sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Divulgados dados desanimadores da economia americana

De Nova Iorque, USA: Indicadores divulgados ontem aqui nos EUA mostraram que a economia pode não se recuperar apenas com o pacote: o Departamento do Trabalho informou que o número de pedidos iniciais de auxílio-desemprego nos EUA aumentou em mil na semana encerrada no dia 27 de setembro, atingindo a marca de 497 mil solicitações iniciais do benefício. Foi a maior taxa desde a semana encerrada em 29 de setembro de 2001. O número de pessoas recebendo auxílio-desemprego há pelo menos duas semanas ficou em 3,591 milhões, um aumento de 48 mil na semana encerrada no dia 20 de setembro (data da leitura mais disponível). Foi o maior número desde setembro de 2003. Nada animadores também foram os dados sobre a indústria divulgados hoje: o Departamento do Comércio informou que as encomendas às indústrias americanas tiveram queda de 4% em agosto, após alta de 0,7% em julho. Foi a maior queda desde outubro de 2006, quando houve retração de 4,8%. Esses sinais foram vistos com pessimismo pelos investidores asiáticos. A Bolsa de Tóquio operou durante todo o dia no vermelho e fechou com queda de 1,94%. A Bolsa de Hong Kong afundou 2,40%; em Sydney (Austrália), os negócios retraíram 1,49%; em Seul (Coréia do Sul), as perdas foram de 1,39%. Hoje também devem ser divulgados os dados referentes ao mercado de trabalho em setembro nos EUA. A expectativa dos analistas é de que tenham sido eliminados 105 mil postos de trabalho no país, marcando o nono mês consecutivo de fechamento de vagas no país. A economia européia também é motivo de preocupação. O presidente do BCE (Banco Central Europeu), Jean-Claude Trichet, disse hoje que a zona do euro vive um momento de "crescimento desacelerado e corre um sério risco de que a situação seja ainda pior". Ele insistiu em que o crescimento é "fraco", em entrevista à rádio francesa "Europe 1", e afirmou que "o mundo inteiro está sofrendo neste momento".

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