Reunidos desde as 9 horas da manhã desta segunda-feira (30/07) os vereadores da Câmara Municipal de Londrina cassaram o mandado do prefeito da cidade, Barbosa Neto (PDT) por infração político-administrativa. De acordo com o entendimento da maioria dos vereadores, Barbosa Neto infringiu o artigo 53, da Lei Orgânica do Município, por negligência e omissão na defesa de bens e interesses do Município. Dos atuais 19 vereadores, 13 votaram favoravelmente ao relatório da Comissão Processante do Legislativo que apontou para a infração; três se abstiveram; dois votaram não à cassação e um estava em licença médica. Instalada no início do mês de maio deste ano, após denúncia apresentada pelo Partido da Mobilização Nacional (PMN), a Comissão Processante criada pela Câmara de Vereadores comprovou que dois vigias contratados pela empresa de vigilância Centronic prestaram serviços à Rádio Brasil Sul de propriedade da família do prefeito de Londrina, mas foram pagos pela referida empresa com recursos públicos. Após 12 horas de debates divididos entre o rito processual e as inúmeras intervenções da equipe designada para defesa de Barbosa Neto, o presidente da Câmara Municipal de Londrina Gerson Araújo (PSDB) iniciou o processo de votação nominal e aberta que durou poucos minutos e cassou mandato do atual prefeito de Londrina. Na seqüência, Gerson Araújo expediu decreto-legislativo de cassação de mandato que será encaminhado para publicação no Jornal Oficial do Município e comunicação à Justiça Eleitoral. Desde o início da Sessão de Julgamento até pouco mais das 21 horas, o prédio do Legislativo foi tomado nas galerias por apoiadores do prefeito Barbosa Neto (PDT) e integrantes do Movimento por Amor a Londrina, favoráveis à cassação do mandato. A parte inferior do plenário foi reservada a vereadores, funcionários, profissionais da imprensa além de advogados do Legislativo e da equipe de defesa do prefeito, totalizando uma ocupação de aproximadamente 600 pessoas, incluindo o efetivo da segurança interna e da Polícia Militar.
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