segunda-feira, 22 de abril de 2024

Disputa acirrada pela Prefeitura de Curitiba, com Ducci e Pimentel na frente

 Uma nova pesquisa eleitoral divulgada nesta segunda-feira (22/04) pelo Instituto Opinião confirma uma disputa acirrada pela Prefeitura de Curitiba em 2024. Embora Luciano Ducci (PSB) e Eduardo Pimentel (PSD) apareçam bem colocados em todos os cenários pesquisados, eles ficam tecnicamente empatados com Ney Leprevost (União Brasil), Beto Richa (PSDB) e Deltan Dallagnol (Novo) num cenário em que os principais nomes já colocados para a disputa eleitoral participam do pleito. Com uma amostra de 1,2 mil entrevistados, o levantamento abordou a intenção de voto para o primeiro turno. Foram três os cenários avaliados, sendo que no primeiro deles desponta no topo da lista o nome do deputado federal Luciano Ducci (PSB), ex-prefeito da cidade, com 14,1% da preferência eleitoral. Seguindo de perto, está o atual vice-prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel (PSD), com 13,1%. Em terceiro lugar, o deputado estadual Ney Leprevost (União Brasil) conquista 12,5% das intenções. O ex-prefeito e ex-governador Beto Richa (PSDB), atualmente deputado federal, garante 11,7% da preferência, enquanto o ex-procurador e deputado federal cassado Deltan Dallagnol (Novo) fecha o quadro acirrado com 10,8%. Para o sociólogo e diretor do Instituto Opinião, Arilton Freres, esses resultados refletem a diversidade de opções políticas na cidade e a falta de um claro favorito: “O embate entre os principais candidatos demonstra uma eleição marcada pela pluralidade de propostas e pela ausência de uma liderança destacada, o que torna o cenário extremamente competitivo.” Abaixo, você confere o resultado para cada um dos cenários pesquisados pelo Instituto Opinião:

CENÁRIO 1

Luciano Ducci: 14,1%

Eduardo Pimentel: 13,1%

Ney Leprevost: 12,5%

Beto Richa: 11,7%

Deltan Dallagnol: 10,8%

Goura: 4,6%

Maria Victoria: 4,1%

Paulo Martins: 3,7%

Carol Dartora: 3,1%

Luizão Goulart: 2,0%

Cristina Graeml: 1,8%

Andrea Caldas: 0,5%

Indeciso/não sabe: 6,9%

Nulo/branco: 4,7%

Não opinou: 6,6%


CENÁRIO 2

Luciano Ducci: 21,1%

Eduardo Pimentel: 19,9%

Ney Leprevost: 19,2%

Maria Victoria: 5,8%

Fernanda Dallagnol: 4,6%

Cristina Graeml: 3,5%

Indeciso/não sabe: 16,7%

Nulo/branco: 7,8%

Não opinou: 1,5%


CENÁRIO 3

Luciano Ducci: 23,5%

Eduardo Pimentel: 22,6%

Beto Richa: 14,7%

Fernanda Dallagnol: 6,8%

Cristina Graeml: 5,8%

Indeciso/não sabe: 16,3%

Nulo/branco: 8,6%

Não opinou: 1,8%


O Instituto Opinião também questionou aos entrevistados sobre três possíveis embates diretos: Luciano Ducci x Ney Leprevost; Luciano Ducci x Eduardo Pimentel; e Ney Leprevost x Eduardo Pimentel. O atual vice-prefeito seria derrotado nos dois cenários em que apareceu: contra Ducci, perderia por 40,7% a 32,8%; contra Leprevost, por 39,4% ante 31,7%. Ducci, por sua vez, venceria ao “bater de frente” com os dois concorrentes: 39,3% x 33,4% contra Leprevost; e 40,7% x 32,8% contra Pimentel. Já Leprevost venceria contra Pimentel (39,4% x 31,7%) e perderia para Ducci (39,3% x 33,4%). Por outro lado, a pesquisa também investigou a rejeição aos pré-candidatos, revelando dados importantes sobre a percepção do eleitorado curitibano. Beto Richa lidera o índice de rejeição, com 51,6%, seguido por Goura, com 13%, e Maria Victoria, com 11%. Deltan Dallagnol e Luciano Ducci também enfrentam rejeição, com 10,9% e 10,7%, respectivamente. Arilton Freres comenta sobre a relevância desses números: “A alta taxa de rejeição de certos candidatos indica um desafio significativo em conquistar a confiança e o apoio do eleitorado. Isso pode ser crucial para definir os rumos da corrida eleitoral nos próximos meses.” A pesquisa também avaliou o possível impacto que teria na eleição municipal o nome de figuras proeminentes politicamente, como o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD); o prefeito de Curitiba, Rafael Greca (PSD); e o presidente da República, Lula (PT). O apoio do governador Ratinho Júnior, por exemplo, faria com que 44,6% dos entrevistados aumentassem a chance de voto no candidato, enquanto 33,3% afirmam que o apoio não influenciaria sua decisão e 19% diminuiriam sua inclinação. O apoio de Greca, por sua vez, resultaria em um aumento de 43,6% nas chances de voto para o candidato, não mudaria o cenário para 35,3% dos entrevistados, enquanto 17,8% afirmam que diminuiria. Já o apoio do ex-presidente Lula (PT) tem um efeito menos positivo, com 53,5% dos entrevistados indicando uma diminuição nas chances de voto, em contraste com 22,3% que aumentariam e 22,1% que não mudariam sua decisão. “A transferência de votos baseada no apoio de figuras políticas de destaque reflete a dinâmica complexa entre os diferentes grupos de eleitores e suas preferências ideológicas”, analisa Freres.

Nenhum comentário: