segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

A cada cinco mortos por Covid no Paraná, quatro tinham fatores de risco

Passados dez meses do início da pandemia de Covid-19 no Paraná, 398.806 casos foram confirmados e 7.621 morreram por complicações da doença. Segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde (Sesa), 81% tinham pelo menos um fator de risco associado e 19% não apresentavam nenhuma comorbidade. Entre os mortos com fatores de risco, 76, 38% eram idosos, 47,49% tinham doença vascular e 32, 40 % eram diabéticos. Todas as outras comorbidades apresentam menos de 10% das mortes, mas nem por isso são menos assustadoras. Desde o início da pandemia, por exemplo, 645 paranaenses, 8,03% dos casos de comorbidades, morreram durante a pandemia. Doença renal crônica foi fator de risco para a morte de 576 (8,99%) pessoas no Estado. Gestantes, recém-nascidos e crianças com menos de 6 anos também estão neste recorte de dados. Nove crianças até 42 dias depois do parto, 10 gestantes e quatro crianças com menos de 6 anos morreram no Estado.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

Perda: falece Péricles Salazar, presidente do Sindicarne/PR e da Abrafrigo

Morreu no sábado (19/12), vítima de complicações pela Covid-19, o presidente da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), Péricles Salazar. A notícia foi divulgada pela família na tarde deste domingo (20/12). Ele estava internado há cerca de 15 dias, intubado, em Curitiba, de onde também presidia o Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná (Sindicarnes PR). Economista e empresário, de 68 anos, Salazar era bastante conhecido no setor pele defesa dos frigoríficos de menor porte, que formam a base da entidade nacional que dirigia.  Tive o prazer de conviver com Péricles durante atividades da FrigoBeto Frigoríficos. Experiente executivo em muito contribuiu para o desenvolvimento do setor frigorífico no Paraná e no Brasil. Almoçou comigo, em minha casa, várias vezes. À família os nossos pesares.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1 permanece em São Paulo

A F1 confirmou na quarta-feira (16/12) que o autódromo de Interlagos receberá GPs da categoria até 2025. A renovação do contrato entre São Paulo e a empresa Liberty Media — que controla a FOM (Formula One Management), braço comercial da categoria — havia sido anunciada pelo governador João Doria e pelo prefeito Bruno Covas, ambos do PSDB, em 12 de novembro, após longa negociação. Na ocasião, a F1 não havia se pronunciado. "O Brasil é um mercado muito importante para a Fórmula 1, com fãs dedicados e uma longa história no esporte. A corrida no Brasil sempre foi um destaque para nossos fãs, pilotos e parceiros e estamos ansiosos para proporcionar aos fãs uma corrida emocionante em Interlagos em 2021 e nos próximos cinco anos", disse Chase Carey, CEO da F1. Neste ano, a prova no país foi cancelada pela pandemia da Covid-19. A do ano que vem está marcada para 14 de novembro. O evento passará a ser gerido pela empresa Brasil Motorsport, controlada pela Mubadala, baseada em Abu Dhabi. O novo promotor será o executivo Alan Adler, em substituição a Tamas Rohonyi. Este último é dono da Interpub, que foi a responsável pelas operações do GP em Interlagos desde 1990. "Acredito que, a partir da experiência que temos com importantes marcas globais, podemos fazer um grande trabalho unindo esporte, marcas e entretenimento. Com isso, vamos proporcionar novas experiências para o público, dentro e fora das pistas”, diz Adler. Ele é CEO da IMM, braço da Mubadala no Brasil e que organiza o Rio Open de tênis. O contrato anterior de Interlagos, válido até 2020, havia sido firmado em 2014 entre Rohonyi e Bernie Ecclestone, ex-chefe da FOM, sem a cobrança da chamada taxa de promotor —variável, ela gira em torno de US$ 20 milhões para a maioria das provas. Com o novo contrato, a taxa passará a ser paga por São Paulo. O seu valor não foi revelado. A F1 também confirmou a mudança de nome oficial do GP Brasil para GP de São Paulo, atendendo à vontade do poder público municipal e estadual, comandados pelos tucanos. "Fizemos um grande esforço para manter a corrida na nossa cidade. Aqui temos infraestrutura para turistas e serviços de boa qualidade. Acreditamos que a realização do Grande Prêmio, além de divulgar a cidade para todo o mundo, vai trazer contribuições importantes para a geração de empregos e renda para a população", afirmou Bruno Covas. "Temos estudos que mostram que, para cada R$ 1 investido no GP de São Paulo, temos o retorno de R$ 5,20 para a economia local”, completou.


