segunda-feira, 30 de maio de 2016

Alta nos custos da suinocultura ameaça a atividade


No interior de São Paulo, o prejuízo já chega a R$ 100 por animal em algumas propriedades; aposta em exportações e compra de milho da Argentina são alternativas. As exportações de carne suína brasileira atingiram patamares históricos nos primeiros quatro meses de 2016. Em contrapartida o suinocultor vive um dos períodos de menor remuneração e maiores custos de produção da atividade no Brasil. No interior de São Paulo, o prejuízo já chega a R$ 100 por animal em algumas propriedades. Com a escassez de milho, a atividade tem ficado inviável por causa do preço da ração. E a soja, que antes era uma alternativa, também está com preços mais altos. Outro agravante tem sido a demanda interna desaquecida, que desvalorizou o preço da carne de porco no mercado nacional. Neste mesmo período do ano passado, o quilo do animal limpo era vendido a R$ 5,50. Hoje, a muito custo a indústria de São Paulo tem pago R$ 4. Para amenizar os problemas da atividade, além da aposta nas exportações, o analista da Tendências Consultoria Integrada Amaryllis Romano acredita que o novo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), vai trabalhar para aumentar a oferta de milho. Segundo ele, uma das apostas é a importação de milho de países como a Argentina. “Existe a possibilidade de trazer o milho do mercado internacional, como da Argentina. Independente de ser novo governo ou não, é uma sistemática e uma rotina que é comum a todo governo. E vamos combinar que o ministro é do ramo. Ele sabe o que é o problema de você não ter algum insumo. Então, não vejo grandes problemas nesse sentido. Mas também não vejo grandes chances de melhoria extraordinária da margem da suinocultura”, indica Romano.

Nenhum comentário: