quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Mercados globais caem colados aqui em Wall Street

NOVA YORK - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) aí no Brasil vai despencando nesta quinta-feira e já chegou a cair 5,5% no pior momento do dia, por volta das 11h30 horário aí do Brasil. Às 12h10, recuava 4,26%, a 47.184 pontos.Desde a última quinta-feira até o encerramento de ontem, a queda foi de 10,8%. Se continuar nesse ritmo, a Bolsa perderá, em menos de uma semana, todos os ganhos acumulados no ano. Para voltar aos 44.473 pontos registrados no primeiro pregão de 2007, é necessária uma baixa de cerca de 10% a partir de hoje. Os ativos financeiros brasileiros sofreram quedas significativas na quarta-feira, na medida em que a turbulência nos mercados globais ameaça chegar a uma parte do mundo que parecia relativamente intocada, afirma reportagem publicada na edição desta quinta-feira (16) do jornal britânico "Financial Times". Nos Estados Unidos e na Europa, as Bolsas operam no negativo nesta quinta. Na Ásia, fecharam em forte queda. O dólar faz o caminho inverso e dispara. O FED (Federal Reserve - banco central dos EUA) injetou hoje US$ 17 bilhões no mercado; o Banco do Japão, US$ 3,3 bilhões. O motivo das fortes quedas nas ações de todo o mundo é que analistas ainda não sabem qual o tamanho da crise. "As notícias têm vindo cada vez piores. Os tentáculos desta crise de crédito continuam se espalhando", disse Angel Mata, diretor-gerente de operações com ações listadas na Stifel Nicolaus Capital Markets, em Baltimore. A Countrywide Financial, maior empresa aqui dos Estados Unidos no ramo de hipotecas, anunciou que precisou pegar emprestados US$ 11,5 bilhões em uma linha de crédito para aumentar sua liquidez. Essa mesma companhia deu início à atual onda de turbulências nas Bolsas do mundo, iniciada em 24 de julho (e intensificada na quinta-feira passada). Naquela data, ela havia anunciado que seu lucro caiu 33% no último trimestre, ficando abaixo do esperado.Para aumentar as preocupações desta quinta uma declaração do secretário do Tesouro norte-americano, Henry Paulson, ao "Wall Street Journal". Ele disse esperar que a turbulência nos mercados "cobre um preço" sobre o crescimento econômico. Hoje, um dos principais problemas dos analistas de mercado é saber até que ponto a crise das Bolsas afetará a economia real.Já o presidente do Federal Reserve de St. Louis disse a uma empresa de informação financeira aqui de Nova Iorque, a Bloomberg, que a instabilidade dos mercados não afetou a economia e que não há necessidade de corte de juro atualmente.

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