CALENDÁRIO PROVISÓRIO DA F-1 EM 2021


21 de março, Austrália (Melbourne)

28 de março, Bahrein (Sakhir)

11 de abril, China (Xangai)

25 de abril, a ser confirmado

9 de maio, Espanha (Barcelona)

23 de maio (Monaco)

6 de junho, Azerbaijão (Baku)

13 de junho, Canadá (Montreal)

27 de junho, França (Le Castellet)

4 de julho, Áustria (Spielberg)

18 de julho, Reino Unido (Silverstone)

1º de agosto, Hungria (Budapeste)

29 de agosto, Bélgica (Spa)

5 de setembro, Holanda (Zandvoort)

12 de setembro, Itália (Monza)

26 de setembro, Rússia (Sochi)

3 de outubro, Singapura

10 de outubro, Japão (Suzuka)

24 de outubro, Estados Unidos (Austin)

31 de Outubro, México (Cidade do México)

14 de novembro, Brasil (São Paulo)

28 de novembro, Arábia Saudita (Jidá)

5 de dezembro, Emirados Árabes Unidos (Abu Dhabi)

quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

Rock in Rio anuncia Iron Maiden, Megadeth, Dream Theater e Sepultura para 2021

Uma tradição de 35 anos de Rock in Rio — não cumprida apenas na edição de 2017 — marcará presença com toda força em 2021: a noite do heavy metal. Na terça-feira (15/12), os grupos Iron Maiden, Megadeth, Dream Theater e Sepultura (com a Orquestra Sinfônica Brasileira) foram anunciados como atrações do Palco Mundo em 24 de setembro — ou seja, a data de abertura da edição pós-pandêmica do festival, que correrá também nos dias 25, 26 e 30 do mês, e ainda em 1º, 2 e 3 de outubro, na Cidade do Rock, na Barra, na cidade do Rio de Janeiro.

terça-feira, 15 de dezembro de 2020

Governo do Paraná prorroga situação de calamidade pública por mais seis meses

 O Governo do Estado prorrogou por mais seis meses o prazo de vigência do Decreto Estadual 4.319, publicado em março, que declarou estado de calamidade pública para enfrentamento e resposta à pandemia do novo coronavírus e terminaria no dia 31 de dezembro. Nesta terça-feira (15/12) foi encaminhado à Assembleia Legislativa o decreto 6.543, que trata da prorrogação, para que seja homologado pelos deputados. O instrumento jurídico chamado de Estado de Calamidade Pública flexibiliza questões orçamentárias e administrativas para assegurar os recursos necessários para áreas prioritárias como a Saúde. Dessa forma, investimentos previstos no orçamento para outras áreas podem ser redirecionados para fazer frente à crise sanitária, econômica e social decorrente da pandemia, sem ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal. A prorrogação também permite a continuidade de diversos contratos emergenciais firmados, principalmente, pela Secretaria da Saúde, para viabilizar medidas de prevenção e enfrentamento da pandemia, que teriam de ser encerrados com o fim da vigência do estado de calamidade pública.Em mensagem enviada ao Legislativo, o governo explica que a medida é necessária em função do crescimento dos casos da doença. O Paraná registra nesta terça-feira um acumulado de 336.825 casos confirmados e 6.859 óbitos, desde o início da pandemia. Nas últimas 24 horas foram confirmados mais 2.458 casos e 116 mortes em decorrência da infecção causada pelo novo coronavírus. Monitoramento feito pela Secretaria da Saúde indica que a média móvel de casos e de óbitos em todas as regiões do Estado encontra-se em patamares muito elevados, evidenciando a aceleração da circulação viral. O decreto estadual entra em vigor assim que for aprovado pela Assembleia Legislativa.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

