O drama da Oi (OIBR3; OIBR4) finalmente chegou ao seu desfecho. Depois de quase dez anos em recuperação judicial, a Justiça do Rio de Janeiro decretou, nesta segunda-feira (10), a falência da companhia — encerrando de vez o projeto da antiga “supertele” nacional, criada para competir com gigantes do setor. A decisão foi assinada pela juíza Simone Gastesi Chevrand, da 7ª Vara Empresarial do Rio, que converteu o processo de recuperação em falência. Segundo ela, “não há mais surpresas quanto ao estado do Grupo em recuperação judicial. A Oi é tecnicamente falida.” No despacho, a magistrada determinou a liquidação ordenada dos ativos da empresa, com o objetivo de maximizar o valor destinado ao pagamento dos credores. A juíza destacou que o processo deve ocorrer de forma controlada, garantindo a continuidade dos serviços de telefonia e internet até que outras empresas assumam as operações. Por enquanto, a administração provisória da Oi ficará sob responsabilidade do escritório Preserva-Ação, que já atuava como interventor após o afastamento da antiga diretoria e do conselho. A Justiça dispensou os outros dois administradores judiciais, os escritórios Wald e K2. A decisão pela falência veio após a própria Oi e o interventor reconhecerem a insolvência irreversível da companhia. Na última sexta-feira (07/11), ambos comunicaram ao juízo que a operadora não teria mais condições de honrar suas dívidas nem de adotar medidas capazes de recuperar o fluxo de caixa. Assim, chega ao fim uma das mais longas e complexas recuperações judiciais da história empresarial brasileira — e com ela, o último suspiro do projeto de uma grande operadora nacional de telecomunicações.
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