A aprovação das exportações de carne suína de Santa Catarina para o Japão, anunciada esta semana pelo governo federal, não animou pequenos produtores da região oeste do Estado. O alto custo de produção relacionado ao preço pago pelo quilo do produto faz com que muitos pecuaristas abandonem o negócio. Dos 125 criadores de suínos da localidade de Colônia Cella, em Chapecó (SC), alguns já oferecem as propriedades para venda, alegando falta de opções. Segundo o governo do Estado, depois de liberadas, as exportações devem chegar ao volume de 120 mil toneladas de carne suína por ano. A previsão é de faturamento de R$ 50 milhões por mês. Esse otimismo, no entanto, é visto com cautela pelas entidades que representam o setor. Na prática, a liberação das exportações ainda depende da avaliação de uma comissão de risco e de uma audiência pública. A expectativa é de que tudo esteja definido em até dois meses. Se criou uma expectativa positiva na abertura deste e de outros mercados importantes, mas que não acontece na mesma velocidade que a produção cresce. E a esperança de sobrevivência está ancorada nestes projetos. Então, precisamos comemorar e vibrar, mas precisamos ter cautela, porque realmente elas não acontecem na proporção que a gente deseja – afirma o presidente do Instituto Nacional da Carne Suína (INCS), Wolmir de Souza. Para especialistas, como o Japão é um mercado exigente, exportar para aquele país pode representar uma porta aberta para a venda da carne suína em novos mercados.
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