quarta-feira, 21 de julho de 2021

Herói da Resistência

 Quem apostava no desgaste do líder do governo Bolsonaro na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP) caiu do cavalo. Até agora ele conseguiu resistir bravamente a uma tentativa de "fritura" por parte de seus desafetos - alguns deles até de dentro de seu próprio partido - "apanhando" de todos os lados mas sempre "por cima do arreio", segurando firme. E agora, o presidente Jair Bolsonaro acaba de fechar um pacote tão completo com o PP, cuja cereja do bolo é nomear o presidente da sigla, Ciro Nogueira, para a Casa Civil, que dificilmente o presidente irá para outro partido para disputar a reeleição. Uma figura de proa do Congresso avalia que, ao trazer o partido para o coração do Planalto e para a pasta responsável pela  articulação política, Bolsonaro sela seu destino eleitoral. "Estarão, Bolsonaro e o PP, juntos e  misturados na CPI, no Orçamento secreto, no fundão eleitoral, [na articulação para aprovar] André Mendonça e Augusto Aras e no voto impresso", analisa o congressista, compondo o tal "pacote completo" a que me refiro. E ainda acrescenta: a discussão do distritão poderia entrar também nesse cenário. Outro fator a aproximar Bolsonaro do PP é que o ministro das Comunicações, Fábio Faria, genro do apresentador e empresário Silvio Santos, recentemente se desfiliou do PSD e foi para o partido de Nogueira e companhia. Ele é um dos mais cotados para ser vice na chapa de Bolsonaro em 2022.

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