quarta-feira, 2 de abril de 2008

Crise americana pode congelar salários no mundo

Depois das empresas ligadas a crédito imobiliário e dos grandes bancos de investimento, a próxima vítima da crise financeira nos Estados Unidos pode ser o bolso dos trabalhadores no mundo todo. O alerta vem de uma pesquisa realizada com 1003 empresas de 80 países, entre eles o Brasil, pela consultoria de gestão empresarial Hay Group, com sede nos Estados Unidos. Segundo o levantamento, os representantes de 30% das companhias afirmaram que já estão congelando ou devem congelar os salários base de seus funcionários, como parte das medidas adotadas para reduzir o impacto da desaceleração da economia americana. A percepção de que a crise começa a assustar os executivos é reforçada por outra constatação da pesquisa, a de que embora a maioria dos entrevistados ainda não tenha sentido os efeitos da crise sobre o desempenho das empresas que representam, 16% deles prevêem que suas companhias sofrerão impacto negativo diante da turbulência financeira. A situação é mais extrema na região formada por América Central e América do Sul. Nessa área, 61% dos executivos ouvidos disseram que já decidiram ou estão considerando se decidir, em breve, por manter os salários base nos níveis atuais, enquanto 47% afirmam já ter em andamento mudanças nos programas de incentivos variáveis de curto prazo, como bonificações e participações nos lucros.

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