domingo, 31 de maio de 2020

Embraer deve obter financiamento de BNDES e bancos privados de US$600 mi em junho, dizem fontes

A Embraer deve obter em junho financiamento junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a bancos privados no valor de 600 milhões de dólares para atender a sua demanda de jatos executivos e comerciais para os próximos meses, disseram fontes do governo em condição de sigilo. As negociações estão em ritmo acelerado, de acordo com as fontes, que estimam que o crédito pode ser liberado nas próximas semanas. Fazem parte do pool de bancos que vão oferecer o crédito à Embraer o BNDES, Bradesco, Santander, Itaú, Citibank, Morgan Stanley e Natixis. No balanço do primeiro trimestre deste ano, a fabricante brasileira de aeronaves anunciou que tem no horizonte cerca de 16 bilhões de dólares em encomendas firmes para os próximos anos. "Isso mostra bem a solidez e o equilíbrio da empresa em meio à crise que afeta o setor aéreo", disse uma das fontes. "Ninguém sabe ao certo como vai ser o futuro da aviação comercial, mas pode ser uma era de aviões menores e voos privados e com menos gente voando. A Embraer tem aviões menores e atua em outras áreas da aviação. Essa formatação mostra que a companhia tem valor e potencialidade", acrescentou uma segunda fonte. A linha de crédito que será liberada, de acordo com as fontes, será no modelo pré-embarque, em que se financia o produtor local do produto/ativo que será vendido no exterior, e a operação terá garantias para dar suporte à operação. "O financiamento combinado entre os bancos tem garantias, ele vai direto para a Embraer e não para os compradores das aeronaves. Não é no modelo pós-embarque, e sim préembarque", afirmou a segunda fonte. O governo negocia desde abril com as principais empresas aéreas brasileiras um socorro para enfrentar os efeitos negativos da pandemia de coronavírus que abateram o setor. A ajuda do BNDES e bancos privados deve sair no começo de julho, e o pedido de recuperação judicial da Latam nos Estados Unidos foi um complicador adicional para as tratativas. A Embraer também pode ser contemplada por essa ajuda com um montante de aproximadamente 400 milhões de dólares, mas de acordo com as fontes essa operação que poderia incluir a emissão de debêntures conversíveis e emissão de bônus deve ficar para o próximo ano para a fabricante nacional. A Embraer viu frustrada este ano uma parceria com a norte-americana Boeing para a criação de uma joint venture para fabricação de aeronaves comerciais. A Reuters divulgou esta semana que a fabricante brasileira tem negociações iniciais e preliminares com empresas da Rússia, Índia e China para eventual futura parceria. As conversas, mesmo que iniciais, já fomentaram manifestações negativas da Abradin, associação que representa os acionista minoritários das empresas. "A Abradin está atenta às possíveis negociações envolvendo a (chinesa) COMAC e tomará as medidas necessárias para que fraudes contra investidores sejam perpetradas. É absolutamente inadmissível que qualquer negociação seja conduzida pelos mesmos elementos que conduziram de forma fraudulenta as negociações com a Boeing. A Boeing usará, sem dúvida, em sua defesa, as fraudes elencadas pela Abradin em sua representação junto à União Europeia para justificar desfazer o negócio", disse à Reuters o presidente da Abradin, Aurélio Valporto. Procurada pela Reuters sobre o novo financiamento, a Embraer ainda não se pronunciou.

