Nesta quarta-feira, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a fusão entre Sadia e Perdigão, que deram origem à BR Foods. Entretanto, o órgão suspendeu a utilização da última marca pelo período de cinco anos e exigiu a venda de até 80% de sua estrutura produtiva integrada para o mercado doméstico. A intenção das medidas exigidas pelo Cade é preservar a capacidade das empresas à exportação com o intuito de melhor manutenção da concorrência nos mercados de carne processada do ambiente doméstico. A intenção é estabelecer uma concorrência efetiva, integrada em cadeias de produção de distribuição. As empresas tinham a opção de alienar a marca Perdigão, no entanto a BR Foods não aceitou essa medida, então irá criar medidas de restrições de sua capacidade produtiva em uma escala de 730 mil toneladas. O nome player do mercado deverá ter fatia equivalente à menor participação de uma das duas marcas premium (Sadia e Perdigão) nos mercados considerados problemáticos, como os produtos processados de carne suína e alimentos preparados, como pizzas e lasanhas. A BR Foods terá de alienar marcas importantes, como Rezende, Wilson, Texas, Tekitos, Fiesta, Doriana e Delicata; terá de alienar 10 fábricas, 2 abatedouros de suínos e planta de criação de aves; precisará transferir a capacidade produtiva equivalente a 730 mil toneladas; suspenderá o uso da marca Perdigão por 3 anos em produtos suínos, 4 anos em salames e 5 anos em lasanha, pizzas, frios e salgados. Novas marcas não poderão ser criadas nesses segmentos; haverá suspensão da marca Batavo no segmento de carnes industrializadas; os investimentos devem ser mantidos nas mesmas marcas do ano passado. Caso haja violação de qualquer uma das regras mencionadas, a BR Foods terá de arcar com multas que variam de R$50 mil diários até R$25 milhões, por ponto descumprido.
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