quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

PDG perde 99% do valor de mercado


A PDG Realty, que apresenta nesta quarta-feira (22/02) pedido de recuperação judicial, viveu altos e baixos na Bolsa nos últimos anos. A companhia, que estreou na Bolsa há uma década, chegou a ocupar o posto de uma das maiores empresas do setor imobiliário em meados de 2010. Impulsionada pelo boom da construção e por aquisições importantes, a construtora se tornou uma das queridinhas dos investidores e atingiu 11,23 bilhões de reais em valor de mercado. Na época, as ações eram negociadas por pouco mais de 40 reais cada uma. Já em 2015, o cenário era outro. Com a piora na situação financeira da empresa e o mau tempo no setor imobiliário, os papéis passaram a ser negociados por menos de dez centavos. Para poderem continuar em negociação na Bolsa, as ações foram agrupadas na proporção de 50 para 1. Em agosto daquele ano, a empresa começou um processo de reestruturação de dívidas, que não foi o suficiente para mexer com o ânimo dos investidores. No final de 2015, o valor de mercado da PDG encolheu para 80 milhões de reais. A situação piorou ainda mais em 2016. Mesmo com um acordo fechado com credores para o pagamento das obrigações, a delicada situação financeira da empresa fez com que seus papéis derretessem mais uma vez. Em dezembro do ano passado, a empresa atingiu um de seus menores valor de mercado da história 58,53 milhões de reais. O montante é 99% menor do que o registrado durante o auge da companhia. No começo de 2017, o mercado voltou a se entusiasmar com o setor imobiliário e com a possibilidade da PDG entrar com um pedido de recuperação judicial. De janeiro para cá, as ações da companhia valorizaram quase 180%. Atualmente, os papéis são negociados na casa dos três reais. Enquanto o pedido não é apresentado à Justiça, os papéis estão fora de negociação na Bovespa.

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