sexta-feira, 19 de março de 2010

O caso "Bibinho"

Um dos homens fortes da Assembleia Legislativa do Paraná é uma pessoa de bastidores, bastante discreta. Abib Miguel, o Bibinho, é o diretor-geral da Casa. Não demonstra o poder que detém. Nem o patrimônio que construiu ao longo de décadas de trabalho no Legislativo paranaense. Respeitado pelos deputados estaduais, mas desconhecido pela população, Bibinho se mo ve discretamente. Não permite ser fotografado, não dá entrevistas e costuma circular pouco pelos corredores da Assembleia. É gestor de um orçamento gordo – de R$ 319 milhões em 2009. Mas não tem a caneta para nomear e exonerar servidores do Legislativo – atribuições que cabem ao presidente e ao primeiro-secretário da Assembleia. Ainda assim, no quadro de servidores da Casa há uma rede de pelo menos 20 pessoas que estão ou já passaram pelo Legislativo ligadas ao diretor-geral e que recebem ou receberam salários da Casa. Dez deles admitem que não trabalharam na Assembleia. Alguns prestam serviços particulares para Bibinho. Outros nem sequer moram no Paraná. Mais um verdadeiro absurdo.

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