quinta-feira, 28 de julho de 2022

MDB confirma Pessuti na disputa para o Senado Federal

 O Movimento Democrático Brasileiro (MDB) no Paraná confirmou na segunda-feira (25/07) a candidatura de Orlando Pessuti ao Senado. A decisão foi anunciada em convenção realizada em Curitiba. O partido também oficializou que não terá candidatura própria ao governo do estado. Pessuti tem 69 anos e nasceu em Califórnia, no norte paranaense. Ele possui graduação em Medicina Veterinária pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Na política, foi deputado estadual do Paraná de 1983 a 2002, por cinco mandatos. Além disso, foi vice-governador do estado de 2003 a 2010, na gestão de Roberto Requião. De abril de 2010 a janeiro de 2011, foi governador do Paraná após a renúncia de Requião, que deixou o cargo para se candidatar ao Senado. Pessuti também foi secretário da Agricultura do Paraná e diretor-presidente do Banco Regional do Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE).

domingo, 24 de julho de 2022

Enfraquecimento do Euro: um sinal ruim

Da revista Veja - Para os usuários mais assíduos do Instagram, tem sido difícil escapar nas últimas semanas das fotografias publicadas por amigos ou influencers em férias na Europa. O momento final da pandemia, que deixou reclusas por meses pessoas em todo o mundo, combinado com o verão no Velho Continente parece ter atraído cada brasileiro que contava com recursos financeiros e tempo para poder usufruir das delícias de Portugal, Espanha, França, Itália e até das Ilhas Gregas. Por coincidência, tamanha euforia casou, neste mês, com um evento inédito. No dia 12 de julho, o euro alcançou a paridade com o dólar pela primeira vez desde o início da circulação da moeda comum europeia, em 2002, e há quem acredite que possa baixar até para a casa do 0,90 centavo de dólar nos próximos meses. A notícia foi celebrada pelos turistas do momento ou por quem planeja uma viagem à Europa. Mas não deveria ser motivo de comemoração. A queda do valor da moeda comum europeia está relacionada a um emaranhado de sinalizações pessimistas que indicam problemas para a economia global, e em especial para a brasileira. Trata-se de um forte indício de que o mundo deve enfrentar um processo praticamente inexorável de desaceleração econômica e um dólar mais valorizado. Ou seja, será mais difícil para todos ganharem dinheiro — e, consequentemente, acumular divisas para viajar.  Para piorar, o cenário ainda pode resultar em inflação maior aqui no Brasil, o que obriga os juros locais, atualmente em 13,25%, a serem mantidos nas alturas. O fenômeno da desvalorização do euro está diretamente ligado ao aumento dos juros do outro lado do Atlântico. Em março, os Estados Unidos elevaram sua taxa para conter a inflação, o que atraiu uma revoada de recursos para o país e levou a uma desvalorização acumulada de 10% do euro frente ao dólar no ano. O índice DXY, que mede a moeda americana em relação a uma cesta de divisas fortes, acumula alta de 15% em 2022. Com o euro e o iene japonês enfraquecidos ante o dólar, é de se esperar que seja bastante difícil a tarefa de qualquer outra moeda rivalizar com a principal do mundo num momento em que investidores buscam ativos seguros para enfrentar as instabilidades globais. Na quinta-feira 21, o Banco Central Europeu, em um movimento que não se via em mais de uma década, elevou os juros em 0,5 ponto porcentual, para contrabalançar a escalada dos índices americanos e conter a alta dos preços que avança pelo continente. A preocupação é maior nos países emergentes, como o Brasil. O Instituto Internacional de Finanças calcula em 40 bilhões de dólares a fuga de capital estrangeiro desses mercados nos últimos quatro meses. Não bastasse isso, no caso brasileiro as incertezas políticas e as fragilidades fiscais do governo aumentam o risco, um fator a mais para a desvalorização do real. A moeda brasileira chegou a ganhar força frente ao dólar no primeiro trimestre do ano com o aumento do preço das commodities, decorrente da guerra na Ucrânia, mas o efeito foi revertido com os temores de uma recessão global. Os riscos com isso são diversos. Na terça-feira 19, a Petrobras anunciou uma redução no preço de venda da gasolina nas refinarias, justificada pela estabilização da cotação internacional do petróleo. A notícia foi comemorada pelo governo de Jair Bolsonaro, uma vez que a medida, associada ao pacote de corte de impostos aprovado no Congresso, deve ajudar o país a ter deflação nos próximos meses. Mas, com o dólar pressionando, o alívio pode ser passageiro. “Mesmo com a queda o preço segue alto no mercado nacional por causa do efeito do dólar”, explica o economista Mario Rubens de Mello Neto, da Fundação Getulio Vargas, lembrando que os preços da Petrobras são ancorados na moeda americana. Além disso, o dólar alto afeta produtos importados e outros que seguem a cotação internacional, como parte dos alimentos. Muitos economistas defendem que não existe fator mais relevante para as altas de preços no Brasil que um dólar forte. Neste cenário, o euro barato não é uma boa notícia. Nem mesmo para os brasileiros em férias.

