quarta-feira, 9 de julho de 2008

Suzano terá fábrica de 2 bi de reais

A Suzano Papel e Celulose está muito perto de anunciar a construção de uma nova fábrica no Brasil. A nova unidade de produção consumiria investimentos de 2 bilhões de dólares e teria capacidade inicial para produzir 1,3 milhões de toneladas de celulose por ano, que seriam destinadas ao mercado externo. o presidente da Suzano Papel e Celulose, Antonio Maciel Neto, afirmou que, ao contrário do que vem sendo especulado, o principal plano da empresa não é crescer com aquisições. Desde que encerrou-se o acordo de acionistas da Aracruz, em maio, o mercado especula que a empresa será comprada pela VCP ou pela Suzano, criando um líder mundial absoluto no mercado de celulose. As duas empresas, inclusive, já contrataram bancos de investimento para assessorá-las no negócio. Ao vender seus ativos de petroquímica para a Petrobras por quase 3 bilhões de reais, a família Feffer, controladora da Suzano, teria o caixa necessário para partir para aquisições. Mas Maciel Neto desconversa. “Não temos nada para falar sobre crescimento com fusões”, afirmou. O executivo disse que o grande programa da empresa se dará por meio de crescimento orgânico. O local da fábrica de 2 bilhões de dólares ainda não foi definido. A empresa estuda opções onde já haja árvores plantadas, o que permitiria o início mais rápido das operações da fábrica. Outra possibilidade seria criar novas florestas de eucalipto em locais próximos à fábrica. O objetivo é evitar que a madeira – matéria-prima da celulose - tenha de ser transportada por via rodoviária por mais de 100 km ou por via ferroviária por mais de 200 km – o que elevaria os custos de produção. As empresas brasileiras de celulose têm sido beneficiadas pela alta dos preços da commodity no mercado internacional. Com o crescimento da demanda mundial e a baixa capacidade de elevação da oferta, o valor da tonelada de celulose sofreu diversos reajustes nos últimos anos – e a tendência é de que os preços se mantenham altos nos próximos meses. Por outro lado, as empresas de celulose brasileiras têm um perfil exportador – e suas receitas são prejudicadas pela desvalorização do dólar.

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