quarta-feira, 27 de maio de 2020

País da 'dolce vita', Itália vê futuro sombrio e difícil após pandemia

Com a recessão mais severa desde a Segunda Guerra Mundial e a confiança dos investidores perdida, devido à pandemia de coronavírus, os empresários italianos veem o futuro da terceira economia na zona do euro como sombrio. Em maio, o índice de confiança nos negócios atingiu o nível mais baixo já registrado desde março de 2005, quando começou a ser medido pelo Instituto Nacional de Estatística (Istat). De março a maio deste ano, em meio à pandemia, este índice caiu de 79,5 para 51,1 pontos. "São dados alarmantes, uma vez que a emergência econômica e de saúde afetou as empresas, especialmente as que atuam no comércio, nos serviços e no turismo", disse a Confesercenti, organização que representa as pequenas e médias empresas (PMEs) nesses setores. Os empresários estão preocupados com "a falta de liquidez, necessária para cobrir as despesas e garantir os salários (...) Estamos prestes a chegar ao ponto de não retorno", reconheceu a presidente da organização, Patrizia De Luise. Em nome desses empreendedores, Patrizia pediu ao governo que as medidas tomadas - entre elas garantias de empréstimos e auxílios à perda de fundos para as PMEs - sejam "imediatamente operacionais". Para ela, "é necessário reduzir a burocracia, acelerar e simplificar os procedimentos, porque, se os apoios demorarem mais, muitas empresas não terão escolha a não ser interromperem suas atividades", afirmou. Uma polêmica foi deflagrada, depois que o governo acusou os bancos de serem muito lentos na aprovação do acesso dessas empresas a recursos públicos. Já os bancos alegam que processaram 400.000 pedidos de empréstimos ao Fundo Público de Garantia, no total de 18 bilhões de euros (20 bilhões de dólares). Primeiro país a ser afetado pela pandemia na Europa, a Itália impôs medidas rigorosas de contenção por dois meses, paralisando grande parte de sua atividade econômica. No primeiro trimestre, seu Produto Interno Bruto (PIB) caiu 5,3% em relação ao trimestre anterior, um declínio acima do esperado e nunca visto em 25 anos, conforme o Istat. O país deve registrar sua pior recessão desde a Segunda Guerra Mundial este ano, com uma queda no PIB estimada pelo Banco da Itália, nesta sexta-feira, de 9% para 13%. Para Carlo Bonomi, presidente da Confindustria, a principal confederação do setor industrial, "entre 700.000 e um milhão de empregos estão em perigo" na península. "Criam-se empregos, se houver crescimento, inovação e investimento. A crise do setor automobilístico não se resolve com empréstimos, ou desemprego técnico. Resolvemos isso olhando para o futuro. Precisamos investir em novas tecnologias", afirmou. Parece, no entanto, haver alguma esperança no horizonte: o plano de recuperação de 750 bilhões de dólares da UE (US$ 835 bilhões) anunciado esta semana, dos quais a Itália será o primeiro destinatário, com 172 bilhões de euros (190 bilhões de dólares) em subsídios e empréstimos. Os italianos como um todo parecem resistir, embora o país da "dolce vita" esteja de luto pela morte de 33.000 pessoas, vítimas do novo coronavírus. Além disso, a confiança do consumidor caiu de 100,1 para 94,3, no período de março a maio, o nível mais baixo desde o final de 2013. Embora o Estado tenha apoiado o desemprego temporário e aprovado uma remuneração para os funcionários que perderam o emprego, um bom número de pessoas foi esquecido. É o caso de Eleonora Fogliacco, de 35 anos, professora de natação e fitness na Lombardia, uma região particularmente afetada, que ordenou o fechamento de piscinas e centros esportivos no final de fevereiro. "Não consegui ter acesso à ajuda de 600 euros (670 dólares) por mês fornecida pelo governo, porque ganhei mais de 10.000 euros (US$ 11.100) no ano passado", lamentou a jovem, que de repente se viu sem emprego. "Durante o fechamento, alternei dias muito calmos e dias em que me senti completamente perdida, sem nenhuma ajuda do Estado, não via futuro algum e não sabia em que me segurar", confessou. "Não compro nada. Dependo do meu companheiro para fazer o mercado", reconhece. Para Eleonora, a pandemia "mudou a vida de todos". Ela acredita que "o futuro próximo" será muito complicado. Segundo uma pesquisa da Confcommercio-Censis publicada na terça-feira, 52,8% das famílias italianas veem o futuro como sombrio para si mesmas, e 67,5%, para todo país. Devido ao confinamento, 42,3% registraram redução de renda, 25,8% deixaram de trabalhar, e 23,4% ficaram desempregados. Além disso, seis em cada dez famílias temem perder o emprego.

domingo, 24 de maio de 2020

Com mais 114 casos e três óbitos em 24 horas, Paraná confirma escalada da Covid-19