domingo, 17 de julho de 2022

Nova pesquisa traz alerta para Bolsonaro em um grande colégio eleitoral

A nova rodada da Genial/Quaest na Bahia mostra que as medidas eleitoreiras do presidente Jair Bolsonaro estão começando a surtir efeito. Apesar disso, a 78 dias do primeiro turno, a trajetória de crescimento ainda é muito fraca e, claramente, não será suficiente para garantir ao presidente uma melhora significativa num estado onde o PT, de Lula, tem muita força. Quarto maior colégio eleitoral do país, os baianos viram andar por suas ruas – no dia 2 de julho – os quatro principais candidatos à presidência: além de Lula e Bolsonaro, Ciro Gomes e Simone Tebet. Segundo o levantamento divulgado nesta sexta, 15, Lula tem 62% das intenções de voto contra 19% de Bolsonaro. Há dois meses, na rodada realizada em maio, Lula tinha 63% dos votos contra 17% do atual presidente. Ou seja, Bolsonaro conseguiu ganhar dois pontos e viu seu adversário perder um ponto. As duas mudanças estão dentro da margem de erro. Um dado importante para Bolsonaro mostra que, agora, 73% dos baianos acreditam que o atual presidente não merece ser reeleito. Em maio, esse índice era ainda maior, de 76%. Ao mesmo tempo, subiu de 21% para 23% o número de eleitores da Bahia que acham que Bolsonaro merece ganhar a reeleição. Em relação à avaliação do governo, uma notícia positiva. Entre maio e julho, caiu 3 pontos percentuais o número de eleitores que avaliam de forma negativa a atual gestão. Eram 59% em maio e agora são 56%. Houve ainda um aumento de três pontos na avaliação positiva: em maio, 16% dos eleitores tinham uma boa avaliação do governo. Agora, são 19%. Apesar de pequenos crescimentos, os avanços de Bolsonaro têm sido muito sutis e não devem ser suficientes para fazer uma diferença muito grande ao presidente até o dia 2 de outubro. A recente aprovação da PEC Kamikaze deve dar mais fôlego ao presidente na Bahia, mas a diferença é muito grande em relação ao seu adversário. Ao participar da promulgação da PEC, Bolsonaro chamou a região de “nosso Nordeste”, tentando diminuir sua rejeição e mostrar que o projeto com diversos benefícios ajuda mais nordestinos do que brasileiros de outras regiões.

sexta-feira, 1 de julho de 2022

Quanto custou "Pantanal"

 Na edição da revista VEJA desta semana, o remake de Pantanal escancara os sinais dos novos tempos das novelas da TV Globo, que estão tomando um verdadeiro banho de loja para reconquistar o público da TV aberta — disputado com a variedade de opções dos streamings e o vício nas redes sociais. Rejeitada pela Globo no passado, a novela explodiu o ibope da extinta Manchete em 1990, e foram gastos meses de negociações para que o autor Benedito Ruy Barbosa liberasse a licença para a emissora produzir o remake agora em 2022. Para o autor, pesou mais a escolha de seu neto, o também autor Bruno Luperi, para cuidar do roteiro da adaptação. “Foi uma negociação longa”, diz um diretor da emissora. “O Bruno é muito jovem, mas tem as novelas na veia e uma indiscutível interlocução com o avô.” Mas o fator financeiro deu o empurrão final: Barbosa recebeu da Globo uma bolada na casa dos 5 milhões de reais pela licença para fazer a nova Pantanal. Negócio fechado, o veterano passou a atuar como um consultor in formal do neto no remake.