segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Alckmin quer renegociar dívida dos estados com Dilma

Após a primeira reunião com a equipe de transição, o governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin, propos uma renegociação com o governo federal da dívida dos estados e municípios. O tucano quer juros mais baixos e um índice de indexação mais estável que o indicador de inflação IGP-DI, usado atualmente. São Paulo deve à União 160 bilhões de reais, com prazo de pagamento até 2027. Para saldar esta dívida, gasta por ano 9 bilhões de reais, com juros de 6% ao ano mais IGP-DI, o que resulta em cerca de 10% ao ano. O questionamento de Alckmin é que o indicador de inflação oscila e pode chegar, por exemplo, a 26%, como aconteceu antes da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2001. São Paulo pagou naquele ano 32% de juros de sua dívida. “Imagine que você deva 100 bilhões de reais. Um ano depois você passa a dever 132 bilhões de reais sem fazer qualquer empréstimo”, afirmou o governador. “São Paulo está rigorosamente em dia. Não deve um centavo. Mesmo assim, quando chegar em 2027, vai ter um enorme saldo [devedor]. Nós temos de ter uma curva para que a dívida seja paga, não uma curva de dívida impagável.” O governador sugere que o debate com o governo federal seja feito depois da presidente Dilma Rousseff e de os novos governadores assumirem seus postos, no início de 2011. “É necessário ter uma mesa de negociação entre quem deve, os estados e municípios, e o governo federal”, disse. “Não temos nenhuma proposta concreta. Estamos colocando uma questão que tem de ser discutida.” Participaram da reunião, no gabinete de transição, no centro da capital paulista, os secretários estaduais do Planejamento, Francisco Vidal Luna, da Fazenda, Mauro Ricardo, e da Casa Civil, Luiz Antonio Marrey. Estava também presente o coordenador do processo de transição, o deputado federal Sidney Beraldo. Os secretários apresentaram a Alckmin pastas e planilhas sobre as finanças do estado. As informações são da Revista Veja.

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