A Secretaria de Estado da Saúde confirmou, neste domingo (24/05), o crescimento do número de casos de Covid-19 no Paraná. Nas últimas 24 horas foram 114 diagnósticos positivos de contaminação, além de três registros de óbito. Em 74 dias, desde o primeiro paciente confirmado, a média é de 43,4 novos contaminados pelo vírus Sars-CoV-2 por dia, além de aproximadamente 2,7 óbitos desde a primeira morte, há 59 dias. Até aqui, o novo coronavírus já atingiu 213 das 399 cidades paranaenses, o equivalente a 53,38% do total de municípios do estado. Um total de 3.212 pacientes foram contaminados, enquanto o número de óbitos é de 153. Os três pacientes que faleceram nas últimas 24 horas são dois homens e uma mulher. Uma paciente de 56 anos, que residia em Santa Mariana, foi a óbito no sábado (23). Um homem que morava em Braganey, de 62 anos, também morreu no sábado (23). E outro homem, que tinha 74 anos e residia em Francisco Beltrão, faleceu na quinta-feira (21), mas só teve o diagnóstico para Covid confirmado recentemente. Em todo o Paraná, 59 cidades têm ao menos um registro de morte em decorrência da infecção. A idade média das pessoas que morreram em decorrência da Covid-19 é de 68 anos de idade. 

Secretário confirma crescimento de casos e pede respeito ao isolamento social

O secretário de Saúde, Beto Preto, explica que o Estado registra crescimento de casos de pessoas com a doença. “Peço à população que compreenda e participe conosco no enfrentamento ao novo coronavírus. Embora alguns locais estejam abertos, tenham a consciência do risco que se colocam ao deixar a sua casa para alguma atividade fora. Reforço, somente saia em extrema necessidade”. Na semana retrasada, uma decisão judicial autorizou a retomada das atividades por academias de ginástica. Já na semana passada, um decreto do governo estadual estabeleceu regras para a reabertura de shoppings e o secretário municipal de Urbanismo esclareceu que os bares de Curitiba podem funcionar, enquanto a Assembleia Legislativa do Paraná autorizou que igrejas voltassem a celebrar seus cultos/missas. 

Internamentos e ocupação de leitos

238 pacientes com diagnóstico confirmado para Covid-19 estão internados neste domingo: 164 em leitos pelo SUS (sendo 58 UTI e 106 leitos clínicos) e 68 na rede privada (sendo 33 UTI e 35 em leitos clínicos). Além desses 238 pacientes internados e com confirmação de contágio, há outros 503 em leitos do SUS exclusivos e não exclusivos para Covid-19 no Estado, sendo 210 em UTI e 293 em leitos clínicos. 

Municípios atingidos e novas confirmações

213 cidades paranaenses que têm ao menos um caso confirmado pela Covid-19. Em 59 municípios há registro de óbitos pela doença.

As novas confirmações são nas cidades: Almirante Tamandaré (2), Anahy (2), Araucária (3), Bela Vista do Paraíso (1), Cambé (1), Cascavel (10), Centenário do Sul (1), Cianorte (3), Congonhinhas (1), Cornélio Procópio (2), Cruzeiro do Oeste (1), Curitiba (27), Diamante do Sul (2), Francisco Beltrão (1), Guapirama (1), Guaraniaçu (2), Ibiporã (1), Imbituva (1), Jacarezinho (1), Japurá (1), Jataizinho (1), Londrina (15), Mandaguari (1), Maria Helena (5), Maringá (2), Matinhos (1), Pinhais (3), Piraquara (3), Pitanga (1), Ponta Grossa (2), Quitandinha (1), São José dos Pinhais (3), Sapopema (3), Tamarana (1), Tapejara (1), Telêmaco Borba (1), Tijucas do Sul (2), Umuarama (3), Wenceslau Braz (1).

De fora do Paraná

Um residente de São Paulo, que foi atendido em Londrina teve a confirmação da doença, total é de 48. Três pessoas que foram atendidas no Paraná e residem fora do estado foram a óbito.

