terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Pecuaristas voltam a ter remuneração acima dos custos em 2013


Depois de dois anos em baixa, os pecuaristas voltaram e ter remuneração acima dos custos de produção em 2013. De janeiro a setembro, os preços da arroba do boi gordo subiram, em média, 11% em relação ao mesmo período de 2012. Já o Custo Operacional Efetivo (COE), que inclui as despesas do dia a dia da atividade, e Custo Operacional Total (COT), que contempla os gastos do COE e a reposição de patrimônio, tiveram altas de 8,42% e 7,93%, respectivamente. Foram levados em conta números de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Rondônia, São Paulo e Tocantins.As informações são do boletim Ativos da Pecuária de Corte, elaborado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP). Segundo o levantamento, além da menor oferta de gado a pasto, por conta da entressafra, houve, também, queda no volume de animais confinados para abate. A transição atípica entre outono e inverno, devido ao atraso das chuvas, alterou o calendário de engorda, fazendo com que muitos pecuaristas optassem por não confinar. Esse contexto de baixa oferta prejudicou o ritmo de abate nos frigoríficos.  A publicação destaca, ainda, o comportamento dos preços da arroba no terceiro trimestre, que tiveram elevação de 7,92%, também cima do COE e do COT, cujas variações foram de 3,71% e 2,72%, respectivamente. Diante da menor oferta de animais, o preço do bezerro foi o item de maior peso nos custos de produção, com alta de 39,4%, seguido de mão de obra (14,13%) e suplementação mineral (11,42%). Já os preços das sementes de forrageiras subiram em setembro, impulsionados pela combinação de menor oferta, devido a adversidades climáticas, com maior demanda em um período de reforma de pastagens. Na média do país, a valorização do insumo foi de 9% na comparação com setembro de 2012. Em relação a agosto, a alta foi de 5,8%, correspondendo à maior variação entre os itens que compõem os custos de produção pesquisados pelo Cepea. 

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