sexta-feira, 21 de maio de 2010

Lula, Dilma e Osmar Dias


Faltando pouco mais de um mês para o prazo final das convenções partidárias que vão definir candidatos e alianças para as eleições de outubro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o pré-candidato tucano à sucessão presidencial, José Serra (PSDB), assumiram de vez a frente da disputa pelo palanque do senador Osmar Dias (PDT) no Paraná. Lula marcou para a semana que vem, nova rodada de conversas com Osmar em Brasília, desta vez com a participação também da alta cúpula do PMDB. A ideia é tentar convencer os peemedebistas a abrirem mão da candidatura do governador Orlando Pessuti à reeleição, para integrar uma chapa encabeçada pelo senador pedetista, integrada também pelo PT e outros partidos da base do governo Lula. Já Serra continua os esforços para atrair Osmar para seu palanque no Paraná, oferecendo a ele a vaga de candidato à reeleição para o Senado, na chapa liderada pelo ex-prefeito de Curitiba e candidato tucano ao governo do Estado, Beto Richa (PSDB). Ontem, circulou a informação, não confirmada oficialmente de que o presidenciável do PSDB teria mantido encontro com o senador do PDT em São Paulo para conversar sobre o assunto. Osmar recebeu na semana passada uma proposta oficial de aliança da direção estadual do PSDB, mas não deu resposta até agora. Na véspera, na quarta-feira, o principal operador político do governo Lula, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, responsável pela montagem dos palanques regionais para a presidenciável petista, Dilma Roussef, também se reuniu com Osmar em Brasília, ao lado de dirigentes nacionais do PT e do PDT. Para a reunião da semana que vem, ficou acertada a participação também do presidente nacional do PMDB, deputado federal Michel Temer, já confirmado como candidato a vice-presidente na chapa de Dilma. Para ser candidato ao governo, Osmar exige que o PT indique Gleisi Hoffmann como candidata a vice, e que Lula se empenhe em atrair ainda o PMDB. Os petistas – que até então não abriam mão da candidatura de Gleisi ao Senado – já admitem recuar, temendo ficar sem palanque para Dilma no Paraná, caso Osmar se alie ao PSDB, o que permitiria uma vitória fácil de Richa no primeiro turno. O problema agora é convencer o governador Orlando Pessuti a desistir de disputar o governo em favor da aliança. Para isso, Lula e o PT contam com a ajuda do ex-governador Roberto Requião, que é pré-candidato ao Senado e tem interesse em evitar que Osmar entre na disputa pelo mesmo cargo. Requião tem acenado positivamente à aliança com PMDB, PT e PDT, ao mesmo tempo em que bombardeia as pretensões de Pessuti. Além disso, deputados federais e estaduais do PMDB também tem interesse na aliança, em especial em uma coligação para as chapas proporcionais de candidatos à Câmara Federal e Assembleia Legislativa. A avaliação é que o PMDB, isolado com uma candidatura de Pessuti sem aliados fortes, não reelege metade de seus atuais oito deputados federais e dezessete estaduais. Os dois lados correm contra o tempo na briga por atrair Osmar Dias, que segundo pesquisa Vox Populi divulgada esta semana, tem 33% das intenções de voto para o governo, contra 40% de Richa e 10% de Pessuti. O prazo final para as convenções partidárias que vão oficializar candidaturas e alianças é 30 de junho. Mas dificilmente essas decisões devem se estender por muito tempo, já que é preciso definir antes as candidaturas majoritárias para atrair aliados de outros partidos e montar as coligações de candidatos à deputado federal e estadual. São informaçõs do site Bem Paraná.

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