sexta-feira, 15 de maio de 2020

Etanol: projeto de lei cria linha de crédito para setor sucroenergético

Segundo a senadora Kátia Abreu (PP-TO), autora do projeto, com o financiamento, as usinas beneficiadas não poderiam deixar de pagar seus fornecedores e plantadores de cana e reduzir o número de empregados Kátia Abreu (PP-TO) apresentou na quinta-feira (14/05), um projeto de lei que cria o Programa Emergencial de Apoio ao Setor Sucroenergético Brasileiro. Ao defender a criação de uma linha de crédito que beneficiaria, entre outros, produtores de etanol e cana-de-açúcar, a senadora ressalta a queda no consumo provocada pelo novo coronavírus. “A redução do consumo de combustíveis provocada pela pandemia do novo coronavírus – em função das necessárias medidas de isolamento social – combinada a uma queda superior a 50% na cotação do petróleo produziram um efeito devastador no setor sucroenergético, ocasionando um recuo de praticamente 40% do preço do etanol, colocando-o bem abaixo de seu custo de produção”, disse. A proposta da senadora utiliza o mesmo modelo de financiamento e de estruturação da medida provisória 944/2020, que criou o Programa Emergencial de Suporte a Empregos e oferece crédito a empresários com a finalidade de pagamento de folha salarial de seus empregados. A diferença entre os dois, segundo ela, é que o programa sugerido exige um aporte menor de recursos do Tesouro Nacional ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), de R$ 7,65 bilhões. Ela ressalta que esse valor representaria 85% dos recursos do programa. Os 15% restantes teriam origem em recursos próprios de instituições financeiras, que preferencialmente seriam o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, o BNB [Banco do Nordeste] e o próprio BNDES. As taxas de juros seriam iguais à Selic mais 1,25% ao ano. De acordo com o projeto, as usinas beneficiadas não poderão deixar de pagar seus fornecedores e plantadores de cana-de-açúcar, assim como reduzir o número de empregados até seis meses após o recebimento da última parcela dos recursos. O texto estabelece que o prazo de pagamento poderá ser de até 24 meses, com carência de seis meses. “Diante desse cenário de elevada descapitalização do setor é que propomos por meio desse projeto de lei uma linha emergencial de crédito para que os produtores possam financiar o período da safra que no primeiro semestre está concentrado no Centro-Sul do país, que corresponde a 90% da produção nacional. Assim é nesse período, a partir de abril, que há a maior necessidade de caixa pelas empresas, com cerca de 70% dos custos operacionais de produção desembolsados no período de colheita”, ressalta. O projeto da senadora também determina que os bancos que participarem do programa não poderão recusar empréstimos baseados em ‘anotações em quaisquer banco de dados, públicos ou privados, que impliquem restrição ao crédito por parte do proponente, inclusive protesto’. Quanto às garantias a serem oferecidas pelos tomadores dos empréstimos, o projeto estabelece que somente poderão ser exigidos os estoques físicos de produtos acabados da indústria sucroalcooleira, como o etanol, em montante até o limite de 130% dos empréstimos contratados, acrescidos os encargos. Com esse volume de recursos, a senadora diz que é possível alavancar R$ 9 bilhões, que são suficientes para financiar a produção de 6 bilhões de litros de etanol anidro e/ou hidratado em um modelo conhecido como warrantagem. Por esse modelo, o etanol estocado é dado como garantia da operação de crédito até um montante de 130% do valor tomado. “A possibilidade de armazenamento do etanol (com financiamento equivalente) para a venda futura é fundamental para evitar uma retração ainda maior de preços do biocombustível e equilibrar a relação de oferta e demanda no mercado doméstico, dada a queda acentuada do consumo de combustíveis em função das medidas de isolamento social”. O projeto está com o prazo aberto para emendas e aguarda a designação de relator para iniciar sua tramitação. Pelo menos outros dois projetos de ajuda ao setor sucroalcooleiro já foram apresentados no Congresso. O do deputado federal Geninho Zuliani (DEM-SP) tem como objetivo reduzir a zero as porcentagens de contribuição para o PIS/Pasep e Cofins aplicada ao etanol hidratado. Já a do deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP) proíbe por 90 dias a importação de gasolina, diesel e etanol pelo Brasil, com possibilidade de prorrogação por mais 60 dias. Diante da grave crise enfrentada pelas usinas, o setor conversa desde o mês passado com os ministério da Agricultura, de Minas e Energia e Economia, assim como com o Palácio do Planalto para que o governo crie um pacote de ajuda. O setor pede redução de impostos sobre o etanol, aumento da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre a gasolina e a criação de linha de crédito para estocagem do biocombustível.

