quinta-feira, 5 de maio de 2011

Sony acusa grupo de hackers Anonymous por ataques online

A multinacional japonesa Sony informou ontem (04/05) ao Congresso americano que o grupo ativista de hackers Anonymous assinou o ataque contra o sistema de segurança do site de games da empresa. Entre 16 e 19 de abril, a empresa sofreu ataques nos sistemas das plataformas PlayStation Network (PSN), Qriocity e Sony Online Entertainment (SOE), que afetaram mais de 100 milhões de contas de usuários, cujos dados pessoais ficaram à mercê dos hackers. Em carta enviada aos congressistas americanos para dar detalhes sobre o incidente, a Sony explicou que, durante a investigação, encontrou um arquivo deixado pelos hackers que estava assinado pelo grupo Anonymous e que, dentro dele, estava o lema dessa organização de caráter anarquista: "Somos legião". O Anonymous, que mantém uma disputa com a Sony desde março, negou qualquer vínculo com os ataques, bem como o hacker George Hotz (GeoHot), que chegou a ser julgado, acusado pela empresa japonesa por divulgar como desbloquear as medidas de segurança do PlayStation 3. Em seu texto, a Sony se mostrou cética sobre a possibilidade de conhecer a identidade real daqueles que cometeram a ação, seja ela parte de uma "conspiração" ou um mero roubo de informações privadas encoberto como uma ação do Anonymous. A companhia alegou ter sido "vítima de um ataque online criminoso, cuidadosamente planejado, muito profissional e altamente sofisticado, destinado a roubar informações pessoais e de cartões de crédito para fins ilegais". O Anonymous não descartou a possibilidade de que algum de seus membros pudesse estar por trás da brecha nos sistemas de segurança da Sony. Em um vídeo divulgado pelo Anonymous em 14 de abril, o grupo ameaçou investir contra a Sony com "o maior ataque" de sua história "ao estilo Anonymous". Hotz abriu um blog para promover o boicote à companhia japonesa. Nas últimas semanas, o Anonymous fez vários ataques contra os sites da Sony, embora eles tenham cessado em 11 de abril após um acordo com Hotz. O grupo Anonymous acusou a Sony de "forçar sites como YouTube e Facebook a fornecer o IP dos que viram o vídeo de GeoHot (em que este atacava o PS3)", algo que consideraram "uma intrusão à privacidade" e que não estavam dispostos a permitir. Os hackers que entraram nas bases de dados de Sony tiveram acesso a dados pessoais dos usuários como nome, endereço, e-mail, senhas e, em alguns casos, números de cartões de crédito e contas bancárias. As plataformas afetadas se encontram desligadas desde o último dia 20. A Sony, que trabalha na investigação junto com o FBI (polícia federal americana), espera voltar a colocá-las em funcionamento na semana que vem.

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