segunda-feira, 30 de maio de 2011

Ricardo Mansur, do Mappin, é condenado a 11 anos de prisão por fraude


O empresário Ricardo Mansur foi condenado, em primeira instância, pela 6ª Vara Criminal Federal em São Paulo, sob a acusação de gestão fraudulenta da Mappin Previdência Privada (MPP) e do Banco Crefisul. Mansur foi presidente, acionista e controlador das duas instituições e recebeu pena de 11 anos e meio de prisão – seis anos referentes ao processo da MPP e cinco anos e seis meses pelo Crefisul. Ele poderá recorrer da sentença em liberdade. Além do empresário, os ex-diretores Herald Paes Leme e Realsi Roberto Citadella foram condenados a quatro anos de prisão, cada. No caso da MPP, Mansur e os outros dirigentes teriam praticado as fraudes entre junho de 1998 e agosto de 1999, quando a empresa foi liquidada extrajudicialmente. Durante cinco anos, os investimentos da companhia ultrapassaram os limites do enquadramento legal e, segundo a justiça, durante a gestão de Mansur, houve uma concentração ainda maior de investimentos da MPP em empresas do mesmo grupo. Já na ação relativa ao Crefisul, a justiça acusa Mansur de ter feito vários saques sem justificativa, incluindo um saque a descoberto no valor de 10 milhões de reais na véspera da falência do banco, que já acumulava débitos acima de 120 milhões só com o Banco Central. De acordo com o BC, os prejuízos globais a terceiros no caso da instituição financeira de Ricardo Mansur foram de 407,5 milhões de reais. O advogado de defesa do empresário, Marcelo Rocha Leal Gomes de Sá, afirmou que vai recorrer da decisão e que seu cliente não comandou as ações acusadas pela justiça, uma vez que não ocupava nenhum cargo formal na MPP. O argumento não foi levado em consideração pelo juiz, que declarou que era Mansur quem tinha o domínio das ações. Na sentença, o magistrado afirmou que o empresário cometeu as fraudes para beneficiar outras empresas sob seu controle em detrimento do patrimônio dos beneficiários da MPP. Além disso, ele considerou que as consequências do crime foram ainda maiores ao sistema financeiro, já que a Mappin foi liquidada extrajudicialmente e abriu falência em 1999. As informações são da Exame.

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