quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Silvio Santos coloca SBT como garantia de empréstimo


O empresário Silvio Santos colocou todo seu complexo empresarial como garantia do empréstimo de R$ 2,5 bilhões concedido ao Banco Panamericano, do Grupo Silvio Santos, pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC). A operação de ajuda financeira foi anunciada ontem. A garantia inclui o Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), a empresa de cosméticos Jequiti, a Liderança Capitalização, as lojas do Baú da Felicidade e o próprio Banco Panamericano. As garantias somam R$ 2,7 bilhões. O Banco Central (BC) detectou uma deficiência expressiva no patrimônio do Banco Panamericano e deu 30 dias de prazo para se buscar uma solução, que incluía capitalização, troca de controle ou intervenção da autoridade monetária, explicou hoje o presidente do conselho de administração do FGC, Gabriel Jorge Ferreira, em entrevista à imprensa. Segundo ele, a novidade nessa operação foi a entrada do FGC para tentar evitar a quebra do banco. Para resgatar o banco, a holding que controla o Panamericano, a SS Participações (Grupo Silvio Santos), fez uma emissão privada de debêntures de R$ 2,5 bilhões, com prazo de dez anos e carência de três anos. O papel será corrigido pelo Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M). O próprio empresário Silvio Santos conduziu pessoalmente as negociações, segundo Ferreira. No dia 11 de outubro, ocorreu pela manhã o primeiro contato com o BC e, na tarde do mesmo dia, com o FGC. A reação de Silvio
Silvio Santos teria ficado "indignado e chateado" ao saber da situação do Banco Panamericano. O empresário demonstrou interesse em se desfazer de suas empresas para tentar salvar o Banco Panamericano, afirmou o diretor executivo do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), Antonio Carlos Bueno de Camargo Silva. Já na primeira reunião com o fundo, na tarde do dia 11 de outubro, o empresário se mostrou preocupado em não causar prejuízo ao mercado e aos funcionários do banco. "Ele não mostrou apego às empresas para salvar o banco." As garantias dadas pelo empresário contribuíram para a rapidez da montagem da operação. Segundo Bueno, foi o Banco Central quem sugeriu ao empresário que procurasse o fundo. Na manhã do dia 11, Silvio se reuniu com o BC e na tarde do mesmo dia com os executivos do fundo. O empresário deu como garantia cinco de suas empresas que, em conjunto, controlam 40 companhias do conglomerado. As empresas foram a perfumaria Jequiti, o Banco Panamericano, a rede de televisão SBT, as Lojas do Baú e a Liderança Capitalização. Essas companhias garantem as debêntures de R$ 2,5 bilhões que a SS Participações, holding que controla o grupo, emitiu para o FGC. Ao todo, foram emitidas, de forma privada, 250 mil debêntures a R$ 10 mil cada. O papel tem prazo de 10 anos, três anos de carência e correção somente para o IGP-M. As informações são da Agência Estado.



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