domingo, 10 de maio de 2020

Após impacto com coronavírus Avianca declara falência

A companhia aérea colombiana Avianca anunciou neste domingo (10/05) que aceita voluntariamente a lei de falências dos Estados Unidos “para preservar e reorganizar os negócios” da empresa. A notícia, que é uma das consequências diretas da crise provocada pelo coronavírus, atinge vários países onde a companhia aérea está presente e gera milhares de empregos. “Aderir a esse processo foi necessário devido ao impacto imprevisível da pandemia da covid-19, que provocou uma redução de 90% no tráfego mundial de passageiros e se espera que reduza o faturamento da indústria em todo o mundo em 314 bilhões de dólares (1,72 trilhão de reais), de acordo com a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA)”, informou a empresa em um comunicado. Minutos depois, seu presidente e CEO, Anko van der Werff, disse no Twitter que a empresa voltará a voar quando lhe for permitido. “Hoje anunciamos oficialmente nossa intenção voluntária de reorganização nos Estados Unidos”, escreveu na rede social. A decisão implica que a Avianca Holding e suas subsidiárias e afiliadas, exceto a LifeMiles, se submetem ao resgate econômico contemplado no capítulo 11 do Tribunal de Falências do Distrito Sul de Nova York. A empresa avaliou seu passivo entre um bilhão e 10 bilhões de dólares em uma declaração perante esse tribunal. O processo busca “reestruturar o balanço e as obrigações da empresa para enfrentar os efeitos da pandemia da covid-19, assim como gerenciar suas responsabilidades, arrendamentos, pedidos de aeronaves e outros compromissos”. A Avianca Holding tem cerca de 30 milhões de usuários anuais e emprega 21.000 pessoas entre empregos diretos e indiretos na América Latina, dos quais 14.000 na Colômbia. E nos últimos dias agitou um debate no país andino sobre se o Governo colombiano deve ou não salvar a companhia aérea em meio às críticas de seus usuários pelo alto preço das passagens e pelo que consideram um serviço de má qualidade. A empresa esclareceu que apesar da solicitação de resgate econômico dos Estados Unidos “continua suas conversações com os governos em relação ao apoio financeiro para o sucesso do processo”. Além do anúncio do pedido para usar a lei de falências, a empresa iniciará uma redução de suas operações no Peru e se concentrará em seus principais mercados quando for concluída a “reorganização supervisionada pelos tribunais”. “A Avianca operou durante mais de 100 anos, sendo a segunda companhia aérea do mundo a alcançar essa marca. Estamos certos de que, por meio desse processo, podemos continuar executando nosso plano Avianca 2021, otimizar nossa estrutura de capital e nossa frota de aeronaves e ―com apoio governamental― emergir como uma companhia aérea melhor e mais eficiente”, insistiu o presidente. Em agosto de 2019, um áudio vazado para a imprensa revelou que Roberto Kriete, presidente do Conselho de Administração da Avianca Holdings, havia afirmado a funcionários em El Salvador que a companhia aérea estava falida e que não estava pagando seus credores. A empresa negou as informações pouco depois. Na Colômbia as ações da Avianca caíram praticamente 80% desde fevereiro, sendo negociadas atualmente a 1,03 dólar por ação. Nos próximos dias, o tribunal de Nova York deverá decidir sobre os pedidos da empresa.

terça-feira, 5 de maio de 2020

Em meio à pandemia, lucro da Disney cai 91% no primeiro trimestre


A gigante do entretenimento Walt Disney Co. informou nesta terça-feira (05/05) que a pandemia do novo coronavírus terá um impacto de 1,4 bilhão de dólares na empresa no trimestre atual, devido ao fechamento de seus parques de diversões e outras operações. A gigante da mídia disse que seus lucros caíram 91%, a 475 milhões de dólares no período terminado em 28 de março, em meio aos efeitos da pandemia e um forte investimento em seu novo serviço de meios de comunicação por streaming Disney+. A receita total da companhia aumentou 21%, o equivalente a 18 bilhões de dólares, com forte crescimento, mostrado nas operações de seus meios de comunicação. “Enquanto a pandemia da COVID-19 tem tido um impacto financeiro apreciável nos resultados dos nossos negócios, estamos confiantes em nossa capacidade de resistir a esta interrupção e sair dela com uma posição forte”, disse Bob Chapek, nomeado diretor-executivo no começo deste ano.

sábado, 2 de maio de 2020

Nossa nova vida na Terra

Vamos nos preparar minha gente. Acabou a “moleza”. O planeta não aguenta mais. No mundo pós-pandemia muitos negócios irão desaparecer e outros irão surgir. Ganha a inovação e a coragem de empreender. Estamos em meio a um apocalipse econômico, cultural e biológico, e o mundo tem visto a importância de se ressignificar. 🌎 Embora algumas mudanças radicais já sejam observadas no comportamento do consumidor, nas estruturas da indústria e na globalização, nos tornamos atores principais de um filme, cujo final ainda está sendo escrito. Além da urgência de inventar rapidamente uma vacina para o vírus, a pandemia também expôs a necessidade de discutir questões como o crescimento exponencial, o consumismo inconsequente e o turismo predador que ignora os ecossistemas no qual estamos inseridos. Reprodução da capa de revista Época Negócios deste mês de maio.