu na faculdade a ser idealista, a escrever o que deseja? Então compre uma estação de televisão! Na minha, não! Na minha estação de televisão, enquanto eu viver, jornalista vai procurar as qualidades do ser humano"
Silvio Santos, em seu programa exibido em 21 de fevereiro de 1988

"Ainda bem que ele [Fernando Collor] não é animador de auditório. Seria um concorrente terrível. É boa-pinta e fala bem. Eu o contrataria para apresentar um telejornal na minha rede"
Silvio Santos, em entrevista à revista "Veja", em 17 de maio de 2000

"Não gosto de estrelas. Não recontrataria Lillian Witte Fibe, porque ela reclama muito. De estrela, no SBT, basta o dono"
Silvio Santos, em entrevista à revista "Veja", em 17 de maio de 2000



"Eu ia fazer cinema; resolvi que seria um mau negócio. Não existem profissionais. Só existe gente amadora, preocupada com o prêmio de Cannes e outros prêmios nossos ou do exterior. Não dá"
Silvio Santos, em entrevista à revista "A Crítica", em 1969

"Foi na rua Ubaldino do Amaral, com uma francesa que era a rainha da garotada! Silvio Santos, contando em seu programa onde e com quem perdeu a virgindade, em 21 de fevereiro de 1988"

"Os intelectuais não me compreendem. Querem que eu toque música clássica. Mas eu não gosto. Não adianta insistir. Meus programas são populares e eu me identifico com o povo. Não posso esquecer minhas origens de camelô"
Silvio Santos, em entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo", em 17 de agosto de 1983

"Vejo [os filmes] com minha mulher e faço os cortes, aqui mesmo, nesta sala. Em "A Escolha de Sofia", por exemplo, o rapaz pegava a moça, levava para o campo, deitava na grama e ficava lá: ?ah, ah, ah!? Corta, corta, vamos cortar esse troço. Ele vai com a moça para o campo e, no dia seguinte, aparece dizendo que foi maravilhoso e tal. Todo mundo já sabe que houve sexo"
Silvio Santos, em entrevista ao "Jornal do Brasil", em 14 de fevereiro de 1988

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