Prefeitura de Curitiba acompanha 250 casos suspeitos de reinfecção por Covid-19

 O Ministério da Saúde confirmou nesta quinta (10/12)  o primeiro caso de reinfecção por Covid-19 no Brasil. O caso, de acordo com a assessoria da pasta, é de uma profissional da área da saúde, de 37 anos, que reside em Natal, no Rio Grande do Norte. Ela teve a doença em junho, se curou, e teve resultado positivo novamente em outubro - 116 dias depois do primeiro diagnóstico. "As análises realizadas permitem confirmar a reinfecção pelo vírus SARS-CoV-2, após sequenciamento do genoma completo viral que identificou duas linhagens distintas", trouxe o comunicado. Em Curitiba, a secretaria municipal acompanha cerca de 250 casos suspeitos de reinfecções pelo coronavírus  e  garante que dos 1.400 diagnósticos confirmados diariamente na capital, em média, de 3 a 4 casos podem se enquadrar como suspeitos de reinfecção. Porém, ainda não há nenhum caso confirmado por enquanto.  Em entrevista à BandNews Curitba nesta quinta (10), a infectologista Marion Burger, do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba, disse que os casos de reinfecção exigem investigações complexas, que estão prejudicadas pela 'nova onda'  da Covid-19, que tem exigido esforços redobrados dos órgãos públicos da capital. "Para suspeitar de uma reinfecção deve ter uma intervalo de três meses sem sintomas entre os dois episódios e a investigação tem que ser clinicamente, epidmiologicamente e também virologicamente, Você tem que analisar o sequenciamento genético do vírus na primeira e segunda infecção", afirmou Marion, em entrevista à Band News Curitiba. A análise do sequenciamento genético dos materiais coletados está sendo feita no Brasil pelo Instituto Evandro Chagas (Belém), Instituto Adolfo Lutz (São Paulo) e Fundação Oswaldo Cruz (Rio de Janeiro). Segundo Marion, as incertezas sobre a reinfecção aumentam ainda mais a necessidade de cuidados, como higiene, uso de máscara e distanciamento social mesmo parte de quem já foi infectado pela Covid-19. O mesmo alerta foi reforçado pelo Ministério da Saúde ao anunciar o primeiro caso de reinfecção. A Secretaria de Estado da Saúde está organizando a documentação para enviar 18 exames dos casos de reinfecção uspeitos ao Laboratório Central do Estado (Lacen-PR), que seguirá o processo necessário para a confirmação ou não de reinfecção.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

