segunda-feira, 15 de outubro de 2007

CVRD aposta no minério de ferro e investe

De Frankfurt Am Main (Alemanha) - O presidente da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), Roger Agnelli, voltou a ressaltar que o mercado de minério de ferro continua aquecido, mas se negou a traçar expectativas para a negociação dos preços dos contratos de longo prazo para o preço da commodity. O executivo usou algumas vezes a palavra "distorção" para ilustrar a situação do mercado e, como exemplo, lembrou que, enquanto a companhia vende o minério a preços entre US$ 45 e US$ 50 a tonelada, o frete para a China está na casa de US$ 80 por tonelada."E o investimento em minas é muito maior que o investimento em navios", afirmou.Agnelli lembrou ainda que o volume no mercado spot está "alto" e que a expectativa da companhia é de que a demanda pelo produto continue elevada.O presidente da empresa - que apresentou em Nova York o plano de investimentos da companhia a investidores - também ressaltou que a expectativa é de uma forte redução de custos à medida que os investimentos forem feitos. O objetivo é voltar ao patamar de custos de 2004, graças à aposta em maior automação e aos recursos aportados no desenvolvimento de minas já existentes.Apesar de o alvo ser o nível de 2004, Agnelli preferiu não arriscar projeções, já que 70% dos custos da empresa estão atualmente indexados ao real, e não ao dólar. Além do câmbio, outras incertezas citadas foram o preço do petróleo e o valor do aço. "Os custos se estabilizaram e começaram a cair desde o ano passado. Devem cair mais, por causa da automação e do investimento nas minas".A Vale do Rio Doce prevê investir US$ 59 bilhões entre 2008 e 2012. No ano que vem, o total aplicado será de US$ 11 bilhões. A área de minerais ferrosos vai receber US$ 3,258 bilhões no ano que vem, enquanto US$ 3,618 bilhões vão para não-ferrosos. O segmento de logística ficará com US$ 1,87 bilhão. O restante será dividido entre as áreas de alumínio, carvão, energia elétrica aço e outras formas de atuação. Os investimentos no Brasil somarão US$ 8 bilhões.Entre os principais projetos, os maiores destaques vão para Carajás, com US$ 1,165 bilhão, Goro, com US$ 723 milhões, Onça Puma, com US$ 581 milhões, e Salobo I, com US$ 387 milhões.

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