Mundo perde o "Bambino D'Oro", Paolo Rossi


 Eternamente associado à história da seleção brasileira por ter feito os três gols que eliminaram o Brasil da Copa de 82, o ex-atacante italiano Paolo Rossi, o "Bambino D'Oro" morreu na quarta-feira (10/12), aos 64 anos. Segundo o jornal "Gazzetta dello Sport", o ídolo da "Azzurra"  foi vítima de um câncer de pulmão descoberto há pouco tempo. Rossi morreu exatamente duas semanas depois de outro ícone do futebol mundial nos anos 80, o argentino Diego Armando Maradona, campeão e principal nome da Copa do México, em 1986. A notícia da morte de Paolo Rossi foi divulgada inicialmente pelo jornalista Enrico Varriale, da emissora de TV RAI, e posteriormente no site do jornal "Gazetta dello Sport" e outros veículos de imprensa do país. Rossi deixa a mulher Federica Cappelletti, com quem era casado desde 2010, e três filhos: Sofia Elena, Maria Vittoria e Alessandro. O ex-jogador da Juventus foi campeão e artilheiro do Mundial da Espanha-1982, com seis gols. Até a segunda fase, ainda não tinha marcado nenhum, mas desencantou na vitória da Itália por 3 a 2 sobre a seleção dirigida por Telê Santana, que marcou época com craques como Zico, Falcão, Júnior e Sócrates. O camisa 20 da Itália abriu o placar no antigo Estádio Sarriá, em Barcelona, aos cinco minutos de jogo, de cabeça. Sócrates empatou para o Brasil aos 12, mas Paolo Rossi voltou a marcar aos 25, aproveitando um erro de passe na defesa brasileira. A seleção de Telê jogava pelo empate para ir à semifinal, e Falcão igualou o placar aos 23 do segundo tempo, mas aos 29, o atacante italiano aproveitou um bate-rebate após um escanteio e completou na pequena área para fazer o gol que eliminou o Brasil do Mundial da Espanha e colocou a Itália no caminho do tricampeonato. Depois, Rossi marcou os dois gols da vitória por 2 a 0 sobre a Polônia, de Boniek, na semifinal, e fez o primeiro da Itália no 3 a 1 sobre a Alemanha de Rummenigge a decisão. Por sua atuações e gols na reta decisiva da competição, Rossi foi eleito o melhor jogador da Copa da Espanha. Também em 1982, recebeu a Bola de Ouro da revista "France Football", então a mais prestigiosa premiação individual do futebol mundial.


domingo, 6 de dezembro de 2020

Infectologistas preveem 'bomba-relógio' em janeiro

 Embora alguns estados brasileiros comecem a anunciar restrições às festas de Natal e Ano Novo para conter a pandemia do novo coronavírus, a medida ainda enfrenta resistência por parte do governo federal e seus apoiadores, que na sexta-feira (04/12) tornaram popular a hashtag #VaiTerNatalSim. Para infectologistas, a falta de sintonia entre as autoridades acerca das restrições resultará em aumento de infecções e um janeiro complicado. País de forte tradição natalina, a Itália decidiu desestimular as festas em 2020. Um decreto com medidas rígidas entre 21 de dezembro e 6 de janeiro antecipou até a Missa do Galo, que neste ano ocorrerá duas horas antes. Por lá, será proibido deslocamentos depois das 22h e viagens entre as regiões do país nessas datas. As ceias estão vetadas em hotéis e o premiê Giuseppe Conte chegou a pedir "fortemente que não sejam recebidas em casa pessoas com quem não se convive". No Brasil, o estado de São Paulo proibiu Réveillon em bar, restaurante e hotel e recomenda que as celebrações não reúnam mais do que dez pessoas. Em Belo Horizonte, a prefeitura proibiu o consumo de bebida alcoólica em bares, restaurantes e lanchonetes a partir do dia 7 de dezembro. Assim com São Paulo, Rio Grande do Sul suspendeu as festas de fim de ano. Em nível federal, do entanto, o silêncio sobre o assunto sugere que o governo deixará as medidas restritivas a cargo dos outros entes da federação, o que é um erro, dizem os infectologistas, consultores da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia).

sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

Willian Bonner e Renata Vasconcellos terão de depor na Polícia

 A Polícia Civil do Rio intimou os apresentadores do Jornal Nacional, William Bonner e Renata Vasconcellos, a depor por suposto crime de desobediência a decisão judicial com relação a publicações que envolvem a investigação das "rachadinhas" no gabinete da Alerj (Assembleia Legislativa do RJ) de Flávio Bolsonaro, o chamado Caso Queiroz. Procurada, a TV Globo ainda não se manifestou sobre o assunto. A emissora foi proibida judicialmente de publicar informações sigilosas sobre o caso, que envolve o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), primogênito do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), e o ex-assessor dele Fabrício Queiroz. Os depoimentos foram pedidos no contexto de investigação policial sobre suposta "desobediência a decisão judicial sobre perda ou suspensão de direito".  As informações são do jornal Metroplex.